Resenha do filme Em nome da Rosa

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além de punir aqueles que fossem contra os dogmas da igreja também podia julgar como culpados aqueles que agiam sob ação do demônio.

Junto com o noviço Adso, William penetra em uma entrada proibida da biblioteca e caem em um labirinto. Lá eles encontram várias obras que só alguns monges tinham acesso, entre eles o abade, o bibliotecário e o seu auxiliar.

Depois da morte do bibliotecário, William descobre que o assassino era quem escondia a obra de Aristóteles, a qual destruía a fé pela comédia.

Durante o drama, Adso acaba tendo relação com uma mulher que os monges beneditinos exploravam, o que se reflete no nome do filme, pois no fim do enredo, Adso conta que teve que escolher entre a moça e seu mestre e que nunca soube realmente o nome da rosa.

Esse filme é de caráter filosófico pois a todo momento se faz questionamentos em busca de uma solução e de uma verdade. Pode-se considerar William também como um filósofo, pois ele utiliza a dúvida e suas inquietações, para desvendar o mistério.

O contraste marcado entre a filosofia iniciada na Grécia Antiga com as ideias propostas pela idade média são exemplificadas por meio do filme. Enquanto os gregos se organizaram em períodos em que havia investigação acerca da physis, do homem, da distinção entre os objetos do pensamento filosófico e das relações entre o homem, a natureza e Deus, o período da Idade Média se caracteriza pela relação entre a fé e a razão, admitindo a existência e natureza de Deus, além de demarcar fronteiras entre o conhecimento e a liberdade humana.

Os gregos valeram-se de metáforas e dos mitos para explicar as questões do universo. Utilizavam-se de elementos como a água, o ar e o fogo para explicar a essência do mundo (CUNHA, 1992).

Já, na Idade Média, influenciados por Platão e Aristóteles, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino marcam os períodos da patrística e escolástica, respectivamente. A primeira época teve como objetivo consolidar o papel da igreja e propagar os ideais do cristianismo enquanto que na segunda retomaram-se vários princípios gregos.

REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de A. et all. Filosofando: Introdução à Filosofia. Ed. Moderna. 2ª edição, 1993

PRADO JÚNIOR, Caio. O que é filosofia. São Paulo: Brasiliense, 2007.

Filme: O Nome da Rosa. Globo Filmes e Produções