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A Administração História e evolução da Administração

Por:   •  25/8/2018  •  4.726 Palavras (19 Páginas)  •  291 Visualizações

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O que se pode afirmar é que o fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna administração, ocorrido no final do século XVIII e se estendeu até o século XIX, chegando ao começo do século XX e que trouxe profundas e rápidas mudanças sociais, econômicas e políticas, foi a Revolução Industrial.

A moderna administração surge em resposta a duas consequências geradas pela Revolução Industrial, segundo Chiavenato (2003), houve um crescimento desordenado e caótico das empresas. Os recursos eram mal aproveitados e desorganizados, portanto havia a necessidade de aumento da eficiência e de substituição do empirismo por métodos científicos.

No primeiro momento, foi o crescimento desenfreado e desorganizado das empresas que passaram a pedir uma administração cientifica que fosse capaz de substituir a praxe e a improvisação.

A segunda consequência foi à necessidade de uma maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado.

Observa-se a evolução da Administração mais claramente quando se identificam as principais escolas, orientações e abordagens seguidas pelos estudiosos desta área, nas várias tentativas já efetivadas para a formulação de uma teoria Administrativa.

A partir da Revolução Industrial é que a Administração passou a ser estudada como ciência, porém antes mesmo da Revolução já havia a administração, contudo até a ocorrência da Revolução Industrial, em 1776, não existiam empresas no mundo, a primeira a surgir foi na Inglaterra, devido ao acoplamento dos motores movidos a vapor aos Teares, daí surge o primeiro tipo de empresa que foi a indústria têxtil.

O fato de haver algumas problemáticas na Revolução Industrial, é que foi propício para que surgissem assim as escolas pioneiras da Administração: a Administração Científica e a Teoria Clássica. Assim, no inicio do século XX é que surge Frederick Winslow Taylor (1856-1915), engenheiro americano que apresentou os princípios da Administração Cientifica e o estudo da Administração como Ciência. De acordo com Chiavenato (2003), Taylor identificou três males nas indústrias (vadiagem sistêmica, desconhecimento pela gerencia do trabalho dos operários e falta de uniformidade dos métodos de trabalho).

Os trabalhos de Taylor podem ser considerados como a primeira tentativa de fundar uma “ciência da administração”. Por ter sido empregado e depois ter se tornado engenheiro-chefe, pode-se dizer que Taylor entendia melhor os problemas que havia entre empregado e empregador, foi ai então que propôs juntamente com seus seguidores, dentre eles: Henry Laurence Gantt (1861-1919), Frank Gilbreth (1868-1924), Lilian Gilbreth (1878-1961), criam os princípios da Administração Cientifica, pois para Taylor a organização e a Administração deviam ser estudadas cientificamente e, os problemas das organizações deviam ser pesquisados, estudados, medidos, analisados para assim encontrarem respostas cientificas, para que a improvisação desse lugar ao planejamento; o empirismo desse lugar à ciência, pois para Taylor era preciso organizar racionalmente o trabalho e aplicar os métodos da Administração Científica.

De acordo com Pugh (2004), para solucionar a questão do relacionamento de empregado e empregador, Taylor propõe quatro grandes princípios:

1° O desenvolvimento de uma verdadeira ciência do trabalho, em que seria necessária uma investigação científica para se chegar a uma jornada de trabalho justa. Neste caso, o empregador saberia qual a quantidade de trabalho ideal a ser realizada pelo trabalhador, e este receberia uma alta taxa de pagamento, já que este busca a “maximização de seus ganhos”;

2° A seleção cientifica e o desenvolvimento progressivo do trabalhador. Aqui caberia à administração da organização desenvolver os trabalhadores, buscando garantir que estes se tornem altamente produtivos, ou seja, de “primeira linha”;

3° A conexão da ciência do trabalho e trabalhadores cientificamente selecionados e treinados;

4° A constante e íntima cooperação de gestores e trabalhadores. Esta cooperação eliminaria os conflitos, já que os gestores e operários estariam cientes de suas responsabilidades e funções.

O que Taylor exaltava era a prática da divisão do trabalho, enfatizando tempos e métodos a fim de assegurar seus objetivos, a máxima produção com o mínimo de custo seguindo os princípios da seleção cientifica do trabalhador, do tempo padrão, do trabalho em conjunto, da supervisão e da ênfase na eficiência.

Quase que paralelamente à Administração Científica, surge a Teoria Clássica de Henri Fayol (1841-1925). Contrariamente a Taylor e seus seguidores, que dava ênfase às tarefas, Fayol por ter sido um homem de chefia de grandes empresas, dava foco à estrutura.

Segundo CARAVANTES (1998)

A ênfase de Taylor Gilbreth e seguidores era, absolutamente, concentrada na tarefa, na racionalização dos tempos de exceção. Quando se olha retrospectivamente, é fácil entender sua visão: eram engenheiros por formação e o seu local de trabalho e análise era o chão de fábrica. Taylor e seus seguidores tiveram uma visão da fábrica do chão para cima, isto é, sua principal ênfase eram as tarefas e o modo como os funcionários realizavam essas tarefas.

Fayol enfatizava a estrutura e, para um melhor entendimento e execução do processo administrativo e o funcionamento das organizações, os dividiu em áreas:

- Funções técnicas: relacionadas a atividades de produção de bens e serviços, dizendo respeito às atividades do setor de produção da empresa, pois toda empresa, seja de bens ou serviços produz alguma coisa.

- Funções financeiras: relacionadas com as atividades de gerenciamento dos recursos financeiros e do capital da empresa. Tais recursos podem ser conseguidos através de captação no mercado financeiro, esses recursos devem ser administrados com eficácia para que a empresa possa cumprir seus compromissos financeiros com bancos, fornecedores, pagamento de tributos e impostos, etc.

- Funções comerciais: funções de compra e venda, função de relação entre clientes e fornecedores, pois toda empresa necessita comprar matéria-prima ou produtos para transformá-los e vendê-los.

- Funções contábeis: funções relacionadas com a contabilidade da empresa, com o registro de dados, balanços e controles estatísticos, e estão voltados às funções de controle e permitem ao administrador

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