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Morfologia e Anatomia

Por:   •  11/3/2018  •  3.196 Palavras (13 Páginas)  •  397 Visualizações

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De acordo com o Ministério da Saúde, os acidentes escorpiônicos são decorrentes do envenenamento ocasionado pela inoculação de veneno através do aparelho inoculador (ferrão ou télson) de escorpiões. (BRASIL, 2009)

Entretanto, a maior incidência de escorpiões no Distrito Federal é da espécie Tityus Bahiensis (escorpião-marrom) no qual é encontrado na Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

O presente trabalho tem como objetivo, definir quais são as espécies de escorpiões com maior importância medica no distrito federal, quais são as regiões mais afetadas, os cuidados de enfermagem frente á acidente escorpiônico, e o tratamento pertinente.

- Objetivos

- Caracterizar as espécies mais comuns de escorpião (Classificação, morfologia, reprodução, nicho.).

- Conhecer a história natural dos escorpiões.

- Conscientizar a comunidade sobre a periculosidade do escorpião.

- Orientar sobre a prevenção de acidentes com escorpiões.

- A importância de evitar ambientes propícios para a procriação dos escorpiões.

- Demonstrar as ações de controle de escorpiões.

- Escorpiões

O escorpião também conhecido por lacrau é um animal invertebrado e artrópode de corpo alongado, com quatro pares de patas e um par de pinças que fica na parte anterior, e para se defender ataca com um ferrão pontiagudo que fica na extremidade do metassoma, cauda. Atacam apenas quando se sentem ameaçados e sua picada causa bastante dor podendo ate levar a morte em casos de ataques a crianças e idosos. (SAUDE ANIMAL, 1997)

Seu tamanho pode variar entre 12 mm a 21 cm e vivem em media de 2 a 6 anos. Podem viver tanto em areias do deserto como em solo úmido da mata, vivem debaixo de pedras, madeiras, tijolos, troncos podres, telhas outros ainda vivem em bromélias que crescem no chão ou mesmo a grandes alturas nas árvores. O acumulo de entulhos como lixos de obras, terrenos baldios e lixos em quintais onde se propaga insetos são ótimos ambientes para os escorpiões pois eles se alimentam de aranhas, baratas, moscas entres outros. (SAUDE ANIMAL, 1997)

O seu corpo varia de cor conforme a espécie, indo de preto a amarelo claro, vermelho-amarronzado, amarelo avermelhado e em algumas espécies de coloração azul ou verde. (TECNOCELL, 2008)

São animais de hábitos noturnos que se alimentam principalmente de insetos, podem ficar até 23 meses sem se alimentar devido a um órgão interno os divertículos do hepatopâncreas que armazena alimentos. Em cativeiros ou quando estão sem alimentos eles praticam canibalismo. A visão dos escorpiões é pouco desenvolvida e por isso eles utilizam as tricobotrias que são pêlos situadas principalmente nos palpos que funcionam como sensores para localizar a sua presa e que são sensíveis ao menor movimento do ar. (SAUDE ANIMAL, 1997).

- Morfologia e anatomia

O corpo do escorpião é dividido em:

- Carapaça (prossoma): onde se encontra um par de quelíceras que servem para triturar os alimentos, quatro pares de pernas e um par de pedipalpos que são pinças ou mãos.

- Abdômen (opistossoma) é formado por:

- Tronco (mesossoma) onde se encontra a parte genital e os apêndices sensoriais em forma de pentes que captam os estímulos químicos e mecânicos do ambiente.

- Cauda (metassoma) onde se encontra o télson que contém um par de glândulas que produzem o veneno e o ferrão que é usado para inocular a peçonha.

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Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde

- Reprodução

O período de gestação é bem variado, em geral dura três meses. Algumas espécies como a Tityus Serrulatus se reproduz por partenogênese, pois só possuem fêmeas. Durante o nascimento dos filhotes a fêmea suspende o corpo dobra as pernas dianteiras e apoia nas posteriores formando um cesto para apoiar os recém-nascidos, e através desse cesto eles sobrem para o dorso da mãe e permanecem por alguns dias até a primeira troca de pele. Após esse período que pode ser de 12 a 14 dias eles passam a ter vida independente.

- Espécies

Segundo o Ministério da Saúde (2009) das 1.600 especeis conhecidas no mundo. De importância em saúde pública no Brasil existem 160 tipos de escorpião e a espécie mais comum é a Tityus responsável pelos acidentes mais graves com várias espécies descritas, sendo as principais: Tityus Serrulatus (escorpião-amarelo); Tityus Bahiensis (escorpião-marrom); Tityus Stigmurus (escorpião-amarelo-do-nordeste); Tityus Paraensis (escorpião-preto-da-amazônia).

- Tityus Serrulatus (Escorpião amarelo)

O nome é devido a uma serrilha que fica no 3º e 4º segmento da calda. Originário do Sudeste mais devido à boa adaptação a ambientes diversos e a facilidade de proliferação, hoje se encontra em diversos estados do Brasil como a Bahia, Ceará, Espirito Santo, Distrito Federal entre outros. Mede até7 cm de tamanho é de coloração amarelada com manchas escuras sobre o tronco e pernas. Abrigam-se em terrenos baldios com lixos e matos, embaixo de pedras, cascas de arvores, buracos, rodapés soltos entre outros lugares. A sua reprodução é por partenogênese, praticamente só existem fêmeas e elas não precisam se acasalar para se reproduzir, os embriões se desenvolvem dentro do corpo da mãe, cada fêmea tem em media de três crias por ano com 20 a 25 filhotes. É considerado o mais perigoso do Brasil o seu veneno para o ser humano pode levar a morte por insuficiência respiratória ou parada cardiorrespiratória.

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Imagem do Google

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Imagem do Google. Tityus Serrulatus filhotes no dorso da fêmea

- Tityus Bahiensis (Escorpião marrom)

Tem o corpo escuro e pernas com manchas escuras a calda é marrom-avermelhada. Mede em torno de 7 cm e não possui serrilha na cauda como o escorpião amarelo. O macho possui pedipalpos volumosos entre os dedos para conter a fêmea

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