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ENGENHARIA CLÍNICA E LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DE EQUIPAMENTOS ODONTO MÉDICO HOSPITALARES INOPERANTES NO MUNICÍPIO DE BAURU

Por:   •  23/9/2018  •  5.225 Palavras (21 Páginas)  •  285 Visualizações

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A educação, ensino e capacitação são de extrema importância para o funcionamento de qualquer área, no setor hospitalar por não oferecer um produto comum palpável como no setor de produção, necessitam de profissionais específicos aptos a gerir suas singularidades, onde o setor de engenharia clínica necessita de um gestor com conhecimento técnico em áreas como mecânica, elétrica, pneumática, conhecimento de fatores físicos e biológicos dos pacientes e conhecimentos de logísticas, administração e finanças, para se realizar manutenção, compra de tecnologias, gestão de fatores emergenciais, treinamento e capacitação de operadores e técnicos, assim aumentando a segurança para os operadores e enfermos. E a vida útil do equipamento, gerando economia e um maior aproveitamento das tecnologias do equipamento.

O presente projeto tem como objetivo, identificar os equipamentos odonto médico hospitalares que se encontram inoperantes na cidade de Bauru, para assim reforçar a necessidade do setor de engenharia clínica para controlar e realizar manutenção corretiva, preventiva, calibração e teste de segurança elétrica, identificando os possíveis fatores que possam diminuir a vida útil do equipamento, sendo esses fatores ambientais, operacionais ou decorrentes da fabricação, para se garantir a segurança adequada. Usando temas como: normas voltadas para o setor hospitalar e de equipamento; dificuldade e necessidade da manutenção; dados e informações da cidade de Bauru sobre equipamentos odonto médico hospitalar; metodologia; resultado e discussão e a conclusão.

NECESSIDADE DA MANUTENÇÃO

A manutenção é de vital importância para o funcionamento adequado dos equipamentos em geral, no setor industrial existe uma cultura em torno de sua importância, suas funções e necessidades, pela entrada da tecnologia ser algo recente no setor hospitalar não existe essa cultura de seriedade sendo ela menosprezada. A evolução da definição de manutenção empregada ao decorrer dos anos foi se transformando, anteriormente se observava como uma forma de gasto que acontecia com a quebra de um equipamento, a ocorrência de uma emergência como a parada de funcionamento do equipamento definia quando a manutenção seria feita, nesse cenário acontecendo primordialmente manutenção corretiva não planejada, que se gastava uma quantidade de dinheiro maior por ser obrigado a comprar peças ou contratar o serviço especializado em regime emergencial.

A falta de manutenção cria um ambiente propício para a ocorrência de acidentes, os perigos maiores se encontram com quem precisa lidar diariamente com esses equipamentos, unidade de saúde onde não existe um programa de manutenção eficaz ou só a faz quando ocorre à quebra, expõem seus funcionários e paciente a riscos imensuráveis, aumentando sua despesa com cuidados a pacientes e funcionários que sofreram lesões de diversas gravidades por causa do equipamento, na qual a falta de manutenção poderá ocasionar a piora do quadro do paciente e até a sua morte. Segundo Revista Brasileira de Enfermagem (2007), a falta de manutenção e a defasagem tecnológica podem gerar todo tipo de risco aos profissionais da área da saúde.

O conceito de manutenção foi se alterando com o passar dos anos, onde houve um aumento na importância de sua prática, para não só manter o funcionamento adequado de um equipamento, como um modo de gerar economia e aumento de rendimento, assim criando uma cultura em torno de sua importância como um setor estratégico. Essa alteração de cultura foi primeiramente observada no setor industrial, havendo uma necessidade de realizar a manutenção unicamente quando houver a parada ou diminuição drástica na produção, para o acompanhamento periódico do equipamento, onde fatores como desgaste, qualidade do óleo lubrificante entre outras informações que são medidas com a mínima interferência no processo de funcionamento. Essa mudança de paradigma foi uma evolução natural da cultura em torno da manutenção e suas necessidades. A manutenção pode ser dividida em corretiva de emergência ou corretiva não planejada, preventiva, preditiva e corretiva, onde cada tipo de manutenção é realizado em diferentes níveis dependendo da cultura de qualidade e confiabilidade de manutenção empregada na instituição.

Manutenção não planejada, pode ser definida como o tipo de manutenção que intervém em fatores que já ocorreram como falhas ou diminuição do desempenho desejado, e uma correção para evitar danos maiores, não havendo tempo para se preparar o serviço e os componentes, sendo este tipo o que gera maior transtorno, por atrapalhar todo cronograma de serviços planejados e criando um maior custo. Manutenção preventiva, essa modalidade de manutenção visa evitar falhas, o tempo que irá determinar quando se deve ocorrer à realização da troca do conjunto de manutenção, sendo este um modo de manutenção amplamente utilizados em unidade de saúde para se evitar paradas inesperadas, diminuindo assim o perigo que se ocorre com a quebra inesperada de um equipamento. Para evitar uma das desvantagens, a vida útil das peças não ser usada em sua totalidade, estes dois tipos de manutenção são os mais comumente empregados, por serem de fácil implantação e administração, não dependendo de dados muito complexos de obtenção difícil. Segundo Nascimento e Tanaka (2014), o custo de manutenção de equipamentos médicos do grupo de equipamentos de imagem, representam 57,48% do custo no estado de São Paulo, por serem equipamentos considerados de alta complexidade, necessitando de mão de obra técnica especializadas.

Manutenção preditiva é realizada com investigação dos parâmetros e condições dos equipamentos para se permitir o maior tempo de uso do equipamento sem riscos, onde permite uma preparação para se realizar a manutenção, a manutenção corretiva se difere da manutenção corretiva não planejada, por haver um conjunto para reparos e os instrumentais, onde há um acompanhamento do equipamento melhorando a eficácia e eficiência da manutenção. Não devendo se esquecer de que a manutenção preditiva e a manutenção corretiva necessitam, de um tempo para sua implementação em uma instituição, pois essa necessita de informações sobre os equipamentos, que são fatores únicos como o ambiente de instalação e uso, de intensidade de uso, qualidade e preocupação do operador entre outras informações. A importância desses dois tipos de manutenção e visível no grupo de equipamentos de imagem, para se diminuir os possíveis custo de uma manutenção não planejada.

Segundo Calil e Florence (2003), o gerenciamento de risco deve ser amplamente

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