Filme “Daens um grito de justiça”

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roubar para poder se alimentar, como na cena do filme em que o menino Jefke tentou roubar a carne de um tigre e foi morto pelo animal.

E como se não bastasse a luta pela sobrevivência pela falta de condições básicas para que um indivíduo realize suas funções vitais e esteja apto para realizar o trabalho de forma saudável, por exemplo, a insegurança e o desrespeito imperavam na sociedade burguesa do século XIX. Muitos eram mortos nas fábricas pelas máquinas, principalmente crianças que tinham a função de limpar o instrumentos de trabalho; mulheres eram abusadas sexualmente pelos patrões; a burguesia comprava votos com sopas ou cerveja e linguiça. Enquanto o proletariado era imposto a essas e muitas outras situações deprimentes, os capitalistas desfrutavam da suntuosidade as custas da exploração de mão de obra dos operários que sequer poderiam desfrutar da denominação de assalariados.

Devido a isso, percebe-se que a violência a qual padre Daens foi acusado, feria somente os ideais capitalistas dos órgãos religiosos, estatais – que deveriam se envolver em causas pelo bem comum e não controle de massas - e dos empresários industriais sob a intenção de capital, dominação e alienação, em contrapartida, tais interesses agrediam de forma grave a vida daqueles que vendiam sua força de trabalho, indo além de uma simples relação comercial. Sendo assim, com a intervenção de Daens, a sociedade passou a se movimentar, gerando conflitos entre operários e empresários, com o grito de justiça em busca da igualdade e harmonia, reconhecendo a realidade e sociedade que vivem com visão ampla dos fatos, como na frase célebre de Albert Einstein: “A menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de resolver os problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo”.