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Os Princípios de Engenharia de Petróleo

Por:   •  4/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.886 Palavras (8 Páginas)  •  355 Visualizações

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Princípios de Engenharia de Petróleo

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Acidente no Golfo do México

 A Deepwater Horizon, de propriedade da Transocean Ltd, que extraía petróleo para a B.P. – British Petroleum, protagonizou o maior acidente da indústria petrolífera nos Estados Unidos, superando o de 1989 com o petroleiro Exxon Valdez. Na época, a embarcação colidiu em recifes no Estreito de Prince William a 2000 km da Costa do Alasca, causando uma enorme catástrofe ambiental com o derramamento de mais de 40 milhões de litros de petróleo.

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No Golfo do México não é diferente, decorrido pouco mais de um ano, estiam-se que cerca de 05 milhões de barris de petróleo foram derramados a 80 km da costa de Louisiana nos Estados Unidos. Ecologistas afirmam que as conseqüências do desastre serão sentidas por décadas, mesmo a B.P. declarar a despoluição da área.

Uma possível falha no sistema de segurança pode ter causado o maior acidente desta indústria, permitindo que os fluídos subissem à superfície e, em seguida, incendiou-se matando 11, dos 126 trabalhadores que ali se encontravam no momento da explosão.

O poço perfurado possui 5,4 km de profundidade, e inicialmente, após o acidente, despejou no mar cerca de mil barris por dia, sendo logo confirmado um aumento em cinco vezes.

Após 15 dias a empresa havia fechado uma das três fendas na tubulação, em 17 de maio, reduzindo o vazamento em 40%, passando para 300 mil barris por dia. Em um mês foram despejados aproximadamente cerca de 15 milhões de litros de petróleo.

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Fato que potencializou o despejo no mar, foi o naufrágio da plataforma petrolífera no dia 22. E ainda, logo após a explosão, a enorme coluna de fogo e fumaça, dificultava os serviços necessários para contenção do fogo e, principalmente, os de interrupção do vazamento.

Em entrevista, Marti Porwers, representante da B.P., informou que estavam utilizando robôs submarinos para fechar a válvula na boca do poço. Eles também foram utilizados para monitorar a área para identificar se havia outras áreas vazando. Ainda em um estaleiro próximo a área, era construída uma câmara em estrutura metálica a ser fixada no fundo mar, que levaria o petróleo que jorrava do poço a navios-tanque.

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Com ajuda dos robôs submarinos, engenheiros da B.P. desceram-na a 1,6 km de profundidade na expectativa de conter o vazamento. A estrutura de quatro andares de altura tornou-se naquele momento a esperança da empresa numa técnica nunca testada nessa profundidade. Os desafios enfrentados pela equipe foram diversos: escuridão, correntes marinhas, temperaturas e a pressão marítima, entretanto, a operação fracassou por causa de hidratos de gás que impediram que o petróleo fosse conduzido para fora do topo do domo.

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Uma nova tentativa de colocar um domo foi realizada. Foi novamente afixada uma estrutura metálica, todavia, desta vez pouco menor. O processo de translado e de locação do domo foi repetido. A intenção era de que o metanol fosse bombeado pela estrutura a fim de que a cristalização do gás não ocorresse. Foi juntado cerca de 3,5 milhões de litros, mas a estrutura foi retirada para um novo procedimento, nunca tentado nessa escala de profundidade.

Passado pouco mais de um mês, a B.P. afirma que a quantidade de petróleo extraído caiu para aproximadamente 1.120 barris dia. Ainda estimativa de que seus gastos já se aproximaram a um bilhão de dólares. Também, anunciou a realização de top kill, isto é, a injeção de fluídos no poço de perfuração, com a posterior cimentação para fechá-lo.

Em entrevista coletiva de 29 de maio, o diretor de operações da BP, Doug Suttles, declarou que a última medida adotada fracassou, e cerca de 12 mil a 19 mil barris de petróleo continuavam a vazar a cada dia no Golfo do México. Foi proposta pela empresa cobrir o poço com uma cúpula. Enquanto a nova tentativa segue a estudo, o óleo continua ser despejado no mar, que faz afirmar como o pior desastre do segmento nos Estados Unidos. Um mancha de óleo foi avistada a 35 km para o nordeste, rumo à costa do Alabama, a principal mancha move-se a Louisiana e Flórida.

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Dias depois, a mancha de óleo já havia atingido as praias de Alabama, Mississippi e Louisiana, e podendo chegar até Flórida, Cuba e México. A pesca fora suspensa e muitas praias ficaram interditadas. E muitos animais da fauna local sofreram com óleo.

Golfinhos e tubarões começaram a aparecer perto das praias da Flórida, em águas rasas onde normalmente não se arriscam. Como arraias, caranguejos e peixes pequenos se aglomeram em um píer do Alabama, enquanto pássaros cobertos de petróleo entraram em pântanos e desapareceram. Peixes, tartarugas, pássaros e outros animais morreram pelo vazamento.

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A petrolífera apresentou no fim de maio de 2010 mais uma tentativa para estancar o vazamento, técnica arriscada por nunca ter sido realizada nesta profundidade e o provável aumento em 20% do despejo no mar, uma vez que lower marine rise cap procede em cortar o oleoduto para a inserção de outro duto direcionando o petróleo a embarcação. Com a explosão, o oleoduto foi dobrado, e o corte será nessa dobra, o que leva a acelerar o vazamento.

De acordo com a BP, o atual sistema recolheu 15,8 mil barris (cerca de 2,5 milhões de litros), em 09 de junho, um pequeno aumento em relação aos 15.010 barris da véspera. O petróleo foi canalizado por um duto até uma plataforma e de lá para um navio-tanque. E a apresentação de um novo sistema utilizando o mesmo equipamento que já fracassou noutra tentativa. Mas, em vez de injetar lama no poço para tentar "sufocar" o vazamento, recolheria até 10 mil barris por dia. A B.P. ainda queimou o óleo, por não ter naquele momento capacidade de processá-lo ou armazená-lo.

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