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Custo de Roubo de Cargas

Por:   •  11/3/2018  •  1.943 Palavras (8 Páginas)  •  346 Visualizações

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Levando em consideração esses aspectos do modal rodoviário os custos logísticos do país poderiam ser menores caso houvesse maior participação dos demais modais, isto é, maior equilíbrio entre os modais de transporte. No entanto, pode-se afirmar que o Brasil é um país extremamente dependente do modal rodoviário. Mesmo com a possível tendência ao aumento da participação dos outros modais.

Apesar de suas vantagens o modal rodoviário não será o mais adequado pra qualquer tipo de carga, é preciso realizar uma análise dos custos , levando em consideração as vantagens e desvantagens de cada modal e a especificidade da carga a ser transportada, Moreira e Carvalho (2010). O modal rodoviário no Brasil não está estruturado para receber toda demanda de transporte, tem vários fatores que influenciam na escolha desse modal e um deles é o roubo de carga, que trás um grande prejuízo para as empresas e deve ser levando em conta como um fator importante na hora de calcular os custos.

3 – ROUBO DE CARGA NAS RODOVIAS E CUSTOS PARA EMPRESAS

Diante da insegurança nas rodovias brasileiras, o problema do roubo de cargas se torna cada vez mais preocupante, com o aumento dos casos as empresas

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estão tendo um maior prejuízo financeiro. Essa situação reflete diretamente no aumento dos custos logísticos e obviamente são repassados para o consumidor final.

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Fig. 2 – Roubo de Cargas no Brasil

Fonte: Assessoria de Segurança / NTC

Esse problema é causado devido a vários fatores, o principal dele é a falta de fiscalização dos automóveis que realizam esse serviço, o controle dos trabalhadores que são realmente legalizados para transportar cargas não é feito com eficiência, e muitas das vezes as cargas são desviadas por estes próprios motoristas ilegais, caracterizando assim o furto de carga. O Brasil é um país com grande extensão territorial e com várias estradas, que podem ser usadas como rota de fugas de rodovias, outro fator que dificulta ainda mais a fiscalização e monitoramento dessas cargas.

As mercadorias mais visadas para roubo, são aquelas de maior valor agregado e que são mais fáceis de distribuir no mercado ilegal, tais como produtos alimentícios, remédios, cigarros, bebidas, eletrônicos, etc (CARDOSO, 2001).

Segundo Bordim, 2008, o aumento dos custos logísticos devem-se a essas ações e que resulta também na ineficiência do setor, devido ao roubo de carga as

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empresas não podem muitas vezes optar pela melhor rota, a de acesso mais, rápido, ou até mesmo não aproveitar a sua capacidade total de carga devido ao medo de perder maior quantidade de mercadoria para o roubo.

Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística) no ano de 2008 foram registradas 12.500 ocorrências de roubo no território brasileiro. Em termos monetários, essas ações representam um custo de

805 milhões de reais de prejuízos para as empresas. Sendo que somente na região Sudeste, onde a concentração do transporte de cargas é maior, equivale a 72,06% do total dessas perdas.

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Fig. 3 – Os Produtos Mais Visados para Roubo

Fonte: NTC&Logística

4 – GERENCIAMENTO DE RISCOS E SEGURO DE CARGAS

Um dos maiores problemas enfrentados no transporte é o roubo de cargas, e esses fatos ocorrem em razão da impunidade e a consequente expansão de quadrilhas organizadas. O problema do roubo de cargas vem a cada ano sofrendo elevações, apesar dos inúmeros investimentos em tecnologia realizados pelos transportadores, além da contratação de seguros e a política de gerenciamento de riscos.

Para criar uma solução desses problemas, ou, pelo menos, amenizar os prejuízos financeiros ocasionados pelo roubo, é necessário a adoção de algumas medidas, muitas delas independem do setor de transporte, deveriam vir diretamente

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do estado e dos responsáveis pelas rodovias, uma vez que a fiscalização e o devido monitoramento dos transportadores de carga já ajudaria bastante na diminuição de casos, pois a impunidade e a falta de fiscalização é o grande atrativo para as pessoas que embarcam nesse meio criminoso.

Outras medidas a serem tomadas pelo setor de transporte englobam as preventivas e combativas, o mais eficiente já estudado é o conjunto de ações denominadas Gerenciamento de Riscos e Seguros, pois na ocasião que não se consegue evitar que seja cometido o delito é possível ainda ter a recuperação financeira advinda do seguro da carga.

A resolução deste problema é muito complexa pois envolve diversos segmentos, como a iniciativa primava, o setor público, a comunidade e os empresários. A utilização do Gerenciamento de Risco e a contratação de Seguros, seguidos por um planejamento criterioso, resultam em uma redução expressiva de uma série de prejuízos.

Gerenciamento de Riscos, consiste no ato de administrar os riscos, catalogando-os, prevenindo-os, analisando-os, determinando suas causas e efeitos, determinando maneiras de contê-lo, maneira de transferi-los, enfim todos os atos que ajudam na diminuição até a eliminação dos riscos. (CARDOSO, 2001)

Dentro do Gerenciamento de Risco é necessário adotar algumas medidas de planejamento, tais como planejar uma rota segura, pontos de parada e pernoite do motorista, instalar rastreadores nos veículos, contratar escolta armada para cargas de grande valor e até mesmo caminhões blindados dependendo da carga.

Em relação aos custos advindos da contratação de segurança, houve um aumento de 5% a 15% em um período de cinco anos (BORDIM, 2008). Os gastos com gerenciamento de risco chegam a comprometer 20% do valor do frete.

O percentual de recuperação das cargas roubadas ou desviadas ainda é muito baixo, esse problema é devido principalmente à ineficiência da fiscalização e controle dos motoristas desse segmento. Estatísticas das seguradoras estimam que somente entre 10% a 20% das cargas são recuperadas.

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5 – CONCLUSÃO

O setor de transporte é toda sua logística

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