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A Teoria do Conhecimento

Por:   •  9/9/2018  •  1.499 Palavras (6 Páginas)  •  449 Visualizações

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I. A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO

1. Dogmatismo

Por dogmatismo entendemos a posição epistemológica para a qual o problema do conhecimento não chega a ser levantado. A possibilidade e a realidade do contato entre sujeito e objeto são pressupostas.

2. Ceticismo

É o contrário do que prega o dogmatismo. Segundo o ceticismo o sujeito não toca o objeto, pois este pensamento não vê objeto, deste modo, não há nenhuma verdade.

3. O subjetivismo e o Relativismo

Não há verdade alguma universalmente válida, todas têm alguma limitação. O subjetivismo, como seu nome já indica, restringe a validade da verdade ao sujeito que conhece e que julga. Todo juízo tem validade apenas para o gênero humano. O relativismo tem afinidade com o subjetivismo. Também para ele, não há qualquer validade geral, nenhuma verdade absoluta. Toda verdade é relativa, tem validade restrita.

4. Pragmatismo

Assim como o ceticismo o pragmatismo recusa o conceito da verdade no sentido de concordância entre o pensamento e o ser, mas ele não se detém a essa negação mas substitui o conceito que foi abandonado por um novo conceito de verdade.

5. Criticismo

É uma posição entre dogmatismo e o ceticismo. O criticismo põe à prova toda afirmação da razão humana e nada aceita inconscientemente. Por toda parte pergunta sobre fundamentos, e reclama da razão humana uma prestação de contas.

II. A ORIGEM DO CONHECIMENTO

Nesta parte, Hessen discorre sobre o modo como se dá o conhecimento, explicitando os principais caminhos por onde o homem pode conhecer.

1. Racionalismo

Chama-se racionalismo o ponto de vista epistemológico que enxerga no pensamento, na razão, a principal fonte do conhecimento humano. A razão disso é que, nesses casos, dependemos da experiência. Resulta-se que os juízos baseados no pensamento, advindos da razão, possuem necessidade lógica e validade universal; os outros não.

2. Empirismo

O empirismo é o lado extremo do racionalismo. “Nada existe no intelecto que não tenha passado pela experiência”.

3. Intelectualismo

É a mediação entre o racionalismo e o empirismo. O intelectualismo, na elaboração do conhecimento considera que ambas as formas contribuem na elaboração do conhecimento. Segundo o intelectualismo, a consciência cognoscente lê na experiência, retira seus conceitos da experiência.

4. Apriorismo

Indica que o nosso conhecimento apresenta elementos independentes da experiência. O princípio que governa essa tendência é: “Conceitos sem intuições são vazios; intuições sem conceitos são cegas”.

III. A ESSÊNCIA DO CONHECIMENTO

1. Soluções pré-metafísicas do problema

Objetivismo e subjetivismo

Segundo o objetivismo, o objeto determina o sujeito e o mesmo deve se combinar ao outro. Dessa forma o sujeito torna-se passivo, adquirindo características do objeto e a realidade do objeto é um dado para a consciência do homem. Para o subjetivismo, o centro de gravidade do conhecimento está no objeto. O reino objetivo das ideias ou essencialidades é, por assim dizer, o fundamento sobre o qual se assenta o edifício do conhecimento.

2. Soluções metafísicas

a) Realismo

O realismo é a visão epistemológica segundo o qual existem coisas reais, independentes da consciência. Não há distinção da percepção, que é um conteúdo de consciência, do objeto percebido. Essas três formas de realismo são encontradas na filosofia antiga: o realismo ingênuo, natural e crítico.

b) Idealismo

O idealismo possui dois sentidos, a partir da visão metafísica é a convicção de que a realidade tem por fundamento forças espirituais, potências ideais. Na visão epistemológica sustenta que não coisas reais, independentes da consciência.

c) Fenomenalismo

É a teoria segundo a qual não conhecemos as coisas como são em si, mas como se apresentam. Dessa forma, agrega conceitos do realismo quando admite coisas reais e do idealismo quando limita o conhecimento à consciência, aparência o que impossibilita enxergar as coisas em si.

3. Soluções Teológicas

a) Solução Monista e panteísta

Para solucionar o problema do sujeito e do objeto, podemos voltar ao absoluto e então resolver o problema a partir dele. A filosofia da identidade define o absoluto como unidade da natureza e do espírito, do objeto e do sujeito. A solução ao problema do conhecimento é dada prontamente, pois se sujeito e objeto são completamente idênticos, o problema geral de sujeito e objeto já não existe mais.

b) Solução dualista e teísta

O dualismo empírico do sujeito e do objeto tem por base um dualismo metafísico esta concepção do universo mantém a diversidade metafísica essencial do pensamento e do ser, a consciência e a realidade. O teísmo

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