O Diabetes Mellitus

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dos indivíduos através dos fatores de riscos listados a seguir:

• Idade >45 anos;

• Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25);

• Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para mulheres, medida na altura das cristas ilíacas);

• Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes;

• Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg);

• Colesterol HDL d”35 mg/dL e/ou triglicerídeos e”150 mg/dL;

• História de macrossomia ou diabetes gestacional;

• Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos;

• Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida.

Para o DM tipo 1, avalia-se o histórico familiar, possuindo como traço clínico mais relevante, a tendência à hiperglicemia grave e cetoacidose.

Complicações

Não se sabe ainda o mecanismo de aparecimento dessas complicações, mas o controle dos fatores de risco, associados a medidas farmacológicas e não-farmacológicas podem reduzir o seu aparecimento pela metade. Tais complicações incluem: alterações visuais e renais, comprometimento dos pés, neuropatia autonômica cardiovascular diabética e disfunção

Sexual. Além dos indivíduos acometidos com o DM apresentarem essas complicações, eles também sofrem com problemas de convívio social, como preconceito e discriminação, dificuldades na participação em atividades, entre outros.

Tratamento

O tipo I é também chamado de insulinodependente, porque exige o uso de insulina diariamente, de 2 a 3 vezes por dia, ou através do uso de uma bomba de insulina que vai liberando o medicamento na corrente sanguínea aos poucos durante o dia, para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas. A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco.

O tipo II não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos (metformina, sulfonilureias, glinidas, tiazolidinedionas, inibidores da alfa-glicosidase, incretinomiméticos ou amilinomiméticos) ministrados por via oral. Geralmente inicia-se o tratamento utilizando somente 1 destes medicamentos, e depois o médico avalia a necessidade da combinação de outros, mas é comum que na 3ª idade, o indivíduo tenha que tomar mais de dois medicamentos para controlar o diabetes tipo 2. Dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle do diabetes e atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose nos dois tipos de diabetes

Apresentação do caso

Cliente R., 62 anos encontra-se no setor 8C da clínica cardíaca do HUCFF desde o dia 21 de Agosto de 2014, devido á queda da própria altura de forma súbita com trauma em região occipital durante o transporte quando estava se dirigindo ao HU para consulta agendada em ambulatório. Paciente referiu ter tido esse mesmo desmaio duas vezes em menos de dois meses. Nega HAS e DM, eliminação vesical e intestinal presentes. De vida sedentária e Tabagista a mais de 20 anos, relata fumar mais de 35 maços por mês, nega etilismo. História Familiar: DM e HAS. Tem histórico de cirurgias na coluna vertebral, no estômago e catarata, além de apresentar cefaleia, cansaço, ganho de peso, sede excessiva, calor excessivo e sudorese. Nos medicamentos prescritos pelo médico responsável, há dentre eles aplicação de Insulina regular sc (SOS), além de uma dieta hipossódica.

Após avaliação médica, encontra-se em observação para um possível diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo II e Hipertensão Arterial Sistêmica.

Aos exames laboratoriais:

HDL: 69 mg/dL

LDL: 160 mg/dL

Hemoglobina Glicada: 6,4 % HGB total

Glicemia: 228 mg/dL

Discussão

Ao avaliar os dados coletados, podemos perceber alguns fatores de risco para o desenvolvimento do Diabetes Millitus tipo 2. O primeiro deles é o sedentarismo e o fumo (35maços por mês a vinte anos) além de um histórico familiar da doença bem relevante, já que apresenta pai e mãe portadores de DM. Apresenta sede excessiva, um dos principais sintomas da DM (4“Ps”). Quando internada no hospital, a seu exame apresentou uma glicemia, colesterol HDL, LDL e hemoglobina glicada acima dos valores normais: 228 mg/dL (Normal: 60-99), 69 mg/dL (Normal: 40-60), 160 mg/dL (160-189 é considerado alto) e 6,4 % HGB total