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MONOGRAFIA - EMPREENDEDORISMO

Por:   •  29/3/2018  •  12.012 Palavras (49 Páginas)  •  256 Visualizações

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Há que se pensar, analisar, diagnosticar com muita atenção, principalmente, a cultura, muitas vezes impregnada desde a criação destas organizações, sob pena da não aceitação por parte da própria diretoria ou de seus trabalhadores.

A cada novo empreendimento encontra-se mais que um empreendedor que busca seus objetivos encontra-se um grupo empreendedor, onde existem motivações e competências diferentes que proferem, para gerar uma nova empresa. Este tipo de ação colabora com o desenvolvimento da sociedade na introdução de inovações, satisfazendo as pessoas no que consumirem seja em relação a produtos ou serviços.

Este trabalho almeja a partir da caracterização do perfil do empreendedor obtido no estudo citado, discutir os conceitos que envolvem o tema empreendedorismo na sociedade, demonstrando os aspectos peculiares a um empreendedor de sucesso.

1 EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo enquanto conceito faz parte da experiência humana desde a criação do homem, mas apenas nos últimos dois séculos passou a ser estudado de maneira formal e somente há 50 anos passou a ser objeto de interesse científico significativo (FALCONE; OSBORNE, 2005).

Peter Drucker (1986, p. XVI) define o empreendedorismo como sendo nem ciência nem arte, e sim uma prática.

Stevenson et al (1999) consideram o empreendedorismo como sendo algo além de um conjunto de características individuais, diferente de uma função econômica, tratando-se de um coerente padrão de comportamento gerencial.

Ainda segundo Stevenson et al (1999, p.5), empreendedorismo é uma abordagem ao gerenciamento, definida por eles como “a perseguição de uma oportunidade sem consideração aos recursos correntemente controlados.”

Dornellas (2004, p.81) considera existir diversas definições possíveis para empreendedorismo, porém, entende que “sua essência se resume em fazer diferente, empregar os recursos disponíveis de forma criativa, assumir riscos calculados, buscar oportunidades e inovar.”

A palavra empreendedorismo é derivada da palavra francesa entrepreneur, que significa aquele que assume riscos e começa algo novo (FILION, 1999).

O espírito empreendedor emergiu no final de século XIX e intensificou-se nas duas últimas décadas possivelmente decorrente de mudanças de valores, percepções, atitudes e mudanças na educação. Os valores dos jovens, por exemplo, de geração para geração, costuma variar quanto as suas ambições. Nas décadas de 60 e 70 o objetivo de um jovem era conseguir emprego em uma grande empresa ou ser aprovado em um concurso público. Essas empresas representavam estabilidade e segurança, além do status e da possibilidade de um plano de carreira dentro das organizações (DRUCKER, 1986).

Nos anos 80, a evolução do empreendedorismo se deu como consequência das transformações econômicas, da redução de postos de trabalho e da necessidade de organizações e sociedades buscarem novas abordagens para incorporar as rápidas mudanças tecnológicas (FILION, 1999).

O surgimento da Economia empreendedora, além de ser um evento cultural e psicológico, é também um evento econômico. Nos Estados Unidos, conforme Peter Drucker (1986, p. 4), os antigos criadores de empregos acabaram perdendo suas vagas, “por volta de 1984, a lista das 500 da Fortune havia perdido, pelo menos, de 4 a 6 milhões de vagas”. A redução de vagas nas instituições empregadoras tradicionais foi compensada com a criação de novos empregos “pelas instituições pequenas e médias, a maioria delas pequenas e médias empresas privadas”. Como exemplo, o autor ressalta que o número de empresas abertas em cada ano na década de 80 era cerca de sete vezes maior de empresas que iniciaram suas atividades em cada um dos anos das décadas de 50 e 60.

Apesar de em meados do século 20 iniciaram os primeiros esforços de construção do conhecimento na área de empreendedorismo, somente no início dos anos 80 ela se consolida com uma área de interesse na Academia, em especial na Administração. Por ser um campo em formação o consenso sobre o significado do termo ainda não se consolidou.

Em 1934, Schumpeter (apud FILION, 1999, p. 19) chama a atenção para a inovação, considera que os empreendedores são agentes de mudanças e afirma que a essência do empreendedorismo está na percepção e aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios. Segundo o autor “só se pode chamar uma pessoa de empreendedora se ela contribuir com algo novo”, se fizer coisas novas ou coisas que já são feitas de maneiras novas.

O empreendedor não é apenas o criador da empresa, e sim o que desenvolve novas formas de produção, podendo surgir em cinco formatos: “(1) introdução de novos produtos; (2) criação de novos métodos de produção; (3) abertura de um novo negócio; (4) identificação de novas fontes de suprimento; e (5) criação de novas organizações” (GIMENEZ; FERREIRA; RAMOS, 2008, p. 4).

McClelland deu início aos estudos do empreendedorismo na perspectiva comportamentalista, estabelecendo como características principais:

(1) atitude moderada face ao risco; (2) desenvolvimento de atividade instrumental nova e rigorosa; (3) assunção de uma responsabilidade individual pelas consequências dos atos em face de novas iniciativas; (4) capacidade de antecipação de possibilidades futuras; e (5) criar novas organizações (apud GIMENEZ; FERREIRA; RAMOS, 2008, p. 3).

Segundo McClelland (apud FILION, 1999, p. 8) a criação de novos empreendimentos era explicada por dois fatores principais: a necessidade de realização e a necessidade de poder.

Timmons (1978) também identifica a necessidade de realização, propensão à tomada de riscos calculados e o desejo de estar no controle do seu destino, como atributos pessoais do empreendedor. No âmbito geral o autor relacionou 14 características dominantes dos empreendedores: (1) iniciativa e energia; (2) autoconfiança; (3) abordagem de longo prazo; (4) dinheiro como medida de desempenho; (5) tenacidade; (6) fixação de metas; (7) riscos moderados; (8) atitude positiva diante do fracasso; (9) utilização de feedback sobre o seu comportamento; (10) iniciativa; (11) saber buscar e utilizar recurso; (12) não aceitar padrões impostos; (13) internalidade (habilidade gradualmente aprendida e absorvida por alguém visando à realização de seus sonhos); (14) tolerância à ambiguidade e à incerteza.

Peter Drucker (1986) defende a teoria do empreendedorismo

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