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Ética e sexualidade

Por:   •  1/5/2018  •  1.613 Palavras (7 Páginas)  •  290 Visualizações

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os aspectos em que a família tem de contribuir para a formação sexual que corresponde a ela. Assinalo alguns pontos mais importantes:

- Não cabe à família tanto a transmissão de conhecimentos sobre a sexualidade quanto o testemunho e a iniciação vital. Isso se consegue mediante a criação de um clima de amor e de comunicação mútua.

- A família é, no terreno da sexualidade, o primeiro lugar em que se transmitem os valores primordiais sobre a vida sexual.

- É na família que se considera mais especialmente a peculiaridade de cada indivíduo no que tem de original e próprio.

- A vida e o comportamento do país têm uma influência decisiva na educação sexual dos filhos (Os pais desempenham um papel decisivo na “identificação sexual” de seus filhos).

A vida conjugal e familiar é o clima adequado para que o adolescente se abra ao mundo do “outro” e consiga assim a “socialização” desejada.

- Corresponde também aos pais responder as primeiras “curiosidades” dos filhos sobre sexo: “de onde Vêm os bebês”, “qual o papel do pai” etc. Esse trabalho se transforma mais adiante em diálogo amistoso em que se abordam as realidades da puberdade, as primeiras experiências de relação, etc.

2.3. A Escola

A missão da escola deve ser entendida em termos de colaboração com o trabalho dos pais. No plano da educação sexual, trate-se de uma colaboração da escola, que tem como missão complementar a educação transmitida no lar. Quando aborda o tema da sexualidade humana como matéria de ensino, a escola deve ter grande cuidado em não monopolizar as crianças para todas as modalidades de ensino. Fazendo isso, ela se mistura no plano de educação geral que cabe aos pais.

Por seu papel de colaboração, a escola deve formular e realizar a educação sexual de acordo com os pais. Estes têm o direito de ser informados a tempo e de forma completa sobre o conteúdo, o método e apresentação da educação sexual.

Não é meu desejo enfrentar as duas instâncias educacionais, pais e escola. Minha intenção é ressaltar e promover a colaboração mútua nesse campo tão importante que é o da educação sexual. A família e a escola são dois lugares de educação sexual com missão especifica cada um deles, embora integrados na unidade de um projeto comum.

A escola permite às crianças e adolescentes compreender de maneira sistemática e vivenciar num contexto mais amplo que o da família os dados essências de seu desenvolvimento sexual e afetivo.

A educação sexual na escola não pode ser reduzida a conteúdos não éticos: o conhecimento de ser traduzido em atitudes e em formas de vida. A escola deve propiciar o desenvolvimento psicossexual da criança e do adolescente.

2.4. Opinião do CRP

O Conselho Regional de Psicologia SP possui uma comissão específica para tratar de assuntos relacionados à sexualidade e gênero. Os profissionais dessa área têm o conhecimento de que cada um vive sua sexualidade e identidade de gênero faz parte de sua subjetividade a depender de seu sexo, seu gênero, sua orientação sexual e o modo como vivencia seus desejos. Sendo assim, os princípios básicos desta comissão são embasados no Código de Ética da profissão e na Declaração Universal dos Direitos Humanos que garantem a luta contra preconceitos relacionados à autonomia do corpo, vivência da sexualidade e à construção das identidades de gênero de modo geral.

2.5. Sexualidade na Noruega

A Noruega transmitiu uma minissérie em TV aberta chamada ‘Pubertet’ sobre educação sexual, contendo oito episódios onde são explicados os aspectos mais importantes da puberdade de maneira simples, real e sem pudores. Tópicos como o crescimento, alterações na voz, o aparecimento de pelos no corpo, reprodução e sexo, estão disponíveis para as crianças através de uma linguagem simples e direta sem qualquer tipo de conotação sexual. O programa é indicado para todas as faixas etárias e usa, inclusive, corpos humanos nus para demonstrações de forma saúdavel.

CONCLUSÃO

Durante muito tempo, falar de sexualidade foi considerado tabu. Com nossas crianças, principalmente, esse assunto era proibido, como se fosse uma coisa feia e impura, de forma que elas chegavam à adolescência e muitas vezes à fase adulta ignorando fatos importantes e vitais para o desenvolvimento de uma vida saudável e sem traumas.

A concepção freudiana imprime a importância desta em todas as realizações humanas, ampliando o seu conceito em sintonia com a afirmativa de que ela é uma disposição psíquica universal, inerente à própria condição humana. Nesse momento, o princípio que sustenta a concepção freudiana da sexualidade reside na consideração de que toda pulsão é, por excelência, pulsão sexual.

Percebeu - se durante esse trabalho a importância que a família tem diante da educação sexual da criança, portanto, não se pode descartar de forma alguma seus valores éticos e

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