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DIABETES MELLITUS TIPO 2 FINALIZADO

Por:   •  28/5/2018  •  2.051 Palavras (9 Páginas)  •  462 Visualizações

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A Diabetes mellitus tipo 2 pode ser diagnosticada de três maneiras segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a American Diabete Association (ADA) (LOPES et al, 2012).

- Sintomas Clássicos (poliúria, polidipsia e emagrecimento) associados a uma glicemia em qualquer horário independente do tempo da última refeição superior a 200 mg/dl;

- Glicemia maior ou igual a 126 mg/dl em jejum calórico de pelo menos 08 horas;

- Glicemia após duas horas do teste de tolerância a glicose (TTG) superior a 200 mg/dl (LOPES et al, 2012).

A Diabetes é reconhecida como uma doença crônica que aumenta o risco de complicações micro e macro vasculares. Os riscos da hipoglicemia, os benefícios da perda de peso, e do controle da glicemia no risco cardiovascular estão bem estabelecidos. É uma questão fundamental já que a mortalidade dos doentes diabéticos decorre em 80% dos casos de eventos cardiovasculares (PEREIRA et al, 2014).

Há muito tempo e aceito que descendo os níveis de glicose no sangue se reduz o desenvolvimento e progressão da retinopatia, nefropatia e neuropatia. No mundo ocidental estas complicações são as principais responsáveis pela cegueira, hemodiálise e amputações não traumáticas (PEREIRA et al, 2014).

A fisiopatologia da diabetes tipo 2 inclui três defeitos principais que todos reconhecem: uma deficiente secreção de insulina, uma resistência à sua ação periférica e uma excessiva produção de glicose hepática, no fígado em condições normais extremamente sensível a pequenas alterações nas concentrações de insulina (PEREIRA et al, 2014).

A homeostasia normal da glicose é rigidamente regulada por três processos relacionados: a produção de glicose no fígado; sua captação e utilização pelos tecidos periféricos, principalmente os músculos esqueléticos; e as ações da insulina e dos hormônios contra reguladores, incluindo o glucagon. Já a disfunção das células β se manifesta pela secreção inadequada de insulina diante a resistência à mesma e a hiperglicemia. Na maioria dos casos a resistência à insulina é o evento primário, seguido de graus variados de disfunção das células β. Tais eventos podem ser precipitados pela presença de certos fatores como: predisposição genética, obesidade, inatividade física e envelhecimento, que interferem ou na reserva funcional das células beta ou na sensibilidade tecidual à insulina ou em ambos os defeitos. É difícil definir, para cada paciente, qual a participação do componente de resistência à insulina e da deficiência insulínica, mas na maioria dos casos, as duas condições coexistem em proporções diferentes para diferentes pacientes (PEREIRA et al, 2014).

1.2 Fatores de risco

O Diabetes Mellitus tipo 2 atualmente é considerada uma das principais doenças crônicas que afetam o homem contemporâneo. Devido o aumento da expectativa de vida da população, houve a diminuição da atividade física e o aumento da dieta hipercalórica que exercem importante papel no surgimento do diabetes na população (ORTIZ; ZANETTI, 2001).

Os seus fatores correlacionados são os agentes externos, como o sedentarismo, a má alimentação, sobrepeso, antecedentes hereditários, a ausência de atividades físicas diárias e o estresse. Esses fatores de risco afetam 60 a 90% das pessoas a partir dos 40 anos de idade (ORTIZ; ZANETTI, 2001).

Cabe ainda ressaltar que, em média, metade dos indivíduos brasileiros portadores de Diabetes mellitus tipo 2 desconhecem sua condição, e que cerca de um quinto dos que a conhecem não realizam qualquer tipo de tratamento (ORTIZ; ZANETTI, 2001).

1.3 Tratamentos e cuidados para diabetes mellitus tipo 2

Tratamento do diabetes tipo 2 tem como objetivo estabilizar os níveis de glicose no sangue do paciente e cuidar para ele não sofra nenhum tipo de complicação (FERREIRA; CAMPOS, 2014).

1.3.1 Principais cuidados para tratar o diabetes tipo 2 incluem:

A atividade física ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue controlado e no emagrecimento, realizar exercícios de três a cinco vezes na semana. Caso a glicemia esteja muito elevada, o exercício pode causar a liberação de hormônios contrarreguladores aumentando mais ainda a glicemia (FERREIRA; CAMPOS, 2014).

O diabético deve evitar doce e carboidratos simples, como massas e pães, pois eles possuem um índice glicêmico muito alto. Quando um alimento tem o índice glicêmico baixo, ele retarda a absorção de glicose, que não se concentra no sangue. Mas, quando ao índice é alto, esta absorção é rápida e acelera o aumento das taxas de glicose no sangue, gerando uma hiperglicemia (FERREIRA; CAMPOS, 2014).

A verificação da glicemia capilar é realizada através de um glicosímetro, que mede a concentração de glicose no sangue. Normalmente, a pessoa fura o dedo a lanceta, colocar o sangue em uma tira reagente que é inserida no aparelho. O resultado aparece em cerca de 30 a 45 segundos. (FERREIRA; CAMPOS, 2014).

A bebida alcoólica pode causar hiperglicemia. O que pode causar náusea, tremores, fome excessiva, irritação e dores de cabeça (FERREIRA; CAMPOS, 2014).

Diabético tem maiores chances de ter ansiedade e depressão. Pela ansiedade em relação ao controle de hiperglicemia, da aplicação de insulina, ou ganho de peso (FERREIRA; CAMPOS, 2014).

Entre os medicamentos que podem ser usados para controlar a diabetes tipo 2 estão:

- Inibidores da alfaglicosidase: são medicamentos que impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino. Os carboidratos vão determinar o aumento da glicose no sangue, então ao bloquear a absorção pretende-se evitar que o carboidrato que foi ingerido cause aumento da glicemia. Seu principal uso é no controle do aumento da glicose após as refeições. No Brasil, temos disponível o medicamento acarbose, via oral. Reduz a hemoglobina glicada entre 0,6 e 1,1%% (FERREIRA; CAMPOS, 2014).

- Biguanidas: a principal representante dessa classe é a metformina, via oral. A fenformina foi retirada do mercado por efeitos colaterais. A metformina reduz a produção hepática de glicose e combate a resistência à insulina, tem alto potencial de redução da A1C (até 2%) e não causa hipoglicemia. Pelo seu efeito de agir diretamente na causa do diabetes tipo 2, que é a resistência insulínica, é o primeiro medicamento a ser pensado para começar o tratamento do diabetes

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