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Microeconomia I - Economias de escala e escopo

Por:   •  23/10/2018  •  1.526 Palavras (7 Páginas)  •  491 Visualizações

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Economias geométricas (relacionada ao tamanho da planta): quanto maior a capacidade do equipamento, menores serão os custos de aquisição associados, o produto é proporcional ao volume da unidade enquanto que o custo é proporcional à área de superfície da unidade;

Leis dos grandes números: quanto maior a planta, menores, proporcionalmente serão o tamanho da equipe de manutenção, o número de peças de reposição, etc.

- Economias dinâmicas x Economias estáticas

As observações acerca da CMeLP estática consideradas desprezam o papel do tempo no processo produtivo. Quando o tempo é considerado, passa a fazer sentido pensar nas economias de escala dinâmicas, que tem duas fontes principais:

Economias de reinício – alguns equipamentos realizam diferentes tarefas, mas para alternar entre elas é necessário seu reinício e, consequentemente, nova regulagem. Dessa forma, quanto maior a escala produtiva da firma maior será a quantidade de maquinário e uma menor quantidade desses deverá ser reiniciada, já que poderão ser divididos por funções a serem realizadas;

Economias de aprendizado – tentativa e erro, os custos iniciais em geral são mais altos; conforme a produção aumenta, os trabalhadores se tornam mais rápidos. A primeira empresa a se mover terá vantagens sobre as seguidoras em função das economias de aprendizado.

- Economias de escopo

Decorre do fato de a empresa passar a produzir mais de uma mercadoria. Acontece quando o custo unitário de produzir A separado de B é mais alto que o de produzir A e B conjuntamente. Portanto as empresas conseguem reduzir custos médios com a diversificação de produtos.

Fontes de economias de escopo:

Existência de fatores comuns – quando a produção de um bem requer um fator de produção que só se compra uma única vez, tal como um gerador elétrico, que fica disponível para utilização na produção de outros bens;

Existência de reserva de capacidade – quando a produção de dois bens compartilha a mesma capacidade produtiva e há capacidade ociosa na produção de um produto, esse tempo pode ser utilizado na produção do segundo;

Complementaridades tecnológicas e comerciais – é um tipo de posição que permite sinergia entre a produção de diferentes bens, já que são produzidos sob a mesma base tecnológica, ou com os mesmos insumos ou ainda são direcionados a um mesmo público.

- Economias ao nível da multiplanta

Foi discutido até aqui o caso de empresas que operam numa única planta produtiva, mas em geral encontram-se grandes empresas operando com várias unidades produtivas, seja regionalmente ou globalmente.

Existem quatro explicações principais para divisão na produção:

Economia da duplicação – cada planta é construída para determinada escala; acréscimos de capacidade podem ser feitos até certo ponto;

Custo de transporte – diminuição dos custos de transporte em mercados geográficos dispersos;

Alcance de especialização ao nível das multiplantas – quando a operação de uma firma em diferentes mercados a partir do sistema multiplanta pode diminuir o risco de operar nesses diferentes mercados dadas as variações na demanda, com cada uma das plantas produzindo um único produto;

Flexibilização da operação: não se preocupa com a especialização de cada firma, e sim com a volatilidade das demandas para as diferentes firmas que produzem diferentes produtos;

- Deseconomias de escala

Em geral, existem dois fatores principais que podem gerar deseconomias de escala: custos de transporte – os custos de transporte podem afetar diretamente a empresa conforme o tamanho da produção, quanto maior a produção mais clientes tem de ser alcançados, aumentando os custos da firma de transporte por unidade vendida; deseconomias gerenciais – seriam causadas pela incapacidade de gerenciamento da capacidade produtiva a partir de determinado nível (falta de capital humano ou esgotamento do existente PMgN).

- Debate empírico sobre as curvas de CMeLP

Estudos baseados nos custos de engenharia: relaciona as relações técnicas entre insumos e nível de produção a partir da função de produção. O resultado encontrado foi de uma EME muito pequena em relação ao mercado, e de uma CMeLP com uma inclinação baixa no trecho decrescente;

Estudos baseados em análises estatísticas: regressão múltipla. Para setores de monopólio natural foram encontrados elevados níveis de EME. Para indústria de transformação, uma CMeLP no formato de L, com economias de escala para um nível reduzido de produção, e custos constantes para uma produção maior;

Estudos baseados na técnica do sobrevivente: analisa diferentes pontos no tempo a evolução das empresas que sobreviveram ao mercado, objetivando estimar as curvas de custo médio delas.

- Conclusão

Os pontos levantados são relevantes em razão da importância

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