Cartilha Patrimônio Histérico
Por: Salezio.Francisco • 14/1/2018 • 1.107 Palavras (5 Páginas) • 323 Visualizações
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Carmo
EMEF Coronel Vaz
Áreas de interesse do entorno
O PATRIMÔNIO
O patrimônio de estudo é um grupo escolar que foi inaugurado em 20 de setembro de 1903, e instalado em prédio construído especialmente para abrigá-lo. Com projeto presumidamente de autoria de Ramos de Azevedo, o prédio foi construído num ponto bastante elevado da cidade, numa área de 880 metros quadrados, originalmente arborizada e ajardinada, com serviços de água e esgoto. A escola contava com 8 salas de aula espaçosas e bem iluminadas, das quais 4 estavam no pavimento inferior e 4 no superior, além de uma sala para a diretoria e outra para o almoxarifado. Anexo ao prédio, foi construído um ginásio esportivo, dividido em duas partes, uma para os meninos e outra para as meninas.
É uma das integrantes de conjunto de 126 escolas públicas construídas pelo Governo do Estado de São Paulo entre 1890 e 1930 que compartilham significados cultural, histórico e arquitetônico. Essas edificações expressam o caráter inovador e modelar das políticas públicas educacionais que, durante a Primeira República, reconheceram como inerente ao papel do Estado a promoção do ensino básico, dito primário, e a formação de professores bem preparados para tal função. Quanto às políticas de construção de obras públicas, são representativas pela estruturação racional de se instalar edificações adequadas ao programa pedagógico por todo o interior e capital do Estado.
Destaca-se a qualidade do conjunto caracterizado pela técnica construtiva simples, consolidando o uso de alvenaria de tijolos e por uma linguagem estilística que simplificou os atributos da tradição clássica acadêmica. A organização espacial era concebida incorporando preceitos e recomendações de higiene, insolação e ventilação previstos na cultura arquitetônica que vinha se firmando desde o século XIX. O programa pedagógico distribuía essencialmente salas de aulas ao longo de eixos de circulação em plantas simétricas. Aos poucos se firmaram em projetos arquitetônicos padronizados que se repetiam com pouca ou nenhuma variação em mais de um município.
Em 2002 o Conselho CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, órgão ligado a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo tombou o edifício, conforme a publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, do dia 7 de agosto de 2002, páginas 1 e 52.
Como materiais construtivos, temos no piso do segundo andar madeira, no piso térreo nas salas de aula madeira e nos demais setores, como circulação e secretaria, piso de ladrilho; no pátio piso em concreto. Nas paredes pintura PVA; no teto forro de madeira. Janelas com estilo neoclássico
SOBRE O ARQUITETO
Francisco de Paula Ramos de Azevedo (8/12/1851 – 13/6/1928) veio de uma família tradicional da cidade de Campinas. A área da construção civil foi, desde cedo, preferida pelo arquiteto e engenheiro. Foi no interior paulista, onde trabalhou durante cerca de sete anos, que seus trabalhos começaram a ganhar projeção em meio à elite, já que seu pai os promovia nos boletins que publicava nos jornais da região.
Tinha características próprias, consideradas ecléticas, adequadas ao apelo modernizador da época. Foi identificado aos movimentos de Art Nouveau e Art Déco. Procurava conciliar suas obras com as técnicas e os materiais disponíveis no mundo industrial do século XIX, por isso os projetos arquitetônicos primavam pela funcionalidade. A utilização de alvenaria de tijolo armado caracteriza seus edifícios públicos, institucionais e privados, enquanto suas obras residenciais destacavam-se pela distribuição dos espaços, com maior rigor estilístico.
RESTAUROS
Dez anos depois Dez anos depois do tombamento, o prédio foi completamente restaurado pela Prefeitura e entregue à população em uma cerimônia muito marcante para ex alunos e diretores da escola. O projeto desenvolvido em parceria com o Governo do Estado recuperou toda a fachada, salas de aula, pintura, telhado, piso e todos os detalhes do centenário prédio. Na obra de restauração foram investidos R$ 2,5 milhões.
Imagens durante o restauro
Observamos que, mesmo tendo a idéia de restauro como sendo apenas um “reparo” sem modificações do original, não respeitou-se a originalidade da construção primordial do edifício.
Detalhes da parede original
Plantas antes da ultima reforma
Planta Térreo
Planta Superior
Referencias
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