RELATÓRIO REFERENTE À ATIVIDADE DESENVOLVIDA

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O autor, Roberto Freire, inspirou-se nos tempos em que trabalhando para a revista Realidade, 1968, publicara um artigo sobre os menores abandonados, com o nome de “Meninos do Recife”. Matéria essa que lhe ofereceu experiência pessoal quando decidiu ir morar sob a mesma ponte que o bando de moleques com os quais fez amizade enquanto reunia material para sua publicação. Foi premiado com o “Esso de Reportagem”. Além desses, o autor também escreveu os romances “Cleo e Daniel e Coiote”, peças de teatro, ensaios, contos e também colaborou em seriados e novelas de tevê.

Particularmente tenho apreço pela obra, tanto pela história em si quanto por ter sido um presente. Ela nos faz refletir em uma série de questões que não apenas como profissionais da área, mas como pessoas precisamos nos conscientizar. São várias histórias de vidas contadas em um só livro e que, baseadas em fatos reais, nos levam para lugares frios e violentos onde por vezes nem imaginamos que existem de fato crianças sendo obrigadas a suportar. Infelizmente não temos um final feliz e perfeito como um conto de fadas. Temos o fim que a maioria, na realidade, tem. Mas o autor não deixa de nos trazer e também aos próprios personagens um requisito essencial para quem não quer deixar a vida antes do tempo: a esperança. E isso torna ainda mais fantástica a narrativa.

Enfim, a obra é voltada mais precisamente ao público adolescente. Contudo, vale ressaltar que são abordados temas de extrema importância para jovens e adultos. Para fazer repensar as atitudes no dia-a-dia. E também para os aspirantes no trabalho social, com os jovens e crianças abandonadas, mal tratadas, aos alcoólatras, dependentes químicos e mendigos. Enriquece como material de base para o Serviço Social, clareando alguns aspectos da triste realidade brasileira no que tange à pobreza, à discriminação e ao abandono.