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Teoria do Conhecimento

Por:   •  13/2/2018  •  2.099 Palavras (9 Páginas)  •  401 Visualizações

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Ao analisar o conhecimento sob a ótica da fenomenologia, podem-se citar cinco problemas, como o dogmatismo, ceticismo, subjetivismo e relativismo, pragmatismo e criticismo.

Do ponto de vista do dogmatismo, o conhecimento não chega a ser um problema, sendo uma visão errônea da essência do conhecimento, que diz que o conhecimento é adquirido a partir de um problema. Assim, as pesquisas científicas, que buscam novos conhecimentos, são guiadas a partir de problemas.

A primeira forma de dogmatismo diz respeito ao conhecimento teórico, as duas últimas, ao conhecimento dos valores. O dogmatismo ético lida com o conhecimento moral, o religioso, com o conhecimento religioso.

Na visão do ceticismo não é possível ter conhecimento como apreensão efetiva do objeto, haja vista que o conhecimento pode sofrer influências do meio, como a cultura do sujeito. Ao analisar de acordo com o conceito de verdade moral, se dois sujeitos realizam pesquisas sobre o mesmo objeto e encontram resultados distintos, não é possível dizer quem está certo ou errado, pois não há conhecimento errado. Logo, não tem-se a certeza da veracidade desse conhecimento.

O subjetivismo e relativismo se assemelha ao ceticismo, pois afirmam que a verdade tem validade limitada, ou seja, depende do sujeito que irá analisar esse conhecimento dito como verdadeiro, ao contrário do ceticismo que é mais radical ao afirmar que não tem conhecimento verdadeiro.

No subjetivismo a validade da verdade é restrita ao sujeito que conhece e julga, o que os seres humanos podem julgar como verdade absoluta, pode não ser para seres de outras espécies. No relativismo, toda verdade é relativa, assim como no subjetivismo, entretanto esta sofre influências do círculo cultural no qual o sujeito está inserido.

Já o pragmatismo nega a existência de verdade no sentido de que não pode haver a concordância entre o pensamento e o ser, haja vista que a verdade se modifica de acordo com o que é conveniente para o sujeito, ou seja, está relacionada a vontade do ser humano, naquilo que é mais fácil para ele acreditar. No ditado popular, “só enxergamos aquilo que queremos ver”, ou “ o amor é cego”. Contudo, nem sempre isto acontece, podendo um sujeito utilizar-se da lógica para perceber os fatos como eles realmente são, reconhecendo a autonomia do pensamento humano.

Por fim o criticismo sofre influências do dogmatismo, ao acreditar que existe verdades no conhecimento humano, e do subjetivismo, relativismo, pragmatismo e ceticismo, ao desconfiar de todo conhecimento descoberto. Se assemelha ao ditado, “confiar, desconfiando.” No criticismo, deve ser investigado a fonte que levou ao conhecimento, buscando o método percorrido, as possíveis influências que aquele resultado sofreu, dentre outras variáveis que possam ter interferido em um conhecimento verdadeiro.

Sob o meu ponto de vista, os pesquisadores estão na busca constante por novos conhecimentos, tentando raciocinar de modo semelhante ao criticismo, para que os resultados de suas pesquisas sejam o mais próximo possível da verdade absoluta, fato que é quase impossível. Neste contexto, se insere os outros pensamentos voltados para o subjetivismo, relativismo, pragmatismo e ceticismo, nos quais sob algumas circunstâncias e influências do meio, ora a vaidade humana, ora a própria cultura que sujeito pesquisador está inserido se sobressaem a ciência, alcançando como verdade algo que talvez não seja tão verdadeiro.

A Origem do Conhecimento

Nesse momento surgem inúmeros questionamentos que traz para reflexão a origem do conhecimento, sendo discutidos sob duas vertentes, do pensamento humano e da experiência. Assim, a origem do conhecimento será debatida sob pontos de vistas distintos, do racionalismo, empirismo, intelectualismo, apriorismo e posicionamento crítico.

O racionalismo afirma que a razão, o pensamento, como fonte do conhecimento humano. Ademais, o conhecimento só será conhecimento se poder ser comprovado a sua veracidade, e este deverá ser aceito universalmente Se usar de conceitos da lógica e da verdade universal. Qualquer afirmação realizada, dita como um conhecimento deve ser comprovada.

Contudo, é valido salientar que para os racionalistas a origem de novos conhecimentos depende de experiências anteriores, ou seja, de conhecimentos prévios. O mundo da experiência está em permanente mudança e modificação. Se não devemos, pois, desesperar da possibilidade do conhecimento, deve haver, além do mundo sensível, um mundo supra-sensível do qual nossa consciência cognoscente retira seus conteúdos. Sendo as ideias essenciais para origem de novos conhecimentos. Utiliza-se de princípios racionalistas para descoberta de novos conhecimentos em pesquisas científicas, principalmente, em objetos de estudos pouco explorados. Sendo difícil os pesquisadores partirem de conhecimentos prévios, um exemplo é a chamada “chuva de idéias”, onde se reúnem pesquisadores de determinadas área para discutirem o melhor modo de abordar determinado objeto de estudo. Ratificando a ideia de que para originar novos conhecimentos é necessário ter conhecimentos anteriores, mas todos relacionados ao pensamento humano, a razão.

Para o empirismo, a única fonte do conhecimento humano é a experiência. Para justificar seu ponto de vista, aponta o desenvolvimento do pensamento e do conhecimento humanos, que prova a grande importância da experiência para que o conhecimento ocorra. A experiência aparece, assim, como a única fonte do conhecimento. O pesquisador é completamente dependente da experiência.

Nesse ponto percebe-se que a preferência de determinados filósofos pela corrente racionalista ou empirista é dependente da área de estudo em que se encontra, parece óbvio que os matemáticos prefiram a corrente racionalistas, já para os pesquisadores das ciências naturais, convém mais a correste empirista, já que a experiência se sobrepõe a razão.

No Intelectualismo, considera que tanto a razão como a experiência participam na formação do conhecimento. Estes filósofos acreditam que a origem dos conhecimentos está relacionada a conceitos prévios oriundos da consciência, intuição e pensamentos e também de experiências vivenciadas anteriormente. Assim, experiência e pensamento constituem conjuntamente o fundamento do conhecimento humano.

O apriorismo se assemelha ao intelectualismo ao considerar o pensamento e a experiência como fonte de novos conhecimentos, mas no intelectualismo a experiência se sobrepõe, a razão, embora se utiliza ambas. O apriorismo eleva a razão como determinante para

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