Relatorio Fluidos
Por: Sara • 29/1/2018 • 796 Palavras (4 Páginas) • 344 Visualizações
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Figura 2. Gráfico de pressão absoluta por volume
[pic 2]
De acordo com a Lei de Boyle-Mariotte, dadas as corretas condições, o produto entre o volume e a pressão de um sistema isolado pode ser definido como uma constante para qualquer ponto ao longo da curva, assim como apresentado na equação 1.
P.V = K (1)
Através da análise da equação acima, podemos notar que:
[pic 3] [pic 4]
Porém, com relação à (2), os dados de pressão coletados resulta em um número finito, ou seja, a pressão tem uma inclinação menor do que deveria. A equação (1) sugere que os volumes anotados são apenas parte do volume real do sistema isolado. Tal compensação poderia existir à partir de um compartimento volumétrico além da seringa. Desse modo, apenas o êmbolo da seringa atinge a marca de 0 ml e não o sistema como um todo.
Assim, com base na tentativa e erro, adicionamos um valor volumétrico V0 em V na equação (1), isolamos e recalculamos o valor de k para os três experimentos. Os dados e o valor aproximado de V0 são mostrados na Tabela 4.
Tabela 4. Valores de pressão coletados e os valores de V0 e K de cada medição.
Volume
Pressão1
Pressão2
Pressão3
V0
K1
K2
K3
0
142
76
32
64
15021,4496
10797,4496
7981,4496
10
110
51
13
64
15000,5511
10634,5511
7822,5511
20
87
34
0
64
15095,6526
10643,6526
7787,6526
30
69
20
64
15200,7541
10594,7541
40
53
9
64
15153,8556
10577,8556
50
41
0
64
15242,9571
10568,9571
60
30
64
15216,0586
70
21
64
15237,1601
80
13
64
15222,2616
90
6
64
15201,3631
100
0
64
15204,4646
Os valores de k encontrados para as medições apresentaram algumas variações. Um dos motivos a ser apontado para essas diferenças é de que o valor de volume utilizado na equação (1) para o cálculo foi aproximado, visando obter-se o menor desvio padrão entre os valores de k. Além disso, erros no momento da medição dos valores de pressão afetam os resultados, podendo estes erros serem desde erros de paralaxe até variações nas condições do experimento ou mesmo do desempenho do equipamento. De qualquer forma, a incorporação do valor exato do volume V0 nos cálculos utilizando a equação (1) traria por si só uma correção aos resultados obtidos.
Por fim, é possível avaliar na figura 1 que, mesmo as três seções de coleta obtendo funções lineares para descrevê-las, cada uma apresentou uma inclinação diferente. Isso nos leva a acreditar que o volume inicial adotado na seringa interfere nos dados coletados e consequentemente no valor da constante de proporcionalidade k. Como podemos aferir da tabela, o valor de k elevou-se à medida em que o volume inicial foi sendo aumentado, ou seja:
K1 > K2 > K3
Onde K1 refere-se à primeira seção de medições (com volume inicial na seringa de 100 ml) e assim sucessivamente. Portanto, ao reduzirmos o volume inicial do experimento, o valor de k diminuiu, pois a inclinação da pressão diminuiria, uma vez que pelos cálculos a pressão tenderia a infinito mais rapidamente.
CONCLUSÃO
Como previsto pela Lei de Boyle-Mariotte, os valores calculados de K para cada seção de medições, considerando o sistema à temperatura constante e também considerando um compartimento volumétrico extra, resultou em valores próximos de uma constante. A lei foi reafirmada quando outras seções foram realizadas, onde K manteve-se próximo de uma constante para cada seção.
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