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Artigo Cientifico, Analise de Propaganda

Por:   •  18/1/2018  •  4.058 Palavras (17 Páginas)  •  529 Visualizações

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E através deste estudo realizados, é fácil se entender e analisar as propagandas, tendo em vista que cada qual possui sua ideologia, que é passada ao seu público através dos comerciais.

Feminismo através dos séculos

Em um mundo moderno, cheio de possiblidades infinitas para todos os gêneros, seria hediondo afirmar que as mulheres são as únicas possuidoras dos cuidados constantes do lar de suas famílias. Entretanto, até se é possível compreender o porquê desse pensamento disseminado em toda a população, pois a submissão das mulheres perante os homens, não vem de 100 anos atrás, e sim de mais de milhares de anos, na criação do Universo. E desde muito tempo, temos mulheres lutando contra esse mar de preconceito para com elas e seu papel na sociedade.

De início, não se existia um movimento, mas mulheres que personificaram o anseio de muitas outras, trazendo assim ao público, o desejo de ter voz na sociedade como o homem tinha. Ao longo de muitos anos na história ocidental sempre existiu mulheres que se rebelaram contra sua posição primaria, buscando assim a liberdade em vários aspectos, e por diversas vezes pagaram com a vida por essa audácia em sua época.

Em primeiro plano possuímos na história do Feminismo a Christine de Pizan (1364-1429), que em 1402 declarou que “... as mulheres são constantemente apresentadas de modo preconceituoso e sem motivo justo...” em seu livro A Cidade das Mulheres. Em sua condição atual, era casada com Etiénne du Castel, que era secretário e notário real. Em 1390, ele faleceu deixando Christine numa delicada situação financeira, devido às dívidas contraídas por ele. Ela decide, então, dedicar-se às letras, numa tentativa de sustentar a si e aos filhos. Considerada precursora do feminismo, foi a primeira mulher francesa de letras a viver do seu trabalho. Estabeleceu-se assim a reputação de Christine como intelectual capaz de apoiar a sua causa, com argumentos lógicos e bem fundamentados. Nos seus restantes trabalhos, nunca deixou de defender a importância das mulheres, e das suas contribuições para a sociedade, ou a igualdade dos sexos, e a necessidade de dar uma educação igual tanto a rapazes quanto a mulheres. Tentou ainda mostrar às mulheres como cultivar qualidades que as ajudem a lutar contra a crescente misoginia.

Por seguinte, em 1665, temos também a história de Aqualtune, que foi trazida ao Brasil como escrava. Ela foi líder de uma força de 10 mil homens durante a batalha de Mbwila, localizada entre o Reino do Congo e Portugal. Ela foi capturada logo após a derrota de Congo e trazida para o Porto de Recife, no Brasil. Aqualtune, quando soube da história de Palmares, participou de uma organização da fuga de muitos escravos para o quilombo, lugar onde teve sua ascendência reconhecida, criando então um lugar onde as tradições africanas foram mantidas.

Até o presente momento, como foi citado acima, o movimento não tinha força, mas era representado por algumas mulheres que marcaram sua época. Conforme o tempo foi se passando, deu se início ao movimento feminista.

O mesmo pode ser conhecido a partir de duas vertentes: a história do feminismo, ou melhor, da ação do movimento feminista, e a sua produção em diversas áreas como ciências sociais, história, entre outros. Com essa mistura de interesses, em sua teoria provocaram um desejo de mudança em várias outras áreas, trazendo assim evolução não apenas para as mulheres, mais para muitos que se sentiam oprimidos.

A primeira chamada onda do feminismo ocorreu por voltas das últimas décadas do século XIX, quando na Inglaterra as mulheres se organizaram para lutar pelo seu direito ao voto. As sufragetes, como geralmente eram conhecidas, compuseram manifestações de grande porte em Londres. Uma que se destacou dentre elas nesse período, foi Emily Davison, que se suicidou, jogando-se na frente do cavalo do Rei, morrendo 4 dias depois de traumatismo craniano. A luta das sufragetes é destacada no filme As Sufragistas (2015), que mostra uma visão mais detalhada das batalhas enfrentadas pelas mulheres desse movimento.

Com o passar do tempo, esse movimento denominado Feminismo ganhou reconhecimento no mundo, e as mulheres começaram a adquirir seus direitos. Em 1771, foi publicado durante a Revolução Francesa, por Olímpia de Gouges, um documento onde igualizavam juridicamente ambos os gêneros. Contudo, as mulheres ainda estavam sem o direito de votar em alguns países, sem acesso a instituições públicas, à liberdade profissional etc. Mas infelizmente, essa declaração foi rejeitada e esquecida até 1986, quando foi publicada por Benoîte Groult.

Em 26 de novembro de 1792 é publicada a obra de Mary Wolstonecraft “A Reivindicação dos Direitos da Mulher”. Nela, a autora defende que as mulheres não são naturalmente inferiores aos homens, mas aparentam ser devido à falta de acesso a educação sofrida por elas.

No Brasil, 40 anos depois da publicação da filósofa Mary Wolstonecraft, é lançado um livro de Nísia Floresta, denominado “Direitos das mulheres e Injustiça dos Homens”, considerado o livro fundador do feminismo nacional. Nele, a autora relata a respeito do mito da superioridade masculina e avoca que as mulheres sejam consideradas também como seres inteligentes e merecedores de respeito. Nísia também confirma que as mulheres têm a mesma capacidade de ocupar cargos ocupados, mormente, por homens.

Em 1848, nos Estados Unidos, é publicada a obra “Declaration of Sentiments”, (ou Declaração de Sentimentos), numa convenção organizada por Lucrécia Coffin e Elizabeth Cady Stanton. Este documento é reconhecido por defender a afirmação de que homens e mulheres são iguais. Coffin também ficou conhecida por apoiar movimentos abolicionistas.

Uma das primeiras mulheres a defender o direito ao voto para as mulheres no país foi Josefina Álvares. Ela, em 1878, encenou uma peça no Teatro Recreio denominada de “O Voto Feminino” (mais tarde publicada em livro),

No dia 19 de abril de 1879 as mulheres conseguem por meio do Decreto nº 7.247, autorização para cursar um Ensino Superior, mas ainda sofriam preconceito por fazê-lo.

No Brasil, a primeira onda também se demonstrou pela luta ao direito do voto. As sufragetes brasileiras foram lideradas por Bertha Lutz, na década de 1910. Foi uma das fundadoras de vários projetos no país. Neste período, também não se pode esquecer a respeito do movimento das operárias, que se reuniram à “União de costureiras, chapeleiras e classes anexas”. Para identificar mais esse período Maria Valéria Junho descreve a luta que as operarias passaram

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