GESSO: CARACTERÍSTICAS E UTILIZAÇÃO NA ENGENHARIA CIVIL
Por: Jose.Nascimento • 4/1/2018 • 2.657 Palavras (11 Páginas) • 526 Visualizações
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de pega.” (NBR 13207/1994).
No contexto da Construção Civil, o gesso é classificado como aglomerante aéreo devido ao seu endurecimento ser ocasionado pela presença de CO2 no ar.
O gesso apresenta características e propriedades bastante interessantes, como o endurecimento rápido (8 à 12 minutos); plasticidade da pasta fresca e lisura da superfície endurecida; maleabilidade; leveza; resistência mecânica ( > 8,40 Mpa); aderência; excelente propriedade de isolante térmico e acústico; resistente ao fogo (ARAGÃO,s/d).
Figura 2: Aplicação do gesso na Construção Civil. Disponível em Google imagens.
4. UTILIZAÇÃO DO GESSO NA ENGENHARIA CIVIL
Devida ao grande número de propriedades e características, este aglomerante aéreo apresenta um leque de funções no ramo da Construção Civil. O gesso é amplamente utilizado no revestimento de paredes, no lugar da massa fina. Uma segunda opção é fundir molduras na modelagem e fixação de placas para forro; como chapas de gesso acartonado (compostas basicamente por duas folhas de papel recheadas de gesso), também se prestam à execução de forros, além de permitir a construção de paredes divisórias conhecidas como drywall.
4.1. REVESTIMENTO DE GESSO
O revestimento de gesso é usado em paredes e forros com a finalidade de um acabamento liso e fino. Em sua aplicação, recomenda-se uma espessura de 5 ± 2 mm. No preparo da pasta, deve-se consumir no máximo por 40 mim devido a pega. Sua aplicação é feita com uma desempenadeira de PVC ou rolo e aplicado em faixas com movimento de vai e vem. Reveste-se uma metade e depois completa. O sarrafamento é feito com uma régua de alumínio. Em seguida, se apresentar algum defeito passa-se a desempenadeira de aço e colher de pedreiro para o devido reparo. Os vazios são preenchidos com a própria pasta e os excessos são removidos. A qualidade do revestimento depende da planeza do substrato e da habilidade do operário.
As vantagens desse processo é uma cura rápida, não necessita da massa corrida, proteção contra incêndio e um bom acabamento estético devido a sua coloração branca.
As desvantagens são, corrosão do aço quando em contato com ele, reações químicas com o cimento causando umidade, pode aparecer bolor em locais mal ventilados/iluminados.
4.2. FORROS DE GESSO
A vantagem estética torna o gesso um material amplamente utilizado para forragem. Além disso, proporciona ao estabelecimento um maior conforto acústico e isolador térmico.
Em geral, a forragem de gesso é feita por três sistemas diferentes, o convencional, gesso acartonado e o drywall.
O primeiro é indicado para locais pequenos onde o risco de dilatação é menor. O método consiste a junção das placas por meio do sistema macho fêmea com fixação de tiro e arame galvanizado.
O forro confeccionada com gesso acartonado por sua vez, apesar de ser mais caro que o primeiro é o mas utilizado na atualidade. Porventura, este por ser utilizado em qualquer localidade, independente da sua dimensão. Outro ponto positivo é a imunidade a trincas e ao amarelamento, comum no sistema convencional.
Por ultimo, o sistema de forragem drywal consiste na parafusação de chapa de gesso em uma estrutura de aço galvanizado.
4.3. ORNAMENTAÇÃO COM GESSO
É usado em acabamentos e peças decorativas, como nichos, sancas e vitrais. Seu manuseio deve ser com cuidado por ser muito frágil. Os resíduos gerados são decorrentes das quebras das peças e ajustes dimensionais na hora da fixação.
4.4. DRYWALL
O drywall (placas de gesso) a principio foi pensado como uma solução econômica. A tecnologia passou a ser utilizada no período de Pós- II Guerra Mundial pelos Estados Unidos e pela Europa a mais de 100 anos. O drywall consiste em chapas de gesso aparafusadas em estruturas de perfis de aço galvanizado, com o intuito de substituir vedações internas convencionais como paredes, revestimento e teto.
As chapas de gesso devem ser produzidas de acordo com as seguintes Normas ABNT: NBR 14715:2001, NBR 14716:2001 e NBR 14717:2001 e são classificadas pela Associação Brasileira de Drywall em 3 tipos.
• STANDART (ST)
Indicada para áreas secas, como: paredes, forros, revestimentos, shafts e mobiliários integrados.
Detalhes técnicos
Espessuras (mm): 6,4 – 9,5 – 12,5 – 15
Largura (m): 1,20
Comprimentos (m): de 1,80 a 3,00
Bordas: Rebaixadas (BR)
Coloração: Cinza/Branca
• RESISTENTE A UMIDADE (RU)
A Chapa Resistente à Umidade (RU) é indicada para a execução de áreas molháveis, como banheiros, cozinhas e áreas de serviço.
Detalhes técnicos
Espessuras (mm): 12,5 - 15,0
Largura (m): 1,20
Comprimentos (m): de 1,80 a 3,0
Bordas: Rebaixadas (BR)
Coloração: Verde
• RESISTÊNCIA AO FOGO (RF)
A Chapa Resistente ao Fogo (RF) é indicada para áreas secas que possuam necessidades específicas de resistência ao fogo em paredes e forros de drywall.
Detalhes técnicos
Espessuras (mm): 12,5 - 15,0
Largura (m): 1,20
Comprimento (m): 2,40
Bordas: Rebaixadas (BR)
Coloração: Rosa
As vantagens deste sistema de construção sobre o de alvenaria pode ser observadas na seguinte tabela, retirada do site da empresa de Drywall Knauf.
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