Sistema de Compartilhamento de Bicicletas: custos e desenvolvimento
Por: eduardamaia17 • 25/1/2018 • 2.315 Palavras (10 Páginas) • 471 Visualizações
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Ao longo deste trabalho serão abordados o planejamento necessário para a implantação e manutenção do SCB’s e os custos dos mesmos, bem como a história da sua criação, de maneira geral.
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- DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE BICLETAS COMPARTILHADAS
- A história das bicicletas compartilhadas
O sistema de bicicletas compartilhadas foi criado em 1965 e desde então evoluiu bastante. A primeira pessoa no mundo a propor um sistema de bicicletas públicas compartilhadas foi um vereador de Amsterdã, com o intuito de diminuir o tráfego em sua cidade. A ideia era distribuir, gratuitamente, 20.000 bicicletas, para serem retiradas e devolvidas em qualquer parte da cidade. Como sua proposta foi rejeitada pela assembleia municipal, algumas pessoas que concordavam com o projeto, tomaram a iniciativa de distribuir gratuitamente cinquenta bicicletas para uso em toda cidade. Todavia, as mesmas foram confiscadas, pois a polícia local alegou que tal atitude incitava o roubo, por não estarem trancadas.
Outra tentativa de implantação do sistema ocorreu em La Rochelle, na França, em 1993, que permitia o uso da bicicleta por duas horas. De forma similar, foi implantado o mesmo sistema em Cambridge, na Inglaterra. Também conhecido como “biciclotecas”, este tipo de sistema diminuiu a incidência de atos de vandalismo e roubo, pois para utiliza-lo, os usuários precisavam apresentar documento de identidade e depositar uma quantia em dinheiro como garantia. Por outro lado, o sistema era um pouco limitado, pois como os usuários deveriam devolver as bicicletas no mesmo lugar que as retiraram, isso impossibilitava seu uso como uma opção de meio de transporte na cidade.
Para resolver estes problemas, foi criada a segunda geração do programa bicicletas compartilhadas, em Copenhague, chamado ByCylken. As bicicletas eram mantidas acorrentadas, com trancas que operavam com moedas, mas apesar de ser mais seguro, ainda era um sistema vulnerável, visto que não havia, por exemplo, a responsabilização do usuário por dano à bicicleta e nem o controle do seu uso.
A terceira geração de bicicletas compartilhadas (atual) dispõe de dispositivos mais avançados para aperfeiçoar a segurança, monitoração, controle e cobrança. A principal diferença dos sistemas “inteligentes” de bicicleta é o uso da tecnologia para identificar e controlar o uso em tempo real, possibilitando o monitoramento da capacidade das estações e o número de usuários ativos. Tanto para se registrar, quanto para retirar a bicicletas na estação, é obrigatório apresentar documento de identidade.
Como exemplo, temos no Rio de Janeiro, o sistema BikeRio. Para utilizá-lo, os usuários devem se cadastrar previamente pela internet ou através de um aplicativo no celular. Para retirar a bicicleta, deve-se acessar o sistema online ou pelo aplicativo, fazer uma solicitação e então a bicicleta é liberada.
- Benefícios
O sistema de compartilhamento de bicicletas (SBC’s) é um projeto sustentável e não poluente, que pode melhorar a saúde da população, tanto das pessoas que utilizarem o sistema diretamente ou não, além de ser um modal de fácil acesso para toda a população. Com os SBC’S ativos nas cidades, estes geram vários benefícios para todos da região como:
- Modal para pequenos deslocamentos;
- Redução de congestionamentos;
- Melhoria na qualidade do ar;
- Melhoria na saúde da população;
- Integração das pessoas que utilizam o modal;
- Integração de modais de transporte;
- Melhoria da acessibilidade em geral.
- Além de gerar novas opções de lazer para a cidade.
- Elementos necessários para implantação do sistema de compartilhamento de bicicletas
É necessário que o órgão responsável pelo projeto, e consequentemente planejamento da implantação do Sistema de Compartilhamento de Bicicletas conheça as necessidades e demanda das regiões.
Realizado os estudos na região como: pesquisa de deslocamento, dimensionamento do sistema, definição de locais das estações, mapeamento da região análise de mobilidade, entre outros; proporciona melhor adequação da implantação para determinada região.
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- Tecnologias e estudos na área de compartilhamento de bicicletas
O sistema de compartilhamento de bicicletas é uma temática que vem sendo estudada com o intuito de se melhorar o projeto inicial, promovendo uma melhor interação entre usuários e esse meio de transporte de modo a se permitir – como já acontece em alguns países, China, Austrália, entre outros – a conexão entre diversos modais através de integração monetária. Por meio da utilização de tecnologias como painéis de energia solar para abastecimento de sistemas de comunicação sem fio (WiFi), o compartilhamento se torna mais dinâmico e acessível. Pensando-se na demanda a ser atendida e nas condições físicas do espaço utilizado, são executadas estações móveis como o objetivo de otimizar o uso do compartilhamento de bicicletas.
- Apoio Político
Para que haja eficiência no SBC’s, é necessário que exista apoio por parte da comunidade política, visando a cooperação entre poder público e empresas responsáveis pela implementação do sistema. Dessa forma é possível um desenvolvimento urbano sustentável, econômico e acessível à população, promovendo a mobilidade efetiva da mesma.
- Planejamento
Segundo o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento – ITDP – (2014), o planejamento do SBC’s é dividido em três fases: realização de um estudo de viabilidade; planejamento detalhado e projeto conceitual; e elaboração dos planos de negócio e financeiro.
O estudo da viabilidade analisa a possibilidade da implantação do sistema por meio de levantamentos financeiros e de empresas capacitadas para prestação do serviço, sendo esta etapa imprescindível para a execução das etapas posteriores. Na fase de planejamento detalhado e projeto conceitual
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