EICHMANN EM JERUSALEM
Por: Hugo.bassi • 16/4/2018 • 2.258 Palavras (10 Páginas) • 263 Visualizações
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Com a entrada da União da República Socialista Soviética na Segunda Guerra contra os alemães ficou clara a ideia de eliminar os judeus, comunistas e os indesejados. Mas esse plano terrível só estava sobre a compreensão real dos altos cargos do Terceiro Reich e as ordens só foram repassadas, inclusive para setor onde o réu trabalhava. Sendo que essas ordens não eram claras, utilizavam a expressão ´´Solução Final´´ em vez que o extermínio e como já foi dito o réu tinha uma fraca compreensão de realidade. O fato de não participar diretamente do extermínio, mas conhecia o destino que as pessoas que esse transferisse iam sofrer e nada fez. A prova que o réu sabia dos planos foi que esse participava como secretário da Conferencia dos Subsecretários de Estado (reuniões onde foram decretadas as regras de extermínio).
Utilização das câmaras de gases era vista pela população e pelos comandantes como um ato de misericordiosa. Durante o inicio da guerra os doentes estavam também sofrendo com esses tipos de misericórdia e que também era aplicado em soldados feridos na guerra. Assim como o réu - que tinha uma compreensão muito fraca da realidade - também aderiu a esse tipo de ato. Para esse tinha sido misericordioso e alegou que nunca tinha matado nenhum judeu com suas próprias mãos.
Citando a vasta filosofia de Kant (princípios crítica da razão pura), Hannah Arendt se argumenta de forma sintética o modelo de pensamento do filosofo de que os homens devem seguir cegamente as leis – que todo o homem é um legislador – e age usando a razão prática (utilizando os princípios das leis). Esse positivismo invisual que a lei deve ser cumprida – sem nenhum mal algum seria proporcionado às vidas humanas – eram imorais e foram interpretados de forma errada. Por causa de pensamentos objetivos, muito judeus foram assassinatos por causa da vontade da autoridade máxima (o Estado ou podemos dizer do próprio Hitler). Os judeus sofreram e foram mortos durante todo o período da Guerra, de formas diretas e indiretas pelos alemães.
Hannah Arendt em sua obra cita também alguns acontecimentos de fatos históricos, como as diversas deportações de judeus e invejáveis na Alemanha e país sobre a influência alemã. Como já foi dito Eichmann era responsável nas áreas de deportações e emigrações de judeus – ordens das no período de Conferência de Wannsee – que viviam no território do Reich. A eficiência do réu em sua função era tão notória que em 1943, foi determinado no Terceiro Reich jurenrein (livres de judeus).
Apesar de a Alemanha ter deportado judeus dos seus territórios, países que estavam sobre influencia alemã aderiram a essa crueldade. Na obra, Hannah Arendt explica detalhamento e cita exemplos desses fatos históricos. Os judeus que foram deportados para o Leste, na verdade não estavam sendo emigrados para outro território que os desejassem e sim para um ´´matadouro´´ e para escravidão humana (muitos foram obrigados de trabalhar em fábricas e fazenda durante a guerra). Além que devemos ressaltar que os alemães não foram os únicos que deportaram os judeus, porém foram os únicos que levaram a culpa e fama de maus. Alguns países, suas autoridades locais simplesmente aceitaram e aderiram à efetivação de emigração dos povos judaicos.
Podemos ver que essa banalidade do mal se espalhou em toda Europa influenciada pelos alemães (anti-semitas). Os países Bálcãs (Iugoslávia, Bulgária, Grécia e Romênia) deve influencia no quesito das deportações judaicas pelo a formação dos seus Estados. Esses que possuíam vários tipos de populações (etnias e raças) tiveram sua formação de fronteiras definidas por países ´´vencedores´´ da Primeira Grande Guerra Mundial. Todos esses países apoiaram os ideais nazistas, a autora especifica como foi a saudação a Alemanha em cada um na sua obra. Como por exemplo, na Iugoslávia e na região que formaria a Croácia nos dias atuais, interessadas pelos benefícios (territórios) oferecidos pelos nazistas, incorporaram paradigmas desejados pelos nazistas (deportações e assassinatos em massa do povo judeu). Por outro lado, outro país seguiu outro modelo, como na Bulgária que forçava por leis locais de conversão ao cristianismo. Na obra, autora demostra outros exemplos de países que tiveram essa influência anti-semita e descreve os fatos históricos que proporcionaram a aderir aos regimes semelhantes nazistas e suas decisões moralmente contraditórias ao os povos judaicos.
Hannah Arendt faz uma longa dissertação sobre o Leste Europeu. O leste era o local se concentrava a maior parte do povo judaico que foram emigrados, com a finalidade desses terem a ´´Solução Final´´. Esse local era perfeito para esconder e para a realização dos extermínios em massa. Como o réu era responsável pela transportação dos judeus e logicamente esses foram enviados para o Leste (onde tinham os campos de extermínios e logo eram assassinatos) ficou claro diante dos juízes que Eichmann era culpado e responsável.
No julgamento do Tribunal de Jerusalém, Hannah Arendt destaca dois depoimentos de testemunhas no julgamento de Eichmann. Iniciou com a Zindel Grynszpan articula durante pouco tempo sobre sua trágica emigração com a família e outras para pessoas em direção da Polônia. Outra que se destacou foi Abba Kovner que narrou toda a história da Guerra – descreveu até o exército Alemão – e contou a história de um sargento.
Retomando a história do réu durante o período nazista, Eichmaan recebeu uma última ordem dos seus superiores que era levar alguns judeus para Áustria para servirem como troca. Depois Eichmann e seus homens – que os comandavam – se rederam e foram feitos prisioneiros. Porém com a ajuda de um padre franciscano e da ODESSA conseguiu fugir para Argentina. Onde foi capturado e levado ao Tribunal em Jerusalém.
Perante todos os fatos, as inacabáveis provas do holocausto a decisão final do julgamento foi a condenação de Eichmann a morte por enforcamento. A autora defende o réu – apesar de ela ser uma alemã judia e ter sofrido nesse período – dialogando que não tinha provas concretas que o réu tinha cometido homicídio algum judeu. Critica o fato que não foi comprovado de que ele ajudou na organização dos planos nazistas no extermínio e pelo fato que seu advogado de defesa nem seque estava em Israel para defendê-lo de forma correta e eficiente.
Acabando a obra, Hannah Arendt afirma que Adolf Eichmann passou cegamente obedecer às ordens que lhe foram passadas pelos superiores. Portanto apoiou o sistema positivista do Estado e com isso realizou atos indiretamente ao direito a vida humana (seria correto para as pessoas
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