Os Óleos lubrificantes

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Muitos falam de descarte correto, mas poucos informam ou sabem onde ele pode ser levado, podemos viabilizar um programa de coleta voluntaria para tal material, levando em consideração que além de ser uma forma sustentável que beneficiará o meio ambiente, será uma forma de conscientizar as pessoas à respeito dos grandes impactos que podem ser causados quando se trata do descarte inadequado.

OBJETIVO GERAL

Coletar e armazenar o fluido lubrificante após processo de sua troca na indústria ou comércio com vistas à sustentabilidade ambiental.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Coletar de forma sustentável os resíduos lubrificantes.

Armazenar os óleos lubrificantes em reservatórios adequados.

Trabalhar o processo de rerrefino para o reaproveitamento do óleo lubrificante.

JUSTIFICATIVA

Cedo na sua história o homem descobriu a importância da lubrificação, ao perceber que o uso de gordura animal ou azeites vegetais facilitava o carregamento de grandes pesos ou reduzia o atrito dos eixos das charretes. Após séculos sem grandes avanços, isto finalmente começou a mudar com o primeiro poço furado, em 1859, em OilCreek – Pennysilvania, por Edwin Laurentine Drake, que deu início à história moderna da indústria do petróleo.

Com o desenvolvimento da indústria automotiva, novas necessidades surgiram. Os primeiros carros utilizavam subprodutos lubrificantes, resultado de um refino primário, obtido do petróleo cru refinado para fabricar o combustível, lubrificar as partes metálicas deslizantes e rotativas dos primeiros motores de combustão interna.

Inicialmente cada projetista tinha sua própria especificação, tanto para o combustível quanto para o lubrificante; porém, à medida que aumentou o número de automóveis, ficou evidente a necessidade de padronizar alguns componentes, nascendo assim a indústria de autopeças e os fabricantes de combustíveis e lubrificantes, em particular, que logo tiveram uma demanda global dos seus produtos.

Desta forma, o lubrificante se dividiu tendo diversas bases e aditivações diferenciadas com diversas especificações, assim, o lubrificante passou a ser um produto mais nobre, tendo formas e aplicações corretas.

Contudo, o lubrificante passou de um mero redutor de atrito para um produto decisivo na competitividade nas indústrias manufatureiras, proporcionando melhorias no desempenho dos equipamentos e redução de custos referente à manutenção.

Hoje, verificamos que há uma grande preocupação com o uso e a destinação dos lubrificantes usados, levando a preservação do meio ambiente um grande desafio a ser superado no cenário contemporâneo. A importância de reciclar o óleo lubrificante usado vai muito além de vantagens econômicas, o motivo mais importante de efetuar um descarte correto é evitar riscos à saúde e ao meio ambiente. O seu manuseio despreocupado acarreta inúmeros danos à saúde.

Este projeto foi formulado, visando minimizar a carência total ou parcial de ensinamentos ambientais, pois foi constatado no meio público que nunca haviam desenvolvido nenhum projeto ambiental voltado para a coleta voluntária dos fluídos lubrificantes, também consiste em sensibilizar e conscientizar a comunidade por meio da Educação Ambiental, objetivando a compreensão dos benefícios e vantagens recebidos através desde processo abordado e o porquê de não descartar esse material ao longo do meio ambiente. O estudo visa despertar a população para uma visão crítica e reflexiva sobre noções de proteção ao meio ambiente, usando a reciclagem como uma alternativa de amenizar impactos ambientais, para ajudar na sustentabilidade e ser capaz de suprir as necessidades das gerações futuras.

REFERENCIAL TEÓRICO

Podemos ressaltar que o fluido lubrificante apresenta um grande potencial de periculosidade quando lançado diretamente ao meio ambiente, podendo trazer danos à saúde e a natureza por meio de agentes químicos contidos em sua composição.

De acordo com Willing (2001) um litro de óleo lubrificante usado causa danos irreversíveis a 1 milhão de litros de água e pode demorar até 300 anos para se degradar. A combustão direta de lubrificantes usados sem qualquer pré-tratamento esta sujeita a restrições ambientais, porque esses óleos usados podem conter resíduos tóxicos e perigosos. (EL-FADEL e KHOURY, 2001).

O óleo lubrificante usado é um resíduo considerado perigoso devido às propriedades que apresenta. Contém metais pesados, sendo os mais representativos: chumbo, zinco, cobre, cromo, níquel e o cádmio. Partículas de metalóide, compostos clorados (por exemplo, bifenilaspolicloradas, policloradosdibenzodioxinas e solventes clorados), PAHs (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos) e outros resíduos. (SOHN, 2011).

Transformar o óleo lubrificante usado em óleo novo, para que possa ser reutilizado como lubrificante em máquinas e veículos é, sem dúvida, o melhor e mais nobre destino que se pode dar a esse resíduo perigoso. O rerrefino é importante para o desenvolvimento sustentável do país. O óleo básico rerrefinado retorna ao mercado por meio das diversas distribuidoras e formuladoras de óleo lubrificante acabado. (http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1180)

A reutilização; consiste na remoção de sólidos por filtração, remoção de água e adição de aditivos para que o óleo regresse ao seu estado original, pronto para uma nova utilização. A recuperação, óleos são apenas centrifugados e/ou filtrados e posteriormente são usados, por exemplo, como óleo base para produção de óleo para serras elétricas (AUDIBERT, 2006).

Os tratamentos de regeneração ou rerrefino são processos indústrias com objetivo de produzir óleos básicos. Existem diversas tecnologias no mercado, porém, as etapas em comum são o pré-tratamento do óleo usado, limpeza de óleos usados, fracionamento de óleos usados e tratamento final dos óleos usados (EC, 2006).

METODOLOGIA

A metodologia adotada nesse trabalho constitui-se em uma pesquisa de campo (concessionárias automotivas, oficinas mecânicas, indústrias e etc.). Para investigação mais detalhada das formas de descarte de resíduos de óleos lubrificantes foram aplicados questionários, entrevistas com gestores e também por meio de observação em loco. Em complemento,