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Trabalho brincadeira de faz de conta

Por:   •  18/12/2017  •  1.288 Palavras (6 Páginas)  •  555 Visualizações

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Interage com o irmão que faz o papel de outro personagem, porém quando percebe que o adulto está observando, ficam sem graça.

As crianças mesmo após a filmagem permaneceram por longo período a brincadeira.

Durante toda brincadeira não se desfazem de seus adereços, que são utilizados o tempo todo na batalha.

- ANALISE ( Opinião dos autores, casamento da pratica com a teoria)

Para a autora Kishimoto, a brincadeira de faz de conta é a que deixa mais evidente a presença de situação imaginária, onde a criança desenvolve a representação e linguagem, em torno dos 2 – 3 anos de idade a criança começa a alterar os significados de objetos, situações, expressar suas vontades, sonhos e fantasias e a assumir papéis presentes do seu contexto social, ou seja, no qual ela presencia e vive em seu dia a dia. A brincadeira de faz de conta não só ajuda no desenvolvimento do imaginário da criança, mas também a expressão de regras implícitas que se materializam nos temas das brincadeiras, o conteúdo do imaginário das crianças é fruto das experiências vividas por elas em diferentes momentos e cenários. A brincadeira de faz de conta é muito importante, uma vez que a criança se apropria do conceito de símbolo, conseguindo assim alterar e dar novos significados de objetos, situações, desenvolvendo assim a função simbólica que garante a racionalidade ao ser humano, ao brincar com esta modalidade a criança está aprendendo a criar símbolos.

Para Piaget, quando a criança brinca de faz de conta, ela assimila o mundo sem compromisso com a realidade. A criança atribui uma determinada função para o objeto, que no inicio é um jogo solitário e logo se evolui para um jogo sociodramático, onde se envolve várias pessoas. Para ele sempre que a criança assume um papel é um jogo sociodramático e para fazer parte desta modalidade o jogo precisa ter algumas características, como: representação de um objeto por outro; adoção de papéis; atos complexos e é entre os 2 a 4 anos a criança está no auge da brincadeira de faz de conta.

Para Vigotsky a definição de brincar de faz de conta é a situação imaginaria criada pela criança, para ele esta modalidade de brincadeira ajuda a preencher as necessidades da criança, no qual ela cria um mundo imaginário onde tudo é possível, a própria criança cria as regras na desenvoltura da brincadeira. Antes dos três anos de idade a criança não consegue separar realidade de imaginação, então é somente a partir dos três anos que a criança tem a capacidade de desenvolver o jogo simbólico. Embora a criança atribua significado aos objetos com outros totalmente diferentes, nem todos os objetos podem ser qualquer coisa e quando ela atribui o significado ao objeto isso se torna importante para ela, fazendo com que ela crie novas relações entre situações pensamento e situações reais.

Para Gilles Brougere os jogos simbólicos traz a ideia da criação de contextos culturais para que o jogo de papéis se desenvolva. Ele defende que o educador deve intervir de forma indireta na construção de um ambiente lúdico, ou seja, deve ocorrer como uma mediação na preparação do espaço para brincar e do ambiente material: o que se tem como brinquedos e como eles estão dispostos e organizados, e quais as propostas que se desenvolvem no espaço, é importante dispor os materiais de forma coerente, fazendo com que o espaço seja rico em significados e representações culturais.

- CONCLUSÃO

A partir da observação e desenvoltura deste trabalho, podemos concluir que a brincadeira de faz de conta é fundamental para o desenvolvimento do ser humano, pois a capacidade de representação, de criar uma situação imaginaria, acontece com o aparecimento da linguagem e inaugura um avanço essencial para o desenvolvimento do pensamento, no qual a criança passa a agir por motivações internas, podemos verificar que a imaginação que é estimulada pelo jogo simbólico é uma capacidade que caracteriza o ser humano e o diferencia das outras espécies. O jogo simbólico traz uma contribuição inestimável para o pensamento imaginativo porque proporciona a oportunidade de estabelecer muitas analogias, fazendo com que a criança pense acerca do mundo social, repleto de relações. Através da brincadeira de faz de conta, sonhos, fantasias, desejos que parecem ser irrealizáveis podem se tornar realizáveis.

- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Kishimoto, T.M. Jogo, Brinquedo e Brincadeira. São Paulo. Ed. Cortez, 1997.

Klisys, A. e Fonseca, E. Brincar e Ler Para Viver. 1ª Ed. São Paulo. Hedging-Griffo, 2008.

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