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A INCLUSÃO ESCOLAR NA ATUALIDADE: FATO OU MITO

Por:   •  16/3/2018  •  1.562 Palavras (7 Páginas)  •  444 Visualizações

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Sassaki (1997) afirma que esse caminho depende da qualidade das relações que são estabelecidas entre a criança (dimensão individual) e seu grupo de referência: família, escola, etc... (dimensão social). Depende ainda, do compromisso e da aceitação da deficiência por familiares, vizinho, colegas, professores, etc. Portanto, depende do processo de relacionamento dialeticamente construído entre os sujeitos. A quarta fase “da inclusão” começou a se projetar no início da década de 80, quando um maior número de alunos com deficiência começou a frequentar classes regulares, pelo menos em meio turno. Intensificou-se a atenção à necessidade de educar os alunos com deficiência no ensino regular, como conseqüência das insatisfações existentes em relação às modalidades de atendimento em Educação Especial que para muitos, contribuía para a segregação e estigmatização dos educandos, assim como não davam respostas adequadas às suas necessidades educacionais e sociais. (SASSAKI,1997, p. 86) Vale a pena ressalvar a ineficácia dos instrumentos legais que, na tentativa de garantir a integração do aluno com deficiência mental na classe comum, impõem uma pseudoaceitação deste, acabando por gerar desordens na ordem escolar.

De acordo com Sassaki (1997), quando a presença do aluno diferente é imposta, sem a devida preparação (do próprio aluno com deficiência, de seus colegas, de professores, dos pais e, de funcionários etc...), fica difícil falar em integração. A integração não se faz com atos legais, não pode ser imposta. Ela é conquistada, nas ações e nas relações. Definição de educação inclusiva: Segundo o dicionário Aurélio (1993) incluir ou inclusão é o mesmo que compreender, que por sua vez que dizer entender, alcançar com a inteligência. Em entrevista á revista Nova Escola (maio /2005), Maria Teresa Eglér Mantoan [3], define inclusão como: É a capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas ,sem exceção.

Segundo Priscila Pereira Boy, a educação inclusiva não implica somente em aceitar a matricula do educando no sistema regular de ensino. Diz respeito a sistema educacional que respeite aceite e possibilite acesso e permanência de todas as pessoas, garantindo-lhes uma escolarização com competência e qualidade.

A inclusão não se refere apenas a pessoas com algum tipo de deficiência. É o caso de pessoas negras, obesas, homossexuais, mulheres e muitos outros excluídos.

A inclusão escolar segundo Aranha (2001) refere-se ao processo de inserção de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns. Isso significa acolher dentre a diversidade que constitui esse universo mais um segmento populacional, que é representado pelos alunos com deficiência.

A inclusão é um processo mundial em crescimento no Brasil, é amparada por documentos legais tais como LDB n 9.394(Brasil, 1996), Diretrizes Nacionais para a Educação Básica (Brasil, 2001), que estabelece vários níveis diferenciados de ação no que se refere à natureza: política, administrativa e técnica, e que “deve ser paulatinamente conquistada” (Carvalho 1997).

- EDUCAÇÂO INCLUSIVA ACONTECE REALMENTE OU É UM MITO

Para termos uma noção real da situação escolar do deficiente no Brasil, seria necessário que soubéssemos o numero exato deles. Pois, a partir da comparação entre o numero de habitantes deficientes e o numero de matriculados dos mesmos em instituições de ensino, poderíamos analisar se essas pessoas estariam sendo atendidas e recebendo uma educação de qualidade. Entretanto, nem mesmo o IBGE sabe ao certo este número. Dessa forma se torna difícil saber como é a situação dos Deficientes, já que nem mesmo sabemos de quantos estamos falando.

- CONCLUSÃO

Falar de inclusão, em nossa sociedade, é um desafio. Pois essa sociedade possui barreiras para separar escolas regulares, dos alunos com necessidades especiais. O preconceito que é a mais difícil barreira a ser superada; A estrutura física que embora não seja superado, o poder político não tem disponibilizado verbas suficientes para que estas barreiras sejam superadas. Outra barreira é a falta de conhecimento a respeito dos deficientes por parte dos seus familiares. Como lutar por seus direitos se os mesmos os desconhecem.

As escolas de fato elas não estão preparadas para recebê-los. Mas se for esperar que ela se prepare, esta inclusão demorará ainda mais para ocorrer. É preciso que as escolas aceitem que o portador de necessidades se matricule e ofereça condições básicas para o atendimento aos mesmos. Apesar de toda e qualquer dificuldade, nada deve impedir que a inclusão acontecesse. Mesmo por que, uma vez que a inclusão está prevista na nossa constituição, ela é um direito que poderá se constituir um crime a escola que não receber o aluno que tiver necessidades especiais.

Conviver com deficientes é um privilégio, pois com isso podemos aprender a viver com pessoas diferentes de nós. Esta convivência é importantíssima, principalmente na educação infantil, pois fará com que a próxima geração de adultos, possa ser mais tolerante para com a diferença.

- REFERÊNCIAS

AQUINO, Julio Groppa (org.). Diferenças e preconceitos. -Nas escolas-Alternativa Teóricas e Práticas. 2ª Edição. Summus Editorial 2003

BIANCHETTI. Lucídio (org.). Umolhar sobre a diferença-interação trabalho e cidadania. 4ª Edição. Papiros 2004.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei n° 9.394/96

BRASIL. Plano Nacional da Educação/Lei n° 10.172/2001.

BRASIL. Ministério da

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