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LICENCIATUTA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – LCB

Por:   •  25/10/2017  •  2.222 Palavras (9 Páginas)  •  317 Visualizações

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A droga aparece na adolescência muitas vezes como uma ponte que permite o estabelecimento de laços sociais, propiciando ao indivíduo o pertencimento a um determinado grupo de iguais, ao tempo que buscam novas ideais e novos vínculos, diferentes do seu grupo familiar de origem. Contudo a preocupação com esses jovens vem aumentando nos últimos tempos, pois nota-se que cada vez mais, crianças e adolescentes estão envolvidos em crimes e atos de violência, dos quais, grande parte envolve o uso de drogas, tanto licitas como ilícitas.

Os prejuízos no âmbito da saúde do indivíduo são irreparáveis e muitas vezes incontroláveis, há um prejuízo imensurável no que diz respeito à vida social, familiar, emocional e psicológica da pessoa.

ETAPAS PARA CHEGAR AO VICIO

A curiosidade natural dos adolescentes e a inserção em grupos de amizades é um dos fatores de maior influencia na experimentação das drogas, despertando novas sensações e prazeres. Além deste, existe o modismo, outro aspecto importante relacionado ao uso de substancias entre adolescentes, pois reflete a tendência do momento, e os adolescentes são particularmente vulneráveis a estas influencias, afinal estão saindo da infância e começando a sentir o prazer da liberdade nas pequenas coisas, desde a escolha de suas próprias roupas ate a definição de qual será seu estilo.

A família, por sua vez, pode atuar como fator de risco ou protetor para o uso de substancias psicoativo. Filhos de dependentes de drogas apresentam um risco maior de se torna dependente, mas o desenvolvimento da dependência ira depender de: aspectos genéticos e características de personalidade.

O uso de drogas inicia-se através de substancias como o cigarro acompanhado de bebidas alcoólicas.

O álcool, a maconha e o tabaco, são as três drogas mais populares entre os adolescentes, às vezes, são chamadas de drogas de porta de entrada, pois seu uso costuma levar ao uso de substâncias mais aditivas, como a cocaína ou a heroína (Gerstein e Green, 1993).

Os adolescentes fumam por pressão dos iguais, por curiosidade, por imitação, como manifestação de independência, rebelião, ou com a intenção de fazer uma "figura importante" e consomem álcool porque "todo mundo bebe", "eu gosto, é divertido", "ajuda-me a relaxar", "tira-me a timidez", "estou mal, serve-me para escapar do sofrimento", "por que não, além do mais nem bebo tanto". O álcool contido em variáveis quantidades em bebidas, é a droga de maior uso, promovendo as mais graves consequências para a saúde pública.

Alguns adolescentes se refugiam no álcool, escapando da responsabilidade de crescer e amadurecer, e sua vida se complicam pelo comportamento impulsivo e agressivo, levando o indivíduo ao suicídio.

O USO DE DROGAS E AS RELAÇOES FAMILIARES

Quando o uso da droga se torna frequente, a pessoa deixa de sentir prazer em outros aspectos da vida, como o convívio com parentes e amigos. Toda a dinâmica familiar e social é afetada por esse comportamento, fragilizando os relacionamentos. Determinada fragilidade não tem nada a ver com maus tratos e nem com falta de amor, mas sim, pela falta de tempo dos pais para se dedicarem a conversar e estreitar os laços com os filhos e esse fato faz com que os mesmos procurem amizades que os levam a usar drogas ou ter comportamentos que não condizem com a vontade dos pais. O convívio, o amor e a atenção dos familiares, são indispensáveis para que os adolescentes se mantenham afastados das drogas.

É normal se ouvir, que a educação vem de berço, por conseguinte é necessário compreender que a educação não começa somente após a criança aprender falar, e sim desde o momento em que nasce, pois mesmo que estas não saibam manifestar ou expressar de forma clara os seus sentimentos, já é possível perceber os sinais de inteligência, desde os primeiros meses de vida.

A família é um agente fundamental na formação do ser humano, tendo um trabalho primordial, o de transformar uma criança imatura em cidadão maduro, participativo, atuante e consciente de seus deveres e direitos, pois para que este ser em desenvolvimento seja futuramente um cidadão com essas qualidades, ele deve espelhar-se em indivíduos que também retenham esses predicados.

Tudo que os pais fazem desperta certa curiosidade na criança, ou seja, os filhos espelham-se nos pais, de modo que os pais devem ter condutas e atitudes que os filhos possam seguir sem ter o seu futuro comprometido. Nessa expectativa, a família deve aproveitar ao máximo as possibilidades de estreitamento de relações, porque o ajuste entre ambas e a união de esforços para a educação das crianças e adolescentes deve ser considerado como elemento facilitador de aprendizagens e de formação pessoal.

Alguns pais, ao descobrirem que o filho adolescente está usando drogas, tendem a se sentirem culpados, questionando-se onde erraram na educação do filho, o motivo de tal fato estar acontecendo com eles já que nunca deixaram faltar nada em casa. Outros pais buscam a internação de seus filhos esperando um método de cura imediata. Há alguns que recebem a notícia acusando o grupo social a qual o filho pertence, revoltando-se e de tais revoltas veem as agressões físicas e verbais.

A droga aparece como um atrativo para o adolescente que pode estar vivenciando uma relação conflituosa com a família, ou estar sofrendo influência da própria família ou do grupo de amigos. Quando a droga surge, os conflitos sofridos na adolescência se atenuam e são sentidos na família, causando um abalo na estrutura familiar. (Caldeira, 1999, p. 6).

São nesses momentos que o grupo de amigos passa a ter bastante importância na vida do jovem, o qual se constitui um espaço de semelhantes, onde se discute o mesmo assunto, enfim, um espaço em que eles se encontram e se entendem. De acordo com os autores utilizados no decorrer deste estudo, a adolescência é uma fase de constantes curiosidades, onde o jovem sente vontade de experimentar coisas novas, de conhecer o mundo. E é nesse desejo por experimentar que ele vai ao encontro das drogas.

A família quase sempre não está preparada para a situação, está desestruturada, cansada, chegaram à exaustão física e psíquica, porém sabem que ainda é preciso lutar. Os familiares sabem que são eles que ainda representam o porto seguro daquela pessoa e que precisam estar ali presente e ativos na sua recuperação. É a família quem primeiro encoraja o usuário

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