Análise sobre a história da economia mundial

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A teoria Keynesiana

Como o próprio nome da teoria sugere, o pai deste período foi John Maynard Keynes, com a publicação da obra A teoria geral do emprego, do juro e da moeda em 1936, o que deu início a Revolução Keynesiana. Ao contrário do período neoclássico, desta vez o foco foi na macroeconomia.

Ao longo de sua obra, Keynes propôs meios para que a economia da época saísse da dada crise (período de 1930), também chamada de depressão, que já durava alguns anos. Ao contrário do que vinha sendo proposto anteriormente em relação sobre a intervenção do Estado na economia, Keynes sugeriu então uma maior intervenção, via gasto público. Tais medidas foram implementadas e o resultado foi estrondoso, o que abriu portas para a utilização da teoria econômica para o bem coletivo.

Outros nomes que podem ser citados, por terem feito importantes ligações entre teorias antigas e recentes, foram Alvin Hansen e John Richard Hicks, que mesclaram a teoria neoclássica com a teoria keynesiana, gerando a chamada Análise IS-LM (Investmente Saving – Liquidity Money).

Nos anos seguintes a matemática estatística entrou como importante ferramenta para formalizar a avançar os estudos sobre economia.

Desdobramentos recentes

A obra de Keynes foi tão impactante que até os dias de hoje ela ainda é debatida. Existem quatro principais frentes de ideia que atualmente divergem em suas generalidades: os novos clássicos, os economistas do lado da oferta, os novos keynesianos e os pós-keynesianos.

Os novos clássicos, que possuem como base os economistas Thomas Sargent e Robert Lucas, seguem quase completamente o monetarismo, este que diz que deve haver baixo controle Estatal e alto controle da moeda. O que difere este novo modelo é que é levado em conta as expectativas racionais dos agentes, esta que seria a capacidade de prever anular efeitos negativos da economia dado a experiência de mercado destes indivíduos.

Os novos Keynesianos tem como frente o economista James Tobin. Esta frente defende um maior grau de intervenção Estatal e políticas fiscais mais ativas.

Joan Robinson é a principal figura dos pós-keynesianos. Este grupo explorou outros efeitos da obra de Keynes como a especulação financeira. A ideia desta frente é retornar a obra de Keynes e reinterpreta-la, pois estes consideram incorreta a leitura IS-LM que ocorreu após Keynes.

Os economistas da teoria dos ciclos econômicos reais, ou como dito anteriormente, do lado da oferta, destacam a função das divergências de oferta e como afetam as flutuações econômicas. Este grupo é bem representado por Edward Prescott.

Em termos de debate de macroeconomia, a grande discussão não se alterou muito desde a época Keynes, pois as maiores divergências entre os grupos continuam sendo sobre a intervenção Estatal ou não.

Já a microeconomia vem sendo debatida em duas vanguardas que buscam aproximá-la da economia de mercado real. Uma vertente, que se origina dos estudos neoclássicos, afirma que as empresas podem sim alterar variáveis que lhes interessam e assim adotam um posicionamento mais estratégico. A outra vertente propõe uma versão mais tradicional da concorrência (porém mais crítica) que diz que as empresas tomam os preços do mercado para maximizar seu lucro.

Atualmente a economia de modo geral tem sido marcada por três aspectos novos que, de maneira geral, vieram pela bagagem de anos de estudo e aplicação, não só na área de economia (mas também, por exemplo, na área de ciência e tecnologia). O primeiro dos três aspectos é o fator de que já é de conhecimento mais amplo as limitações das teorias econômicas. Outro aspecto é a carga empírica acumulada durante os anos de estudo. Por fim, podemos considerar a consolidação e avanço das experiências passadas.

Como dito anteriormente, avanços tecnológicos também colaboraram para a economia de modo geral, visto que por meio da informática é possível, hoje em dia, processar enormes quantias de dados com precisão. Também por colaboração da globalização aliada a informática (internet, por exemplo), atualmente é possível acessar bancos de dados econômicos em qualquer parte do mundo, a qualquer momento, o que proporciona aprimoramentos constantes em teorias já existentes e o surgimento de novos estudos.

No geral, mediante a todas as discussões, utilização de teorias velhas e criação de novas, a economia cresceu e avançou e além disso, hoje se preocupa com fatores que não eram considerados antes, como bem-estar humano e melhorias no padrão de vida.