SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA : PROMOVENDO O AUTOCUIDADO

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Esta realidade, revela deficiências na implementação de políticas públicas, exigindo um movimento do governo e da sociedade para promover a saúde e o desenvolvimento da juventude (PONTE JUNIOR, XIMENES NETO, 2004).

JUSTIFICATIVA

Os altos números de contaminação de jovens por DSTs e os crescentes índices de gravidez na adolescência confirmam a importância de ampliar espaços de diálogo sobre as experiências da adolescência no campo da sexualidade.

Entende-se que os jovens podem ser também agentes transformadores do seu contexto social, multiplicando as informações nos espaços em que estão inseridos

Partindo do princípio que a prevenção de gestação não planejada e DST’s deve se constituir em uma ação coletiva, propus um projeto de intervenção em parceria com a equipe volante do Programa Saúde na Escola (PSE), propondo ações focais de educação sexual com alunos de uma escola municipal de Belo Horizonte.

OBJETIVO GERAL

Desenvolver ações de promoção à saúde sobre sexualidade e educação sexual para crianças e adolescentes da Escola Municipal Maria das Neves, localizada na regional centro-sul de Belo Horizonte.

Objetivos Específicos

- Fomentar a participação juvenil para que adolescentes e jovens possam atuar como sujeitos transformadores de suas realidades.

- Contribuir para a proteção e promoção dos direitos sexuais e reprodutivos de adolescentes.

- Promover o debate sobre sexualidade, diversidade sexual, métodos contraceptivos, gravidez na adolescência, aborto, DST/AIDS.

- Promover o enfrentamento da violência de gênero e orientação sexual dos jovens, por meio do acesso à informação e estímulo à reflexão sobre esses temas.

METODOLOGIA

Local

Escola Municipal Maria das Neves, localizada na regional centro-sul de Belo Horizonte.

População

Crianças a partir de 10 anos matriculadas na Escola Municipal Maria das Neves.

Desenvolvimento

Os temas serão discutidos em oficinas com os escolares, realizadas em parceria com o Programa Saúde na Escola, representado pela enfermeira Camila Sarmento Gama, em um ambiente que venha a facilitar o processo de aprendizado desses escolares, como uma proposta de empoderamento, segurança e participação, valorizando a experiência e conhecimento de cada indivíduo do grupo.

As oficinas propostas, seus objetivos, materiais e métodos, descritos a seguir, foram baseados no manual do Ministério da Saúde “Sexualidade e afetividade para formação de multiplicadores em saúde sexual”.

Oficina 1 –Sexualidade

Objetivos

Conceituar o termo sexualidade;

Discutir sobre a forma como a sexualidade é construída na sociedade, bem como suas manifestações na adolescência e juventude.

Materiais

Pincel atômico/ Quadro branco/ Som ou Datashow

Método

Pedir para cada adolescente definir o termo sexualidade em uma palavra.

Anotar as palavras no quadro com o pincel.

Discutir as palavras levantadas e construir a definição de sexualidade.

Reprodução dos vídeos “Minha Vida de João” (https://www.youtube.com/watch?v=gMatcineJi8) e “Era Uma Vez Uma Outra Maria” (https://www.youtube.com/watch?v=-ezAQj3G4EY). Ambos demonstram como a sexualidade é construída culturalmente de forma distinta para cada gênero.

Oficina 2 – Diversidade sexual

Objetivos

Debater preconceitos relacionados à questão da orientação sexual de modo a problematizá-los na sociedade.

Materiais

Cartolinas/ Tesoura/ Pincel atômico/ Quadro branco

Método

Pegar três folhas de cartolina. Na primeira folha, escrever a palavra “CONCORDO”, na segunda, “DISCORDO”, e na terceira “TENHO DÚVIDAS”.

Afixar as três cartolinas na parede bem separadas.

Pedir para que os participantes se levantem e dizer-lhes que você vai ler uma afirmação relacionada à questão da diversidade sexual:

- Uma pessoa pode escolher se quer ser homossexual, bissexual ou heterossexual.

- A maior parte das mulheres que se tornam lésbicas é porque foram abusadas por um homem na infância.

- O menino que foi criado por um pai homossexual tem mais chance de se tornar gay ou travesti.

- Um gay que queira se curar de sua homossexualidade deve procurar um psicólogo ou um líder religioso.

- Travesti é o homem que se traveste de mulher apenas para ganhar dinheiro, se prostituindo.

- Transexual é aquela pessoa que nasceu com um determinado sexo, mas que pertence a outro.

Explicar que depois de ler a afirmação, eles deverão se dirigir a um dos lugares da sala em que estão afixados os cartazes, ou seja, quem concordar deve se dirigir ao cartaz escrito CONCORDO e assim por diante.

Quando todos estiverem posicionados junto ao cartaz ao qual se dirigiram, pedir lhes que justifiquem a sua posição. Estimular os três grupos a falarem o por quê de terem escolhido aquela posição.

Após a breve discussão, ler uma nova afirmação e repita o procedimento até terminar as frases.

Oficina 3 - Direitos sexuais e reprodutivos

Objetivo

Conhecer os direitos sexuais e reprodutivos de adolescentes.

Materiais