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Estagio Supervisionado De Serviço Social

Por:   •  20/1/2018  •  2.706 Palavras (11 Páginas)  •  304 Visualizações

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Na década de 1960, iniciasse então um movimento de reconceituação da profissão, uma vez que se evidencia a forma de capitalismo excludente e subordinado, fica claro que as teorias conservadora utilizadas pelo Serviço Social são incapazes de dar resposta para sua atuação, esse movimento em busca de novas teorias e da formação de um novo projeto profissional mais comprometido com a classe trabalhadora é sentido em toda América Latina, em alguns países com mais intensidade, no Brasil esse movimento foi freado pelo período ditatorial que passava o país.

As principais vertentes que emergiram do movimento de reconceituação foram: as vertentes positivistas, vertentes fenomenológicas e a teoria Marxista, teoria esta que foi amplamente discutida e contestada no interior do Serviço Social. Porém é a partir da teoria de Marx que os profissionais iniciam a discutição em torno de suas práticas institucionais e a favor da classe dominante, é também nesse período que o Serviço Social se aproxima dos movimentos sociais e de organizações da classe trabalhadora e o objeto de trabalho do Assistente Social deixa de ser o homem e passa a serem as expressões da questão social, resultante da relação entre capital X trabalho.

Com o fim do período ditatorial iniciasse um debate em torno da Ética do Serviço Social rompendo com a ética da neutralidade e assumindo definitivamente compromisso com a classe trabalhadora em seu Código de Ética de 1986.

Na década de 1990, o Serviço Social agrega a seu arcabouço jurídico a Lei

8.662 de 7 de Junho de 1993, que regulamenta a profissão, as novas diretrizes gerais para o curso de serviço social, e o Código de Ética da profissão que reitera seu compromisso com a classe trabalhadora (IAMAMOTO, 2009).

É correto afirmar que o Serviço Social é constituído dos processos históricos, apesar de seu papel a favor da manutenção da classe dominante a “burguesia”, durante as primeiras décadas de sua institucionalização a postura atual em defesa da classe trabalhadora demonstra grande amadurecimento da profissão e dos profissionais que atuam nessa área, amadurecimento esse que pode ser visto através das literaturas que são atualmente produzidas por profissionais do Serviço Social, em tempos de capitalismo avançado se posicionar contrario ao sistema faz do Serviço Social parte fundamental para emancipação da classe trabalhadora.

(IAMAMOTO, 2009)

O momento que vivemos é momento de pleno desafios. Mais do que nunca é preciso ter coragem, é preciso ter esperanças para enfrentar o presente. É preciso resistir e sonhar. É necessário alimentar os sonhos e concretizá­los dia­a­dia no horizonte de novos tempos mais humanos, mais justos, mais solidários.(IAMAMOTO, pág.17, 2009)

Diretrizes gerais para o curso de serviço social ABEPSS de 1996

As grandes mudanças ocorridas no cenário econômico e político do Brasil demanda um profissional que esteja apto a dar respostas às novas formas de exploração do capital. Sendo assim inicia-se em 1994 vários debates em torno de propostas que venham dar ao Serviço Social maior autonomia diante da realidade imposta pelo capitalismo, esses debates são resultantes da XXVIII Convenção Nacional da Associação Brasileira de Ensino de Serviço Social - ABESS[1], ocorrida em Londrina - PR, em outubro de 1993, onde foram discutidos os caminhos para reformulação do currículo mínimo, currículo este que não acompanhou os avanços ocorridos no interior do Serviço Social, uma vez que estava vigente desde 1982.

Esses debates contaram com o apoio de unidades representativas do Serviço Social com o CFESS-Conselho Federal de Serviço Social e de unidades representativas dos estudantes de Serviço Social ENESSO- Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social.

Durante os anos de 1994 e1996 ocorreram cerca de duzentas oficinas locais, vinte e cinco regionais e duas nacionais, em unidades de ensino filiadas a ABESS, nessa primeira etapa foram debatidos os fatores que serviam de obstáculo para que o Serviço Social caminhasse no sentido de uma formação de qualidade, adequado aos moldes contemporâneos.

Em 1995 no Recife durante a XXIX Convenção Nacional da ABESS[2], foram elaboradas e aprovadas propostas básicas para o projeto de formação profissional, que continham diretrizes, metas, núcleo e fundamentação para o novo currículo.

A segunda etapa desse debate seria concluída em 1996, seria intitulada Proposta Básica para o Projeto de Formação Profissional Novos Subsídios para o Debate.

Em 20 de dezembro de 1996, com a promulgação da LDB (Lei 9394), torna o cenário ainda propicio para o processo de normatização das diretrizes gerais para o Serviço Social.

Ao propor o debate sobre a reformulação das diretrizes curriculares a ABESS reitera seu compromisso como entidade representativa das IES (Instituição de Ensino Superior) no âmbito do Serviço Social e com o compromisso com a qualidade e universalidade do ensino.

Os pressupostos que norteiam a reformulação das diretrizes curriculares concebem o Serviço Social como uma profissão interventiva no âmbito da questão social e que está seria indispensável, pois é a partir do agravamento da questão e da leitura que é realizada desse processo, que o Serviço Social estrutura suas ações profissionais. As diretrizes curriculares tem a ética como eixo transversal na formação profissional e traz a liberdade como valor ético central.

Os princípios das diretrizes curriculares do Serviço Social, amplamente discutido e formulado sob direção da ABESS nas décadas de 80 e 90, possibilita as Instituições de Ensino as IES (Instituição de Ensino Superior), formação de currículo pleno com base nos princípios que fundamentam a formação profissional.

Com base nesse debate compreendeu-se que uma revisão curricular presume uma avaliação do processo de formação profissional frente às exigências da contemporaneidade.

Entende-se assim que a formação profissional está ligada aos Núcleos de Fundamentação, tais núcleos são eixos fundamentais para a profissão uma vez que trazem conhecimentos e compreensão indispensável para sua formação e trabalho.

Os Núcleos de Fundamentação são divididos em três:

- Núcleo de Fundamentos teórico-metodológicos da vida social

- Núcleo de fundamentos da particularidade da formação sócio-histórica

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