Gripe Aviária

...

virais e as células do hospedeiro poderia promover a adaptação necessária do vírus à espécie humana sem que seja necessário o processo de SHIFT.

Estes eventos ocorrem ao acaso e, por isso, não podem ser previstos.

2) O desenvolvimento de uma vacina é difícil porque para que ela seja eficaz, ela deve ser específica para a cepa circulante, ou seja, deve existir compatibilidade entre o vírus e a vacina. Desta forma, ela só pode ser criada quando as infecções já estiverem surgindo e depois que o vírus for isolado. Deste ponto até a criação da vacina, são necessários, em média, 6 meses. Assim, a contenção da variante emergente do vírus torna-se pouco ou nada eficiente. Soma-se a isso o fato de que as cepas virais de influenza, devido as suas características genéticas, são altamente mutáveis e, portanto, a previsão de uma nova variante para a tomada de medidas preventivas torna-se impossível.

3) O vírus da gripe suína, que agora foi elevado ao nível 6, ou seja, é reconhecidamente pandêmico, é um vírus da mesma espécie do vírus da gripe aviária: Influenza A vírus. As diferenças estão nos subtipos de HA e neuraminidase (NA) e a origem de seus genes. O vírus da gripe suína possui uma HA tipo 1 e uma NA também 1, de forma que ele é denominado H1N1. Além disso, seus genes são originados de vírus com afinidades por diferentes espécies. Eles são formados por uma porcentagem genética de vírus aviário, uma de vírus humano e predominantemente por vírus suíno. Ao contrário do H5N1, também, este vírus é somente transmissível entre humanos, o que determinou a sua rápida disseminação global, porém a sua virulência é pelo menos 10 vezes menor que a do H5N1. Estas características podem mudar a qualquer momento devido a grande plasticidade desta espécie de vírus.

4) Diferentemente de outros vírus de RNA polaridade negativa, que carregam sua própria RNA polimerase – RNA dependente, porque não são capazes de dar início à síntese de proteínas sem antes sintetizar um RNAm que é complementar ao que eles carregam, os Influenzavirus replicam e transcrevem o seu material genético no núcleo da célula hospedeira e não no citosol.