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O Passive House

Por:   •  26/11/2018  •  1.975 Palavras (8 Páginas)  •  319 Visualizações

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Sempre que possível uma Passive House deve estar orientada ao longo do eixo leste/oeste, fazendo com que as faces que possuem esquadrias, no inverno recebam diretamente a luz solar.

Para isso, as casas são projetadas de forma com que tenham menos contato com o meio esterno, ou são mais compactadas, assim a demanda de energia para casa diminui, pois há influencia entre a superfície externa e o volume interno da construção, poupando assim energia para aquecimento ou resfriamento do âmbito interno.

2.3.2 Super-isolamento

Com essa tecnologia é possível reduzir as perdas de temperatura através de coberturas, pavimentos, paredes dando uma atenção especial ao tratamento das pontes térmicas. O principal objetivo é reduzir a perda de calor em estações mais frias, mantendo a temperatura do ar por volta dos 20ºC no mínimo. Em temperaturas mais elevadas, o isolamento garante a proteção em relação ao calor, garantindo o conforto dos ocupantes.

2.3.3 Aplicação de Janelas de Elevado Desempenho

As janelas são de suma importância para o balanço energético do edifício os quais contribuem para ganhos solares durante o período do inverno. Porem são pontos frágeis no envelopamento do projeto sob o ponto de vista térmico e são essenciais para assegurar o conforto. Desse modo é de suma importância esquadrias de qualidade, dando atenção aos tipos de vidros, espaçadores e principalmente ao posicionamento e isolamento das esquadrias e dos vãos.

2.3.4 Garantir Estanqueidade do Edifício

E necessários que se defina uma barreira continua em locais que possa haver passagem de ar e selar todas as penetrações envolventes, trazendo benefícios como melhor na qualidade do ar interior, colabora com a eficiência do isolamento térmico, aprimora o isolamento acústico, eleva a eficiência do sistema de ventilação do local, impede correntes de ar e perdas de calor por infiltração de ar, entre outros. Para se aferir o nível de estanqueidade do local é realizado um teste de pressurização chamado de “blowertest”.

2.3.5 Sistema de Ventilação com Recuperação de Calor

O sistema deve ter uma eficiência superior a 75% para garantir a qualidade do ar interior e o conforto dos utilizadores. O aquecimento adicional pelo ar pode ser conseguido por uma pequena bomba de calor ou por energia solar térmica.

Um edifício Passive House não deve ultrapassar os 15 kWh/ por ano para arrefecimento e aquecimento, em vista que os edifícios de baixo consumo estão associados valores entre 60 à 80 kWh/ para aquecimento (ETP, 2008).[pic 1][pic 2]

Em relação aos edifícios convencionais a economia é ainda mais significativa: uma Passive House utiliza apenas 10% da energia consumida nos mesmos (Kann, 2008).

Em climas mais quentes, a troca de calor com o solo oferece uma melhoria na eficiência dos sistemas de ventilação, através do pré-aquecimento ou pré-arrefecimento do ar antes de ser admitido no edifício. Isto se deve ao fato de que, em geral, o solo tem uma temperatura superior à temperatura do ar durante o inverno, e inversa no verão, quando a temperatura do solo é inferior à temperatura do ar (Theumer, 2012).

3 PASSIVE HOUSE EM PAÍSES DE CLIMA QUENTE

Segundo o IPHA, o conceito Passive House pode ser implementado em qualquer parte do mundo com comportamento equivalente. Entretanto, dependendo das características climáticas locais, haverá necessidade de adaptação às condições locais, com referência à variação das propriedades dos elementos construtivos. Em climas mais quentes, constantemente haverá a necessidade de soluções passivas de arrefecimento, por exemplo, ventilação natural, sombreamento, tal como outros, porém, sua eficácia é constatada em países de clima quente. Nos países do sul das Europa, como Portugal e Espanha, já foram desenvolvidos estudos mais específicos buscando adaptação do conceito. Para esses países, o desempenho da Passive House demanda os seguintes cuidados: vidros duplos são suficientes em países de clima mais quente; materiais hidrotérmicos e massa térmica ganham importância; sombra externa regulável é essencial; possível necessidade de soluções ativas de arrefecimento e desumidificação;

No qual a frequência de temperaturas internas acima de 25°C excedam 10% do tempo, haverá necessidade de ajustes, evitando o superaquecimento no verão. Diante disso, podem ser consideradas soluções como ventilação cruzada através das aberturas e estratégias de ventilação noturna em conjunto com as soluções de arrefecimento incorporadas ao conceito Passive House.

3.1 Passive House em Climas Tropicais

Este estudo desenvolveu investigações de simulações dinâmicas em três cidades: Mumbai, Singapura e Salvador, analisando as características destes três contextos climatológicos que atuam de forma mais desafiadora no balanço energético da Passive House: calor, chuvas torrenciais, e alta umidade.

3.2 Passive-On

Este programa permitiu elaborar uma proposta para aplicação do conceito Passive House em climas quentes da Europa. As diferenças situam-se na introdução de um valor limite para as necessidades de arrefecimento de 15kWh/ (m²a) e na introdução de um critério de conforto de temperatura no verão.

O estudo concluiu que as estratégias adotadas para a implementação de uma casa Passive House, no clima de Lisboa podem ter sucesso, tanto em relação aos limites de necessidades energéticas e aos níveis de conforto. A estratégia neste estudo diferiu da implementada nos países com climas mais frios, não tendo sido definido um sistema de ventilação mecânica. (Passive-On, 2007).

4. PROJETO DE PESQUISA PARA ADAPTAÇÃO AO CLIMA BRASILEIRO

Considerando o grau de evolução alcançado pelos estudos de adaptação do conceito “Passive House” às regiões de clima mais quente, os quais demonstram a eficácia do conceito em termos de economia de energia e garantia de conforto, através de soluções possíveis do ponto de vista econômico, percebe-se vantagem potencial de um estudo voltado especificamente para as regiões climáticas brasileiras, de forma similar a realizada pelo IPHA na cidade de Salvador.

Como ponto de partida para um projeto piloto de pesquisa com esse objetivo, torna-se útil considerar as experiências adquiridas pelos países do Sudoeste da Europa, tais como

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