A Enterobiose, Entorobíase, Oxiuriose, Oxiuríase
Por: Lidieisa • 24/10/2018 • 1.772 Palavras (8 Páginas) • 430 Visualizações
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DIAGNÓSTICO
Em geral, o diagnóstico determinante para construção do mesmo, é o clínico, devido ao prurido anal característico da doença. Através desse sintoma, o caso desse paciente torna-se suspeito, tendo sua confirmação através também do diagnóstico laboratorial, que reside no encontro do parasito e de seus ovos. Como dificilmente é conseguido nos parasitológicos de fezes de rotina, sendo achado casual quando o parasitismo é muito intenso, deve-se pesquisar diretamente na região perianal, o que deve ser feito pelo método de Hall (swab anal) ou pelo método de Graham (fita gomada).
No método de Hall é feito a coleta do material da região peri-anal colhido em 3 dias diferentes, com espátula própria fornecida pelo Laboratório, aonde os ovos aderem aos bastões de colheita e são posteriormente observados ao microscópio. Para realização desse exame é informado ao paciente que ele evite defecar ou fazer higiene pessoal antes da coleta, e é recomendável colher preferencialmente à noite ou pela manhã antes de defecar e da higiene pessoal. Não usar pomadas ou talco na região peri-anal. Guardar em lugar fresco até enviar ao laboratório.
Já no método de Graham a coleta é feita através de uma pressão. Uma fita adesiva é colocada ao fundo de um tubo de ensaio com a parte colante voltada para fora. A prega anal do paciente é então aberta e assim é encostada diversas vezes a parte colante naquela região perianal, ao coletar pingar uma gota de toluol ou xileno e pressionar novamente a fita contra a lâmina. A preparação ficará clara ou levemente corada, tornando os ovos bem visíveis, é indicado realizar logo pela manhã, antes da pessoa ir ao banheiro ou tomar banho, caso não seja possível, pode-se fazer a colheita após o paciente se deitar.
Também podem ser pesquisados em material retirado de unhas de crianças infectadas, que oferecem alto índice de positividade. Um diagnóstico diferencial é moléstias do aparelho digestivo, vulvo vaginites.
TRANSMISSÃO
Como já falamos, essa doença é altamente contagiosa, o período de transmissibilidade dura enquanto as fêmeas grávidas expulsam ovos na pele perianal, que permanecem infectantes por uma ou duas semanas fora do hospedeiro, e a forma de transmissão da doença é variada. Pode ser de forma direta, indireta e retroinfestação:
DIRETA
Do ânus para a cavidade oral, através dos dedos, onde a pessoa ao coçar a região anal, coloca a mão infectada pelo verme na boca. Principalmente nas crianças, doentes mentais e adultos com precários hábitos de higiene.
INDIRETA
Através da água, roupas, alimento ou até mesmo ao cumprimentar uma pessoa com a mão suja contendo os ovos do verme. Comum encontrar em ambientes que possuam pessoas que tenha a doença, ovos do verme na roupa de cama, toalha, chão e objetos da casa.
RETROINFESTAÇÃO
Migração das larvas da região anal para as regiões superiores do intestino grosso, onde se tornam adultas. Os ovos se tornam infectantes poucas semanas após terem sido colocados na região perianal pelas fêmeas grávidas, que migram ativamente do ceco e porções superiores do cólon até a luz do reto e daí para a região perianal, onde fazem a ovoposição.
TRATAMENTO
O tratamento tende a ser bastante rápido e eficaz. Portanto, diante da suspeita desta enfermidade, consulte imediatamente um médico especialista para receber as orientações adequadas. Vários são os fármacos disponíveis no mercado que podem ajudar a eliminar o parasita. Geralmente, faz-se uso de anti-helmínticos e também de outros medicamentos que possam auxiliar no controle dos sintomas, sendo assim, os medicamentos mais usados e as recomendações são Pamoato de pirantel, 10mg/kg, Via Oral, dose única. Mebendazol, 100mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos. Lembrando que, essa dose independe do peso corporal e da idade. Albendazol, 10mg/kg, Via Oral, dose única, até no máximo de 400mg.
Após o uso destes medicamentos, os sintomas logo tendem a desaparecer, porém os cuidados com a higiene, devem ser mantidos para sempre e todas as 3(três) drogas são contra-indicadas em gestantes. É importante lembrar também que, nenhum de nós, ao sentir os sintomas dessa doença, ou ver nossos filhos, ou alguma criança com suspeita dessa doença, devemos realizar a auto-medicação, pois o uso indevido dessas e outras medicações, podem piorar um quadro ou servir de estímulo para o surgimento de outros.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Diante da deficiência das medidas de controle e saneamento, a uma necessidade de maior difundir o quanto as verminoses podem ser prevenidas com medidas simples de higienização própria e do ambiente em que se reside, sendo assim, os cuidados de enfermagem nesse tipo de doença em especial, é o de educação do paciente e promoção da saúde, devido á raridade de internação por essa patologia.
A promoção do cuidado é baseado em práticas instrutivas da enfermagem fundamentado na teoria do auto-cuidado, medidas preventivas e ensinamento educativo através um contato mais próximo do paciente ao proporcionar uma assistência humanizada, individualizada atendendo todas as necessidades do paciente e da família.
São abordadas através de palestra educativas, folhetos e/ou propagandas, as principais medidas preventivas para que possa ser evitado possíveis complicações. São elas: lavagem correta das mãos e dos alimentos, fervendo a água a ser ingerida, e relatando também como agir quando a pessoa da residência estiver infectada, ou seja, explicando que deve ser realizada a troca de roupas de cama, roupa íntima e toalhas de banho, diariamente, para evitar a aquisição de novas infecções pelos ovos depositados nos tecidos.
Outro tipo de cuidado também é de incentivo a população a manter limpas, as instalações sanitárias, manter as unhas aparadas rente ao dedo para evitar acúmulo de material contaminado, evitar coçar a região anal desnuda e evitar levar as mãos à boca, etc.
Para os profissionais de enfermagem essas medidas sócio-educativas são de extrema importância para prevenção precoce da infestação por vermes ou mesmo evitando que o quadro se agrave.
CONCLUSÃO
A
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