RESENHA FILME: REIDY A CONSTRUÇÃO DA UTOPIA

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O parque do Flamengo, foi onde Reidy conseguiu resolver mais nitidamente os problemas da cidade, conseguiu colocar na balança questões sociais, tecnológicas e plásticas. Estas, por meio de um parque que poderia ser acessível a todos, independente da classe social, privilegia o pedestre, não o carro, a rua tinha função de circulação, eliminava portanto os cruzamentos, o espaço público tinha função social, de lazer, circulação, esportivo e cultural. Os símbolos, plataformas, escadas, bancos, monumentos, são objetos de integração com a paisagem e ordenação do espaço, onde em cada área específica do parque, o usuário obtém uma perspectiva diferente da cidade. Burle Marx segue essa ideia quando projeta o paisagismo num sentido mais sinuoso que conversam com o eixo viário e consequentemente com as passarelas elevadas - elementos de maior significado estético para o parque. Sinuosidade esta, proposta por Le Corbusier em 1929, onde Reidy conseguiu com sucesso interpretar - A sinuosidade do volteio dos cursos d’água, a prodigiosa natureza sul-americana, etc.

As edificações projetadas por Reidy — o Pavilhão para o Play-ground do Flamengo (1962-1965), o Pavilhão para o Play-ground do Morro da Viúva (1962-1965), o Coreto (1962-1965) e a Pista de Danças e Espetáculos ao Ar Livre (1962-1965) — são elementos em concreto aparente que possuem função estética de integração com o parque, uma vez que possuem geometrias variadas e imponentes no espaço. O parque é portanto, com suas composições abstratas, linhas delicadamente pensadas e tratamento paisagístico, resultaram na consagração definitiva do movimento modernista.

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Maquetes do Coreto, da Pista de Danças, do Pavilhão do Playground Flamengo (Pavilhão Japonês), do Pavilhão do Playground Morro da Viúva (Brinquedoteca) e do Teatro de MarionetesFotos divulgação [Módulo n. 37, 1964]