A OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA DE PRODUTOS ELETRÔNICOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS AO MEIO AMBIENTE
Por: kamys17 • 4/5/2018 • 1.679 Palavras (7 Páginas) • 527 Visualizações
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Kotler (2003) expõe que nas atuais circunstâncias de concorrência, a inovação constante configura ser o caminho com maior potencial de evitar a obsolescência comercial de uma lista de produtos.
Em equivalência com Fernandes (2001), a definição de obsolescência vem para fundamentar a imposição de um produto novo e confrontar o mundo antigo e atrasado ao mundo recente, declarando que a obsolescência é uma condição natural do mundo atual que se desenvolve progressivamente.
O problema dos Resíduos de produtos eletrônicos é um assunto em desenvolvimento e tem aguçado a atenção das nações desenvolvidas pelos impactos ambientais ligados a seu descarte. Esses pontos de atenção devem-se, também, ao aumento e diversificação dos produtos disponíveis no mercado, originando um espalhado e ininterrupto crescimento do volume de lixo eletrônico e ampla utilização de materiais tóxicos que oferecem risco à saúde humana e ambiental. (WIDMER et al, 2005; HILTY, 2005).
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Impactos Ambientais
A não incorporação dos custos de gestão de seus resíduos ao preço final dos produtos, implica em que os mesmos se tornem cada vez mais acessíveis e descartáveis, em função de modismos ou de sua fragilidade material e da obsolescência planejada (LINDHQVIST, 2000 e COPPER, 2004 e 2005).
Com o aumento da produtividade e da lucratividade das empresas, devido ao crescente consumo de forma desenfreada, há também o aumento na produção de lixo gradativamente. O lixo eletrônico possui metais poluentes e se não descartados corretamente causam grande impacto ambiental.
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Bauman (2008, p. 45):
“Novas necessidades exigem novas mercadorias, que por sua vez exigem novas necessidades e desejos; o advento do consumismo augura uma era de ‘obsolescência embutida’ dos bens oferecidos no mercado e assinala um aumento espetacular na indústria da remoção do lixo”.
Serge Latouche (2012, p. 33):
“Deste modo, montanhas de computadores encontram-se lado a lado com televisores, frigoríficos, máquinas de lavar a loiça, leitores de DVD e telemóveis a atravancar caixotes e depósitos de lixo, com diversos riscos de poluição: 150 milhões de computadores são transportados anualmente para as lixeiras do Terceiro Mundo (500 navios por mês para a Nigéria!)”.
Segundo Espindola (2004), os problemas gerados pelo depósito de resíduos sólidos são entre muitos, a poluição do ar e a contaminação do solo, das águas superficiais e dos lençóis freáticos. Riscos à saúde pública pela propagação de diferentes doenças. Poluição visual da área afetada e mau odor.
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Produtividade
O dicionário Houaiss (2004) define produtividade como: 1. proveitoso; 2. frutífero; 3. de que se obtém proveito.
Já para Moreira (2008), a produtividade relaciona-se ao maior ou menor aproveitamento dos artifícios na produção, refere-se à quantidade que se pode produzir possuindo certa quantidade de recursos.
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Conclusão
A atual sociedade está num momento em que o consumismo se propaga aceleradamente, o que ocorre devido aos avanços tecnológicos e a competitividade entre as empresas, além da obrigação em que as mesmas se sentem em propor um novo produto periodicamente, estimulando ainda mais o consumo. Isso acaba resultando em impactos ambientais rigorosos (podendo ser irreparáveis) e que proporciona uma abertura para um novo pensamento a respeito do consumismo e o choque ao meio ambiente através do despejo de produtos eletrônico. Pelo presente estudo, foi possível verificar que a obsolescência programada é um fato que acontece nas empresas, porém, também ocorre mediante aos avanços tecnológicos, resultando na redução do ciclo de vida dos produtos, que neste caso são os eletrônicos. A Obsolescência programada também pode ser vista estrategicamente pela empresa por meio da produtividade contínua e assim o aumento das vendas possibilitando aumento também dos lucros. Quem “recebe” o prejuízo é o meio ambiente, que tem que comportar todos os lixos eletrônicos, que não é pouco, em seu espaço, sendo descartado de forma inadequada poluindo-o ainda mais. Nesse cenário, uma alternativa para tentar conter e minimizar os danos ao meio ambiente seria utilizar a logística reversa, que possibilita o retorno do produto, que já não tem mais utilidade ou está ultrapassado, as linhas de produção, ou seja, reaproveita-lo. Mediante a reutilização desses produtos, os resíduos gerados teriam seu destino final adequado, buscando totalmente a preservação do meio ambiente.
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REFERÊNCIAS
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
BUMBALOUGH, Anthony. USAF manufacturing technology's initiative on electronics parts obsolescence management. Evolving and revolutionary technologies for the new millennium, p. 2044-2051, 1999.
CHAVES, Gisele de Lorena Diniz; BATALHA, Mário Otávio. Os consumidores valorizam a coleta de embalagens recicláveis? Um estudo de caso da logística reversa em uma rede de hipermercados. Revista Gestão e Produção. V. 13, n. 03, 2006. Disponível em: . Acessado em: 25/11/2016.
DONATO V.; Logística Verde: Uma abordagem sócio-ambiental, Rio de Janeiro, Editora Ciência Moderna, 2008
ESPINDOLA, Denise Crocce Romano; TENÓRIO, Jorge Alberto Soares. Controle Ambiental de Resíduos. In: PHILIPPI JR., Arlindo; 2004.
FERNANDES, AJ. Implicações ambientais do marketing contemporâneo, Santa Bárbara D’Oeste; 2001. 157 p. [Dissertação de mestrado em Engenharia de Produção] Faculdade de Engenharia Arquitetura e Urbanismo – UNIMEP.
FOUCHER, Bruno et al. Why a new parts selection and management program?. IEEE Transactions on Components, Packaging, and Manufacturing Technology: Part A, v. 21, n. 2, p. 375-382,
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