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Jogo das Cores Proibidas

Por:   •  29/4/2018  •  3.738 Palavras (15 Páginas)  •  352 Visualizações

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Os símbolos têm uma função muito ampla com nossas funções mentais superiores, como por exemplo, representar instrumentos não presentes, caracterizar emoções para outras pessoas, projetar emoções de outras pessoas sobre situações pelo qual ainda não passamos, planejar mentalmente ações futuras e recriar o passado das experiências. Os instrumentos que mediam a relação com a natureza influenciam com a forma que o ser humano simboliza sua consciência pessoal e social, pois ambas provem tanto das particularidades individuais quando também de aspectos exteriores observados ou vivenciados. Ao mesmo tempo, instrumentos não seriam aprimorados ou sequer existiriam sem representações simbólicas os precedendo.

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3 – RESULTADOS: O JOGO DAS CORES PROIBIDAS

O Jogo das Cores proibidas é uma maneira de observar como o conceito de mediação com a linguagem ocorrem com crianças, demonstrando tanto o desenvolvimento neurolinguistico, como as alternativas de mediação a instrumentos linguísticos que sempre foram usados de uma determinada maneira.

O objetivo do jogo está em fazer com que à criança responda há uma série de questões relacionadas a cores (dezoito em cada rodada, que serão três rodadas ao todo), segundo as seguintes instruções: Não mencionar definidas inicialmente como proibidas, bem como não repetir uma cor que já tenha sido dita previamente. Quando uma cor que já foi citada previamente, ou até mesmo uma cor proibida aparecerem, a instrução para resposta seria à criança responder: “Não posso falar essa cor”. Nesses parâmetros foram desenvolvidas as questões e os métodos de avaliação, abaixo poderemos observar os resultados que obtivemos nas entrevistas que realizamos, bem como os dados dos sujeitos analisados.

3.1 – Primeiro Estudo de Caso (Faixa Etária: Sete anos)

Abaixo temos alguns dados de identificação do sujeito da pesquisa.

Sujeito: G.B.

Idade: 07 anos

Sexo: Feminino

Escolaridade: Cursando o Ensino fundamental

Local da entrevista: Residência da criança

Aluno que aplicou o teste: Fernanda Valeria da Silva

Material utilizado: Cartões, questionário, caneta, objetos de interação;[1]

Primeira fase: Cores proibidas (Azul e Branco)

OBJETOS: Bala; Lápis azul; Fita vermelha; Folha de papel; Botão;

G.B. demonstrou boa atenção à regra das cores proibidas, porém, teve dificuldade em lembrar que não poderia repetir as cores, ao ser questionada sobre seu desempenho a criança definiu somente como “Ruim”.

QUANTIDADE TOTAL ERROS

CORES REPETIDAS

CORES PROIBIDAS

5

4

1

Segunda fase: Cores proibidas (Laranja e Marrom)

OBJETOS: Esmalte; Lápis amarelo; Carrinho azul; Lápis verde; Bala amarela;

Semelhante a primeira fase, G.B. continua a repetir ainda mais cores mas se recorda de não dizer as cores proibidas, nessa fase a criança já demostra menos esforço para responder corretamente pois acredita estar “perdendo o jogo”, ao ser questionada sobre seu desemprenho ela se diz “péssima” e conclui “-repeti tudo”. Apesar de notar os cartões a sua frente, G.B. os ignora.

QUANTIDADE TOTAL ERROS

CORES REPETIDAS

CORES PROIBIDAS

10

8

0

Terceira fase: Cores proibidas (Vermelho e Amarelo)

OBJETOS: Lápis laranja;

Mesmo com o auxílio dos cartões e do aplicador do jogo G.B. continua a ignorar os cartões até o meio da terceira fase, o que a leva a repetir algumas cores, mesmo após começar a utilizar alguns cartões como mediadores a criança chega a pronunciar duas cores proibidas ao fim do jogo e novamente se refere ao seu desempenho como “péssimo”.

QUANTIDADE TOTAL ERROS

CORES REPETIDAS

CORES PROIBIDAS

5

3

2

Desde o início do jogo fica claro que a criança conhece as cores e entende as regras, porém, ela se mostra insegura após os primeiros erros, o que pode tornar o ambiente em questão menos confortável, dificultando ainda mais sua memória e atenção ao jogo. Ao participar do jogo G.B. quase não faz o uso de mediação simbólica para se referir as cores, quando questionada sobre uma cor proibida que se recordava ela utilizava a palavra “proibida” como símbolo único para representar o que não poderia ser dito, mesmo na terceira fase, quando a criança é comunicada que os cartões poderiam auxilia-la, ela ainda sente dificuldade para compreender como poderia utiliza-los, somente na segunda metade dessa fase ela passa a utiliza-los como mediadores. Assim que o jogo teve fim, G.B. foi insistente ao perguntar o seu resultado.

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3.2 – Segundo Estudo de Caso (Faixa etária: Nove anos)

Abaixo temos alguns dados de identificação do sujeito da pesquisa.

Sujeito: R.P

Idade: 9 anos

Sexo: Feminino

Escolaridade: 4° série do Ensino Fundamental

Local da entrevista: A residência da entrevistada

Aluno que Aplicou o Teste: Kesilem Mendes Câmara

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