ECONOMIA E MEIO AMBIENTE
Por: eduardamaia17 • 24/9/2018 • 1.128 Palavras (5 Páginas) • 401 Visualizações
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Esta situação se evidencia no início dos anos de 1980, quando entra em crise o modelo de desenvolvimento elencado no crescimento econômico a qualquer preço.
Tendo em vista que a economia é uma fonte geradora de problemas ao ambiente, é preciso estabelecer regras ambientais sobre as atividades econômicas, possibilitando direitos e deveres a sociedade. Dentre as estratégias mais simples, uma forma de contribuir para a minimização dessas dificuldades é, instituir instrumentos diretos ou indiretos de uso dos recursos naturais.
O desafio que se coloca no umbral do século XXI é nada menos do que mudar o curso da civilização, deslocar o seu eixo da lógica dos meios a serviço da acumulação, num curto horizonte de tempo, para uma lógica dos fins em função do bem-estar social, do exercício da liberdade e da cooperação entre os povos. (FURTADO, 1998 apud LEITE, 2007, p.3).
Temos que nos empenhar, para que essa mudança não seja uma dificuldade e sim uma tarefa, estabelecendo novas metas a fim de, se criar uma nova concepção do desenvolvimento, sem exclusão de direitos e capaz de preservar o meio.
Para Cavalcanti (2002), a noção atual de desenvolvimento sustentável representa uma vindicação do pensamento de Furtado:
Não é qualquer taxa de crescimento da economia que pode ser perseguida; há que se pensar antes naquilo que é (ecologicamente) sustentável, ou seja, possível, durável, realizável.
Diante disso, Ramos (2003) alerta que é preciso sermos conscientes e perceber que o problema da insuficiência ou, melhor da insustentabilidade não se centra apenas no desenvolvimento, mas na forma como a sociedade adotou o modo de vida. Assim se tornou insustentável e muito difícil de mudar já que implica no aperfeiçoamento individual e coletivo.
Por isso, com uma perspectiva de futuro melhor, chegaremos ao fim do século XXI com um novo olhar, conscientes e com uma ideia bem amadurecida sobre desenvolvimento sustentável. Aliando uma forma de desenvolvimento que não está mais centrada no velho sistema que se mostra cada dia mais real e possível, principalmente no plano local.
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI, Clovis. Condicionantes Biofísicos da Economia e suas implicações quanto à noção de desenvolvimento sustentável. IN: ROMERO, Ademar Ribeiro, REYDON, Baastian Philip & LEONARDI, Maria Lúcia Azevedo (org.). Economia do meio ambiente: teorias, política e a gestão de espaços regionais. 2ª ed. Campinas: Editora Universitária Estadual de Campinas, 1999.
CAVALCANTI, C. Meio ambiente, Celso Furtado e o desenvolvimento como falácia. Ambiente & Sociedade, São Paulo, v.5, n.2, p.73-84, ago./dez. 2002.
FURTADO, C. Brasil, a construção interrompida. São Paulo: Paz e Terra, 1992.
LEITE FILHO, Paulo Amilton Maia. Instrumentos de Gestão Ambiental: uma resenha sobre a utilização de cobrança por efluentes. Textos para discussão – CME. João pessoa: UFPB, 2000.
LEITE, S.P. A reforma agrária como estratégia de desenvolvimento: uma abordagem a partir de Barraclough, Furtado, Hirschman e Sen. Boletim de Ciências Económicas, Coimbra, v. XLX, p. 3-38, 2007.
RAMOS, P. Desenvolvimento, excedente, desperdício e desigualdade: a insustentabilidade de nosso modo de vida. In: Martins, R.C.; Valencio, N. F. L. S. (org.) Uso e gestão dos recursos hídricos no Brasil: desafios teóricos e político-institucionais. São Carlos: Rima, 2003. v.2, p. 35-52.
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