Empreendedorismo por oportunidade e por necessidade

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no sudoeste baiano, distante 796 quilômetros a Sudoeste de Salvador. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016) há uma população estimada de 86.320 habitantes, situada na macrorregião do sertão produtivo. Essa pesquisa foi elaborada para analisar qual motivo o empreendedor optou por esse ramo no setor calçadista de Guanambi, por oportunidade ou necessidade. Para avaliar melhor prováveis os fatores, foi desenvolvido um questionário com abordagem quantitativa e qualitativa, com perguntas dicotômicas e de múltiplas escolhas. O universo de pesquisa foi de 177 Comercio varejista de calçado em atividade, dados disponibilizados pela Secretaria da Fazenda Municipal de Guanambi, sendo realizado cálculo amostral, utilizando nível de confiança de 90% e erro amostral de 10 %, definindo a amostra em 50 empresas. As respostas obtidas através da aplicação dos questionários foram agrupadas para interpretação e analise. Foram feitos levantamento de dados em um software estatístico (ex. Excel), fornecendo tabela que foram confrontadas com base teórica e pratica.

EMPREENDEDORISMO POR OPORTUNIDADE VS. EMPREENDEDORISMO POR NECESSIDADE

De acordo com Schumpeter (1949 apud DORNELAS, 2001), a pessoa empreendedora é apta a criar novas oportunidades de negócios ou modernizar os já existentes, o que acaba gerando riquezas, permitindo o desenvolvimento e o crescimento da economia, onde ao mesmo tempo assume riscos financeiros, sociais, e como resultado retribuição de uma independência financeira e pessoal.

O empreendedorismo é o aspecto de variadas possibilidades de negócio, onde se podem ressaltar as oportunidades e necessidade de se criar um negócio. Para Drucker (2003, p. 25), a inovação é o modo particular do empreendedor, onde se aproveita a mudança como uma oportunidade para algo novo. Bernardi (2006, p.64), evidencia que o empreendedor bem-sucedido é aquele, que tem o senso de oportunidade, dominância, otimismo, propensão ao risco, persistência, habilidade de relacionamento, entre outros, o que favorece no mundo dos negócios.

As razões que levam as pessoas a empreender podem ter naturezas distintas. O motivo pelo qual leva uma pessoa a empreender e montar o seu próprio negócio são a necessidade e oportunidade. As empresas abertas pela necessidade são por pessoas em busca de melhores condições, em alguns casos por falta de trabalho no mercado. Já a oportunidade, querem algo novo, crescer, tornar-se independente aumentar a renda. Segundo Dornelas (2001, p. 15), escolher uma economia informal, em alguns casos são infundados pela falta de crédito, exagero de tributos, e a pressão financeira que é provocada por altas taxas de juros que inibem os empreendedores, fazendo com que se desmotivem.

Considera-se um empreendedor a pessoa que “cria uma empresa”. Dessa maneira, pode-se considerar o empreendedor por oportunidade quando o mesmo abre uma empresa ocasionado pela crença na identificação de uma oportunidade de negócio. Considera-se empreendedor por necessidade, quando se abre uma empresa pressionado pela ausência de alternativas de trabalho e renda.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Questão 1 -Qual o sexo do Sr (a):

Gráfico 1 - Sexo dos empreendedores

Tendo como base para análise feito a pesquisa de campo na cidade de Guanambi/Bahia, podemos salientar que maior parte de empreendedores do setor calçadista da cidade é de sexo masculino com 59%, e do sexo feminino é de 41%, tendo em vista que maior parte do público consumidor são mulheres. Segundo SEBRAE (2015, p. 33) A proporção de mulheres entre os Donos de Negócio é maior na faixa de alta escolaridade, segmento em que tal participação chega a 41%. Na faixa de baixa escolaridade, a participação das mulheres cai para quase a metade disso. Explicando o motivo de ter a maior quantidade de homens, pois na pesquisa feita 65% tem apenas o segundo grau completo.

Questão 2 – Qual idade do Sr (a):

Gráfico 2 - Idade dos empreendedores

Foi apontado que maior parte dos empreendedores do setor de calçados de Guanambi, tem idade entre 31 a 40 anos, com 29%, e como mostra no gráfico 2, as demais com 24%. Comparando essa pesquisa a nível nacional SEBRAE (2016, p. 45) aponta que em 2014, houve um acréscimo no número de indivíduos que trabalhavam explorando o próprio empreendimento, que atingiu 24,6 milhões naquele ano, um crescimento de 22% em relação a 2001. De 2001 a 2014, o número de Donos de Negócio “até 34 anos” retraiu apenas 1,6%, enquanto que para quem possuía “35 anos ou mais” aumentou 33%.

Questão 3 – Há quantos anos trabalha está no mercado:

Gráfico 3 - Tempo de mercado das empresas

Em relação ao tempo de mercado, foi apurado que maior parte das empresas pesquisadas tem mais de 10 anos de marcado, sendo 65%, e 18% tanto com menos de 5 (cinco) anos e as empresas de 5 (cinco) a 10 anos de mercado, representada no gráfico 3.

Questão 4: Motivo pelo qual escolheu abrir uma empresa:

Gráfico 4 - Motivo que abriu a empresa

Foi questionado aos empreendedores qual foi o motivo que levaram eles a abrir a empresa nesse setor, 47% disseram que foi o desejo de ter negócio próprio, 29% por Experiencia/influência/ relacionamentos familiares e 24% porque identificou uma oportunidade de negócio.

Questão 5 - Qual o grau de escolaridade do empreendedor:

Verificou-se na pesquisa que o grau de escolaridade dos entrevistados, maior parte deles são de 65% que tem somente o ensino médio completo, e 35% aqueles que já concluíram ou ainda estão cursando o ensino superior.

Questão 6 - Estão definidos e difundidos entre todos os colaboradores a missão, visão e valores da organização, caso a empresa tenha:

Foi perguntado se a empresa tem definida a missão, visão e valores, e se os colaboradores conhecem e colocam em prática, o resultado foi que 53% das empresas possui e 47% não possui, um dado alarmante pois uma vez que uma empresa não tem definida sua missão, visão e valores, a mesma está funcionando apenas na concepção do empresário. Porto (2008, não paginado) define que é de fundamental importância monitorar e compreender as necessidades de mudanças comportamental da sociedade. Da mesma forma é necessário que a missão