Paráfrase
Por: SonSolimar • 20/4/2018 • 987 Palavras (4 Páginas) • 281 Visualizações
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Ainda nesta luta pela retomada do espaço urbano surge como meta dos protestos contra a tarifa, também se concretiza como tática, na ação dos manifestantes, que se alocam nas ruas estabelecendo suas metas. Sabendo que o bloqueio de um cruzamento compromete todo o deslocamento, a população põe-se contra si um sistema de transporte desordenado, assim priorizando o translado individual e as deixa a beira de um chilique. Nesse processo as pessoas assumem coletivamente a direção da organização se deu próprio dia a dia. É assim na tomada direta da população sobre suas vidas que se dá a verdadeira gerencia popular.
Foi isso que praticamente ocorreu em São Paulo em junho de dois mil e treze, o povo tomando as ruas, evitando o aumento de vinte centavos na passagem, o mesmo ocorreu em Florianópolis e em Salvador. Utilizando a mesmas experiências destas cidades, se repetiu nas revoltas de Vitória dois mil e seis, Teresina dois mil e onze, Aracaju e Natal dois mil e doze, Porto Alegre e Goiânia início de dois mil e treze. No ano de dois mil e doze os usuários foram mais além, indignados com as irregularidades dos trens, badernaram as estações, queimaram bilheterias, quebraram câmeras de segurança e catracas, onde viajaram de graça até o dia seguinte.
As mobilizações foram muito mais além que o MPL, eclodiram, por vezes em regiões onde nunca antes tivesse havido atividades do movimento.
A organização descontrolada da luta é um teste para uma outra organização do transporte. Nos mais diversos cantos do Brasil, vivenciou a pratica da tomada populacional. As manifestações em São Paulo, que foram a todos os extremos da cidade, superaram todas as condições de controle, no mesmo momento transformando a cidade em um grande fervor de experiências sociais e autônomas. A ação imediata dos trabalhadores sobre o transporte, entre outros não pode ser apenas uma meta longínqua, mas sim vivida cada dia de suas vidas, nos debates e discussões. “O caminho se confunde com esse próprio caminhar, que não começou em Salvador, e não vai terminar em São Paulo”.
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