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ORIGEM DO UNIVERSO E DO SISTEMA SOLAR

Por:   •  9/4/2018  •  5.761 Palavras (24 Páginas)  •  415 Visualizações

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Provavelmente formaram-se anéis com concentração de maior material sólido, separados por espaços com menos concentração. À medida que ocorreu o resfriamento, o material dos anéis foi se concentrando em corpos com dimensões de 1 quilómetro (planetésimos), posteriormente se transformaram em corpos maiores (protoplanetas) e finalmente atraíram todo material sólido que girava nas proximidades, dando origem aos planetas.

Durante o processo de aglutinação, partículas sólidas, liquidas e gasosas começaram a se acumular em massas cada vez maiores (chamadas planetesimais) que eventualmente se tornaram planetas.

Quando o Sol se tornou uma estrela, gerando energia pela fusão nuclear, a radiação e o vento solar arrastaram a matéria gasosa remanescente para longe. Os planetas mais próximos se aqueceram e suas atmosferas primitivas foram dissipadas.

Segundo modelos teóricos, em cerca de 100 milhões de anos poderia ter-se acumulado 97-98% do material que constitui hoje o planeta Terra.

Todos os objetos que compõem o sistema solar foram formados da mesma matéria (nebulosa solar) e na mesma época. O sol representa 99,8% da massa do sistema solar, com os planetas girando ao seu redor.

Os planetas do sistema solar podem ser classificados como terrestres ou telúricos (internos), jovianos ou gasosos (externos). Os planetas terrestres possuem massa pequena e densidade media semelhante à da Terra, da ordem de 5 g/cm3, enquanto os planetas gasosos possuem massa grande e densidade próxima à do Sol.

As diferenças fundamentais entre planetas internos e externos podem ser atribuídas a alta temperatura que ocorreu numa fase precoce da evolução dos sistemas planetários, responsável pela perda de elementos voláteis pelos planetas internos.

Os planetas externos também se formaram pelo processo de acresção de matéria, nas regiões frias, onde gelos e grãos coexistiam. Como o meio é rico em gás, formam-se planetas essencialmente gasosos, mas com um núcleo rochoso.

Após a acresção (também se encontra acreção), os planetas terrestres passaram por um estágio de fusão, parcial ou total, condicionados pelo aumento de temperatura em seu interior pela intensa produção de calor por parte de isótopos radioativos.

Com grande parte de seu material no estado líquido, houve a diferenciação química em cada planeta e seus elementos se agregaram de acordo com suas densidades e afinidades químicas, resultando em um núcleo metálico interno, denso, constituído essencialmente de ferro e níquel, envolto por um manto de composição silicática.

Há cerca de 4,6 bilhões de anos, uma quantidade de material reunido em um dos grandes redemoinhos turbulentos, que girava ao redor do sol recém-formado, deu origem ao planeta Terra.

Acredita-se que a Terra primitiva inicialmente era fria de composição uniforme, principalmente por compostos de silício, ferro, magnésio, oxigênio, alumínio, e pequenas quantidades de todos os outros elementos químicos. Com o aquecimento, a Terra primitiva alcançou o ponto de fusão do ferro e do níquel, que por serem mais densos que os minerais de silício migraram para o centro da Terra, enquanto os minerais de silício de menor densidade fluíram para cima formando o manto e depois a crosta terrestre, em camadas concêntricas de composição e densidades diferentes, resultando em um planeta internamente diferenciado.

Essa diferenciação em um planeta com camadas levou não somente à formação da crosta e, consequentemente, dos continentes, mas também foi, possivelmente, o responsável pela liberação de gases no interior do planeta, que levaram à formação de oceanos e atmosfera.

- PROPRIEDADES FÍSICAS DA TERRA

- Sismologia

Quando ocorre uma ruptura no interior da Terra, são geradas vibrações que se propagam em todas as direções em forma de ondas. São essas “ondas sísmicas” que causam danos na superfície perto do epicentro e podem ser registradas por sismógrafos em todo o mundo.

Um terremoto é o resultado do acumulo lento e liberação rápida de tensões. A diferença entre os grandes terremotos e os pequenos tremores é o tamanho da área de ruptura, o que determina a intensidade das vibrações emitidas.

O lento movimento da camada mais externa da Terra acumula tensões (compressivas ou expansivas dependendo da direção de movimentação entre as placas). Quando essas tensões atingem o limite de resistência das rochas, ocorre uma ruptura, que gera vibrações que se propagam em todas as direções. O plano de ruptura forma o que se chama de falha geológica.

O ponto onde se inicia a ruptura é chamado de hipocentro ou foco. Sua projeção na superfície é o epicentro e a distância entre a superfície e p foco é a profundidade focal.

A velocidade de propagação depende do meio por onde passam. Essa propriedade permite utilizar as ondas sísmicas para obter informações sobre a estrutura das rochas e bacias sedimentares em grandes profundidades, de grande importância na exploração de petróleo e na busca por água subterrânea.

Há dois tipos de vibrações sísmicas em um meio solido que se propagam em todas as direções: vibrações longitudinais e transversais. Nas longitudinais (ondas P), partículas do meio vibram paralelamente em relação à direção de propagação; nas transversais (ondas S) as vibrações de partículas são perpendiculares em relação à direção da propagação da onda. As ondas P e S se propagam em todas as direções. Além das ondas P e S existem as ondas superficiais Love e Rayleigh.

Numa onda sísmica além das vibrações das partículas do meio há deformações. As ondas P provocam deformações de dilatação/compressão, ou seja, as partículas se deslocam para frente e para trás. As ondas S provocam deformações de cisalhamento.

A velocidade da onda P é maior que da onda S. por isso a onda P é a primeira a chegar e a onda S a segunda. A onda S não se propaga em meio líquido e gasoso, apenas nos sólidos.

A velocidade de propagação das ondas depende do meio por onde passam. A velocidade das ondas P varia de 5,5 km/s na crosta superior a 7 km/s na crosta inferior. A velocidade de propagação das ondas P aumenta conforme aumenta a profundidade, até 2900 km. Nessa camada (manto) a velocidade varia de 8,5 km/s, logo abaixo da superfície, até 13,5 km/s.

Essa propriedade permite utilizar as ondas sísmicas para determinar a estrutura

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