A PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DA COLETA SELETIVA DE LIXO

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DA COLETA SELETIVA DE LIXO

O crescimento acelerado do expressivo município de Arapiraca no agreste alagoano tem proporcionado elevada quantidade de lixo acumulado nos bairros e no Lixão da cidade. Esses fatos permitem imaginar que, brevemente, o território do município de Arapiraca não terá mais espaço adequado para acumular os resíduos produzidos pela população; o qual é coletado diariamente pelo órgão de limpeza urbana do município. Para tanto, é necessário começar agora a preocupação com as consequências atuais e futuras do acúmulo desses resíduos, pois a população está crescendo muito rápido, principalmente nas áreas urbanas do município.

Pessoas de outros municípios, estados e, até outros países se deslocam para Arapiraca na busca de uma qualidade de vida diferenciada. Portanto, caso não se implemente políticas públicas voltadas para a coleta seletiva de lixo, o problema tenderá a se agravar em um breve período de tempo, levando a um provável ponto de estrangulamento.

O crescimento rápido da cidade, associado à falta de infraestrutura para enfrentamento do problema não estão conseguindo acompanhar o ritmo, nesse compasso, começa a surgir às causas danosas que representarão para a coletividade e o meio ambiente. A falta de controle e providências por parte do poder público resultará, indubitavelmente, em graves problemas num futuro próximo. Deve ser lembrado, no entanto que muitos resíduos descartados por muitos, podem atender às necessidades de outros através da indústria da reciclagem.

São inúmeros os prejuízos que o convívio com o lixo pode trazer à população. Os maiores prejuízos estão: na saúde das pessoas, na contaminação do solo que prejudica os lençóis freáticos, na contaminação dos rios, na fedentina e proliferação de insetos e roedores dos aterros sanitários a céu aberto e na péssima aparência que o lixo transmite para a sociedade.

A implementação de coleta seletiva de lixo representa uma ótima saída para evitar problemas futuros, pois, com o apoio, colaboração e compreensão da população; o projeto propõe minimizar o impacto ambiental no município, e, ainda é capaz de gerar renda para uma parcela das classes menos favorecidas da população: ou seja, aquelas pessoas que dependem do lixo como forma de sobrevivência.

Dessa forma, a coleta seletiva de lixo representa um processo de separação e recolhimento dos resíduos descartados por empresas e pessoas. Assim, materiais que são passíveis de serem reciclados são desassociados do lixo orgânico (restos de carne, frutas, verduras e outros alimentos). Por sua vez, o lixo orgânico é descartado em aterros sanitários ou pode muito bem ser utilizado para a fabricação de adubos orgânicos. www.biomania.com.br. Acesso em 20/05/2016)

O IBGE (2000) revela a carência da coleta seletiva de lixo, seja nas pequenas ou grandes cidades, haja vista que ainda são incipientes programas e os trabalhos voltados para o futuro do planeta e o bem estar da coletividade.

De acordo com Aragão; Veloso (2014), em relação à coleta seletiva, em um período de aproximados vinte anos, houve um aumento de 58 para 994 programas do gênero no Brasil, sendo que 443 municípios brasileiros em 2010 possuíam esse tipo de programa, já em 2012 o número de municípios com coleta seletiva aumentou para um total de 766, como mostra a Tabela 3. Esse aumento de municípios em que há ação de coleta seletiva tem elevado às taxas de reciclagem no país, porém, essa ampliação não pode ainda ser considerada suficiente, uma vez que em 2012 a cobertura nacional de coleta seletiva foi de 13,92%, em um contingente populacional de 193.946.886 habitantes (WALDMAN, 2007; WALDMAN, 2009; ICP-BRASIL, 2012).

O aumento da produção de resíduos sólidos no Brasil e as poucas mudanças quanto à coleta seletiva e à reciclagem se deve, de modo principal, à falta de reunião de setores do governo e aplicação de capitais públicos nas categorias de limpeza pública, coleta e encaminhamento final do lixo (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS, 2011).

TABELA 3 – Municípios com coleta de lixo seletiva no Brasil.

ANO QUANTIDADE

2012 766

2010 443

2008 405

2006 327

2004 273

2002 192

1999 135

1994 81

Fonte: CEMPRE, 2013, p. 4.

Nesse sentido, conforme depreende-se da tabela 4, entre os anos de 2006 a 2012, a população brasileira atendida pelo serviços de Coleta Seletiva de resíduos sólidos passou de 25 milhões no intervalo de 06 anos, representando um crescimento módico considerando as dimensões territoriais e a população do país, fatos que comprovam a falta de interesse dos gestores públicos em implementar políticas públicas voltadas para as questões da coleta seletiva de resíduos sólidos.

Tabela 4. População brasileira atendida pelo serviço de Coleta Seletiva (em milhões).

ANO PESSOAS (EM MILHÕES)

2012 27

2010 22

2008 26

2006 25

Fonte: CEMPRE, 2013, p. 4.

Cada cidadão é responsável pelo lixo que produz, mas muitas vezes esses cidadãos transferem suas responsabilidades para os gestores públicos das cidades, deixando assim de colaborar para o bem comum da sociedade. Parece faltar no momento atual um comportamento mais altruísta, e espírito cooperativo. É a impressão que ainda resiste.

De acordo com censo do IBGE (2010), no município de Arapiraca 53.170 dos domicílios particulares permanentes são atendidos pela coleta de lixo, sendo coletado pelo serviço de limpeza em 49.845 domicílios; em 3.325 domicílio o lixo é coletado em caçamba de serviço de limpeza; enquanto em 3.966 o lixo é queimado na propriedade; em 153 domicílios o lixo é enterrado na propriedade; jogado em terreno baldio ou logradouros por 847 domicílio; jogado em rio, lago ou mar por dezesseis domicílios restando em 106 casos dirigidos para outros destinos, conforme demonstra o quadro abaixo como a administração municipal trata