A Tipologia Arquitetônica
Por: Kleber.Oliveira • 14/9/2018 • 1.465 Palavras (6 Páginas) • 434 Visualizações
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Entender a tipologia no âmbito histórico, é treinar o olhar sobre o passado, para que se possa ter uma total compreensão do que é possível ser resgatado e inserido nas obras do presente, sem que isso caracterize essa ou aquela obra ao fato de que algo similar já foi feito e que aquilo não passa de uma imitação, também chamado de mimesis[5]; de um plágio estrutural e formal.
[pic 1]
Quartier Schützenstrasse, Berlim. FONTE Capitalie Europee, 1995-1998, projeto de Aldo Rossi.
O tipo deve se tornar algo autônomo a obra análoga, elementos que funcionaram há décadas, possam ser introduzidos para efeito do conforto ambiental, segurança estrutural, lógica de planejamento e agilidade da construção, são totalmente válidos de serem replicados, em qualquer projeto. Perguntas básicas como: por quem, para que e por quê; essas decisões estão sendo tomadas, levam a um embasamento concreto para que o sucesso do projeto tenha seu êxito. Como já discutido; entendimento sociológico, filosófico, teórico, assim como a abertura para críticas, pontos de vista e profissionais com uma visão diferente da sua, devem ser levados em consideração ao extremo, pois isso abre os horizontes do profissional e o faz enxergar além da caixa, que muitas vezes nos colocamos principalmente quando estamos num processo de criação.
O território da arquitetura é a cidade, é nela que se faz tipologia. Há de se ter uma preocupação com a inserção do edifício no espaço urbano, a razão pela qual ele se insere aqui e não ele, pois o edifício nunca se estabelece sozinho, há uma série de estratégias que o fazem ser o que ele é, e como ele conversa com seu entorno, e a repetição dos seus elementos também é importante para que o edifício converse com ele mesmo e mantenha uma conexão com todas as partes que o compõem. O pensamento crítico sobre sua própria obra, é um sinal de que o arquiteto, tem plena consciência de que, ele está disposto a se adaptar à realidade projetual de onde ele se encontra e de que é capaz de olhar para seu trabalho como uma obra em mutação, sob um olhar amplificado de que esta obra não estará solta na paisagem como se mais nada pudesse interferir no seu resultado final, a forma e a função para que foi levada, tem toda uma importância histórica e ideológica para ele, pois a criação arquitetônica pode ser vista como um processo de continuação da história, ela é um aperfeiçoamento das obras de outrora, atribuindo a elas um novo significado, um novo sentido de originalidade. Grande parte dessas novas características, se dá ao fato de que as ciências também se renovam, avançam para novas técnicas e materiais e possibilidades de se fazer aquilo que já se fazia de uma forma mais abrangente e diversificada, o que nos capacita a sermos obrigados a passar adiante nossos conhecimentos já aprendidos e aprender novos com o intuito de se fazer algo de melhor qualidade e mais atemporal.
“Se a história acha uma saída como componente metodológica do projeto, por sua vez o projeto prolonga na história seus critérios e seus instrumentos. Isto significa que o projeto propõe uma operação histórico-crítica de novo tipo, uma história da arquitetura redigida com os Instrumentos expressivos do arquiteto e não somente com aqueles do historiador da arquitetura”.[6]
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