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O Sistema Urinário

Por:   •  7/12/2018  •  5.064 Palavras (21 Páginas)  •  352 Visualizações

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filtração capilar (Kf), que depende da área e da permeabilidade dos capilares.

2. O que faz com que ocorra efetivamente a filtração é a diferença existente entre a pressão hidrostática e a pressão oncótica. A pressão hidrostática exercida pelos capilares do glomérulo faz com que o líquido e pequenos metabólitos tendam a passar pelas fenestrações, ao passo que as proteínas são mantidas nos vasos pela pressão oncótica de sentido contrário às fenestrações, mantendo o máximo possível de proteínas na luz dos vasos.

 Mecanismo de controle pela pressão – o líquido sempre flui da área de maior pressão para a de menor.

- pressão hidrostática glomerular: força que o sangue faz sobre as paredes do glomérulo, que favorece o extravasamento de líquido e a filtração.

- pressão hidrostática na cápsula: conforme aumenta a filtração, mais líquido preenche a cápsula glomerular, o que aumenta a pressão nessa região, provocando uma força que impulsiona o líquido para fora da cápsula. Logo, é contrária à filtração.

- pressão coloidosmótica (oncótica) nos capilares: relaciona ao gradiente de concentração. Conforme ocorre a filtração, os capilares ficam mais concentrados, uma vez que estão perdendo água e está havendo o acúmulo de proteínas plasmáticas e células sanguíneas não filtradas em seu interior. Com isso, segundo o princípio da osmose, a água tende a ir em direção ao meio mais concentrado, que, nesse caso, é o sangue, dificultando a filtração.

Apesar de serem 2 forças contrárias à filtração contra 1 força à favor, essa força à favor ainda supera as outras, por isso, o processo de filtração ocorre.

FG = Kf x pressão efetiva de filtração (125ml/min)

Kf = FG/pressão efetiva de filtração (12,5)

Pressão efetiva de filtração = p hidrostática glomerular (60) – p hidrostática na cápsula (18) – p coloidosmótica nos capilares (32) = 10

Fração de filtração: percentual de sangue filtrado referente ao fluxo sanguíneo

-alterada juntamente ao volume e pressão sanguíneos

Taxa de filtração: volume de sangue filtrado em 1 min

-alterada conforme a constrição ou dilatação arteriolar

3. A autorregulação mantém o suprimento sanguíneo e a filtração glomerular, o que previne de um aumento súbito da pressão renal. Esse processo pode ser feito por meio da constrição arteriolar, o qual altera o fluxo sanguíneo que chega ao glomérulo.

 Ao aumentar a resistência na arteríola aferente, o fluxo sanguíneo renal diminui e, com isso, temos queda da pressão hidrostática do sangue no glomérulo e menor taxa de filtração.

 Ao diminuir a resistência da arteríola aferente, a pressão efetiva de filtração aumenta e a taxa de filtração aumenta também.

 Ao aumentar a resistência na arteríola eferente, o fluxo sanguíneo renal aumenta e o glomérulo fica encharcado de sangue. Com isso, temos um aumento da pressão hidrostática e um aumento na taxa de filtração glomerular.

 Ao diminuir a resistência na arteríola eferente, ocorre menor acúmulo de sangue na cápsula e a pressão efetiva de filtração diminui, logo, a taxa de filtração diminui também.

Essas respostas de autorregulação podem ser de dois tipos:

-miogênica: o aumento da pressão da arteríola aferente leva ao estiramento da sua musculatura lisa e consequente despolarização e contração muscular, resultando na constrição arteriolar. Assim, a filtração diminui para regular o fluxo. A diminuição dessa pressão leva ao relaxamento muscular.

-retroalimentação: resposta através do estímulo das células da macula densa, que possuem muita sensibilidade à concentração de sais, como o NaCl. Elas enviam um sinal parácrino à arteríola para que aumente a resistência em caso de alta concentração desses sais, objetivando diminuir a filtração. Em caso de baixa concentração dos sais, tem-se a diminuição da resistência para aumentar a filtração.

-A parede do túbulo distal possui as células da mácula densa, acompanhadas das células justaglomerulares, formando o aparelho justaglomerular. As células da mácula densa detectam a variação do volume e composição do fluido tubular distal e enviam essas informações às células granulares da arteríola aferente. A redução de NaCl no túbulo da mácula densa estimula as células justaglomerulares a secretarem renina, a qual desencadeia reações para aumentar a liberação de angiotensina 2, responsável por provocar contração da arteríola eferente e aumentar a filtração glomerular.

OBS: liberação de renina no caso de pressão arterial baixa, hemorragia e baixo fluxo renal.

A pressão cai, é liberada renina e aldosterona, ambas vão agir na constrição da arteríola eferente para manter a filtração. Independente das condições, o organismo luta para manter as taxas de filtração, essa só se altera significativamente em doenças do glomérulo (glomerulonefrite).

4. O Sistema Nervoso Simpático (norepinefrina, epinefrina e endotelina) exerce influencia direta por vasoconstrição, alterando o diâmetro das arteríolas para diminuir a filtração no momento.

5. O sistema renina-angiotensina-aldosterona e o ADH desempenham papel direto no controle hormonal.

6. óxido nítrico derivado do endotélio diminui a resistência vascular renal e aumenta a filtração.

7. prostaglandinas e bradicininas tendem a aumentar a filtração pela vasodilatação.

Reabsorção e Secreção

A alta taxa de filtração é devida a necessidade de retirada rápida de substâncias possivelmente tóxicas. O fluido formado é então repleto de partículas inespecíficas, as quais, por vezes precisam ser reabsorvidas. Tem-se, então, o transporte de substâncias do interior do túbulo para o sangue que o envolve.

A pressão oncótica sera maior do que a pressão hidrostática, já que o filtrado está muito concentrado das substâncias filtradas do sangue. Por isso, ocorre reabsorção, e não filtração.

Ocorre, principalmente, nos túbulos contorcidos e na alça de Henri.

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