RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO SOCIAL

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A infância e a adolescência são períodos extremamente importantes para o desenvolvimento de um estilo de vida saudável, uma vez que os comportamentos adquiridos nesta fase tendem a ser perpetuados por toda a vida. Durante a adolescência também ocorrem o aumento da independência e ganho de autonomia na tomada de decisões sobre práticas e comportamentos de vida. Essa situação pode ser preocupante pelo fato de que os adolescentes passam a ficar mais expostos a comportamentos de risco como etilismo, tabagismo, sedentarismo e alimentação inadequada (SOUZA ET AL, 2011

A merenda na escola pública é afirmativa do melhor rendimento escolar diante daquela que chamamos a "fome do dia". Não se tratando de resolver a condição de desnutrição e conhecendo os efeitos das sensações da fome, tanto sobre a disponibilidade escolar quanto sobre o sentimento de cidadania, caberá à escola oferecer uma merenda nutricionalmente adequada e na forma de uma refeição coletiva, especialmente na chegada da criança à escola em lugar de no intervalo das aulas, para captar o máximo incentivo da criança aos desafios de uma resposta intelectual aos problemas pedagógicos (LIMA et al., 1985).

Os cardápios que são elaborados da merenda escolar, sob responsabilidade das entidades executoras, deve ser programado de modo a suprir, no mínimo, 15% das necessidades nutricionais diárias dos alunos beneficiados. Uma recomendação, FNDE (2001), estabelece como principal meta do PNAE a garantia de que o aluno receba por refeição, em média, 350 kcal e 9 gramas de proteína, levando em consideração a ampla faixa etária de atendimento do programa (crianças pré-escolar até adolescentes).

A aceitação de um alimento pelos estudantes é um importante fator para determinar a qualidade do serviço prestado pelas escolas em relação ao fornecimento da alimentação escolar. Além disso, evita o desperdício de recursos públicos na compra de gêneros alimentícios rejeitados (BRASIL, 2009).

1.3 Condições Higiênicas Sanitárias em Alimentos

Os microrganismos estão presentes em todo espaço natural que o homem convive, sendo encontrado na água, no ar, no solo e ainda em seres vivos como plantas e animais. O próprio ser humano é hospedeiro de muitos microrganismos. Deste modo, analisando os meios naturais como meios de onde são tirados os mais diferentes tipos de alimentos e o ser humano como o responsável específico pela sua manipulação, é simples perceber como é grande a possibilidade de sua contaminação ocorrer por microrganismos patogênicos (GIARETTA etal., 2006).

Não oponente, as cozinhas de estabelecimento de alimentação, com seu pH neutro ou ligeiramente ácido, água, oxigênio, substratos e temperatura próxima de 35ºC , caracterizam-se como meios extremamente adequados ao desenvolvimento e crescimento de bactérias e outros microrganismos, que ao serem conduzidos aos alimentos podem causar Doenças de Origem Alimentar (DTA) (GIARETTA etal., 2006).

A higienização completa e eficaz é uma das medidas que tem capacidade de garantir refeições seguras. Em contrapartida, as falhas desse procedimento permitem que resíduos aderidos aos equipamentos e às superfícies sejam responsáveis pela contaminação para o alimento no preparo da refeição (OLIVEIRA, 2008). Assim, a Higiene Alimentar é conceituada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA como “todas as condições e medidas necessárias para assegurar a inocuidade e adequação dos alimentos em todas as fases da cadeia alimentar” (ANVISA, 2007).

Em serviços de alimentação a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos manipulados é uma preocupação crescente entre os manipuladores que prezam pela saúde. Para melhorar a qualidade e segurança na produção dos alimentos, o Ministério da Saúde publicou a Resolução RDC 216 de 15 de setembro de 2004 (STANGARLIN et al., 2008) tendo como objetivo estabelecer os procedimentos de Boas Práticas para Serviços de Alimentação com a finalidade de garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado (NASCIMENTO e BARBOSA, 2007). Para tal as Boas Práticas de Fabricação são obrigatórias pela legislação brasileira, para todas as indústrias estabelecimentos (SEIXAS. et al.,2008).

Sabe-se que a contaminação dos alimentos se principia na produção da matéria-prima e se expande às etapas de transporte, recepção, armazenamento. Durante o manuseio pode haver contágio por condições equívocas de higiene de manipuladores, equipamentos, utensílios, ambiente e condições impróprias de armazenamento dos produtos prontos para o consumo (ZANDONADI. etal., 2007).

O treinamento de Boas Práticas de Manipulação é considerado um pré-requisito para aquisição da inocuidade dos alimentos, já que, frequentemente, a contaminação alimentar associa-se à ausência de informação ou à negligência dos manipuladores (LANGE et. al., 2008).

2 OBJETIVOS

2.2 Objetivo Geral

Realizar atividades pratica em nutrição social

2.3 Objetivos Específicos

-Avaliar o estado nutricional dos alunos da escola;

- Avaliar o grau de aceitabilidade da merenda escolar;

- Aplicar um checklist na escola;

- Realizar palestras;

- Realizar capacitação e treinamento para merendeiras;

- Elaborar e analisar cardápios;

- Fazer Cartazes, folders, panfletos.

3 ESTAGIO SOCIAL NA UNIDADE ESCOLAR FREI DAMIÃO

3.1 População e Local de Estudo

A Escola Municipal Frei Damião, está localizada na Avenida Nossa Senhora de Fátima (Nº1032), no bairro Canto da Várzea, inaugurada em 1998. A estrutura da escola engloba oito salas de aula, uma sala de informática, uma diretoria, uma sala de professores, uma biblioteca, três despensas, três banheiros, uma cantina, um refeitório, uma lavanderia, um pátio e área de recreação. A escola é composta no total por 27 funcionários sendo o corpo de funcionários composto por um diretor, dois secretaria, uma coordenadora, um vigilante, uma zeladora, três merendeiras, dezoito professores e uma nutricionista.

A escola compreende os programas mais educação e se liga, atendendo 128