Ficha Elites Fundadoras
Por: YdecRupolo • 1/1/2018 • 638 Palavras (3 Páginas) • 425 Visualizações
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Segundo a autora, o papel católico na educação africana foi quase que uma faca de dois gumes; trouce valores e melhorias importantes, mas também trouce dessabores e descriminação descritas em pormenor e até difíceis de digerir; ao deparamos com declarações de um bispo católico deste teor:
“participar nos movimentos de libertação é actuar contra a natureza”, “ a mãe pátria tem o direito de se opor à independência”; “ as independências africanas são portadoras de uma marca de revolta e comunismo”; “a África para os africanos era uma monstruosidade filosófica e um desafio à civilização”
Só um inconsciente acompanharia uma agressão dessa porque o seu estado não lhe permite uma outra reacção. Na óptica da autora, diferente foi a acção dos protestantes, tendo criado as bases para o nacionalismo e instruído muito dos posteriores dirigentes em Angola e Moçambique, como por exemplo: Agostinho Neto presidente do MPLA e Eduardo Mondlane, presidente da FRELIMO. Aliás, as condições oferecidas aos bolseiros dos colégios protestantes era se longe superior aos estudantes do império.
Segundo a autora, o estudo universitário em África nunca foi vista com bons olhos pela metrópole e o então presidente norte-americano, ironizou a intenção de Portugal a propósito das reformas anunciadas nesse sentido. Amílcar Cabral deixou bem claro na sua declaração ao comité Especial da ONU, a fraca vontade do poder colonial em implementar uma educação de massas nas colonias.
Relativamente ao surgimento dos partidos e movimentos políticos nas colónias, a autora refere que estes têm bases estritamente nas elites citadinas e terão sido criadas praticamente pelas mesmas pessoas, principalmente o MPLA e o PAIGC, que com um grau elevado de certeza, ambos foram criados por Amilcar Cabral.
FIM
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