O Deslocamento do centro dinâmico da economia brasileira, no século XX
Por: SonSolimar • 8/12/2018 • 1.253 Palavras (6 Páginas) • 354 Visualizações
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No momento que JK chegou ao poder se deparou com a Petrobras em franco crescimento e com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que foi implementada pelo governo Getúlio Vargas em 1950 e onde se decidiu investir na expansão dos setores de siderurgia e energia do país com isso se visava acelerar a industrialização nacional, um movimento que crescia entre países em desenvolvimento. Assim, com matéria-prima e energia garantida, era preciso investir em manufatura para garantir emprego e expandir o país para o interior. Foi aí que Juscelino fez sua grande aposta: abriu o mercado e criou barreiras protecionistas. O governo JK promoveu uma ampla atividade do Estado, tanto no setor de infraestrutura como no incentivo direto à industrialização, mas assumiu também abertamente a necessidade de atrair capitais estrangeiros, concedendo-lhes inclusive grandes facilidades. Assim, o governo permitiu uma larga utilização da instrução 113 da Sumoc, baixada no governo Café Filho. Essa instrução autorizava as empresas a importar equipamentos estrangeiros sem cobertura cambial, ou seja, sem depositar moeda estrangeira para pagamento dessas importações. A instrução 113 facilitou os investimentos estrangeiros em áreas consideradas prioritárias pelo governo: indústria automobilística, transportes aéreos e estradas de ferro, eletricidade e aço. O governo de Juscelino ficou associado à instalação da indústria automobilística. Isso não quer dizer que antes dele não tivessem existido montadoras e fábricas de autopeças no Brasil. Suas proporções eram, porém, limitadas. Por outro lado, como as ferrovias foram na prática abandonadas, o Brasil se tornou cada vez mais dependente da extensão e conservação das rodovias e do uso dos derivados do petróleo na área de transportes.
O Plano de Metas dividiu-se em 31 metas que privilegiavam 5 setores da economia brasileira: energia, transporte, indústrias de base, alimentação e educação. Os setores que mais recursos receberam foram energia, transportes e indústrias de base. A construção de Brasília não integrava nenhum dos cinco setores, mas representou o novo Brasil que JK pretendia formar. As metas são as seguintes: energia, transportes, alimentação, indústrias de base e educação. O setor de energia de dividia em alguns ramos, o de energia elétrica, 82% da meta foi alcançada. Quanto ao petróleo, na área de produção 76% da meta foi realizada e na de refinação atingiu-se 25% do objetivo proposto. O serviço de construção de rodovias ultrapassou a meta, e chegou a 138% de realização. Em resumo a avaliação do plano é positiva em alguns aspectos, o PIB teve crescimento anual de 8,2%, superando a meta estipulada, além das metas setoriais, que em suas maiorias tiveram o resultado alcançado. Concluímos, portanto, que o Plano de Metas iniciou com grandes avanços, porém é importante destacar que foi responsável pelo nascimento de uma dívida externa para o Brasil que percorreu por muitos anos, esta possibilidade de crescimento arriscou a dependência econômica brasileira. Outra consequência do plano que vemos nos dias atuais é a participação do Estado na economia, que se alargou durante o Plano de Metas.
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