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Custeio Variavel

Por:   •  7/4/2018  •  1.293 Palavras (6 Páginas)  •  337 Visualizações

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Ainda segundo Moura (2005), as desvantagens proporcionadas pelo custeio variável são bem aplicadas em problemas cujas soluções são de curto alcance no tempo. Para obter soluções de longo prazo, normalmente as informações do custeio variável não são recomendadas. O trabalho de análise das despesas e custos em fixos e variáveis é dispendioso e demorado. Sempre deverão ser feitos estudos de custos x benefícios. Outra desvantagem é que os resultados do custeio variável não são aceitos para a preparação de demonstrações contábeis de uso externo.

3.2. Razões do não uso do custeio variável nos balanços

Segundo Martins (2003), o Custeio Variável de fato fere os Princípios Contábeis, principalmente o Regime de Competência e a Confrontação. Devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifícios envolvidos para sua obtenção. Ora, se produzimos hoje, incorremos hoje em custos que são sacrifícios para a obtenção das receitas derivadas das vendas dos produtos feitos, e essas vendas poderão em parte vir amanhã. Não seria, dentro desse raciocínio, muito correto jogar todos os custos fixos contra as vendas de hoje, se parte dos produtos feitos só será vendida amanhã; deve então também ficar para amanhã uma parcela dos custos, quer variáveis, quer fixos, relativos a tais produtos.

Mas essa não aceitação do Custeio Variável não impede que a empresa o utilize para efeito interno, ou mesmo que o formalize completamente na Contabilidade durante o período todo. Basta, no final, fazer um lançamento de ajuste para que fique tudo amoldado aos critérios exigidos. Nem a Auditoria Externa nem a legislação fiscal impedem a adoção de critérios durante o período diferentes dos adotados nas demonstrações contábeis de final de período. A Consistência é obrigatória entre as demonstrações de fim de cada período.

3.3. ABC e Custeio Variável

Para Martins (2003), a grande crítica ao uso do ABC está no problema do rateio dos custos fixos. O ABC, ao rastrear custos por meio de direcionadores, reflete uma relação mais verdadeira, obtida mediante estudos e pesquisas, entre os quais a análise de regressão. Além disso, do ponto de vista de uma análise de custos mais estratégica, de longo prazo, é extremamente discutível a classificação de um custo como fixo ou variável.

Todavia, é necessário lembrar que é absolutamente possível viável e mesmo necessário ter a aplicação do ABC também dentro do conceito do Custeio Variável; ou seja, não existe nenhuma dificuldade maior, impossibilidade ou razão conceitual adversa para que se tenha a totalidade dos custos e despesas apurados pelo ABC completamente segregados em fixos e variáveis.

Assim, com inteligência pode-se aproveitar do lado bom dos dois extremos: apropriação só dos custos e despesas variáveis (Custeio Variável) e apropriação de todos os custos e despesas da empresa que sejam rastreáveis através de direcionadores (ABC, neste caso).

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4. CONCLUSÃO

Conclui-se que o custeio variável parte do pressuposto de que os custos fixos são difíceis de serem alocados aos produtos sendo assim, devem ir diretamente para o resultado. Portanto, este sistema só considera como custo do produto os custos variáveis utilizados no processo, pois esses custos independem do volume de produção. Uma de suas vantagens é a utilização na empresa para responder alguns questionamentos e levar a processos decisórios, e dele podem ser tiradas as margens de contribuições, porém só pode ser usado em um curto período de tempo. E uma de suas desvantagens é não ser recomendado para o balanço da empresa, pois devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifícios envolvidos para a sua produção.

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5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

BEUREN, Ilse Maria; SOUSA, Marco Aurélio Batista; RAUPP, Fabiano Maury. Um Estudo Sobre a Utilização de Sistemas de Custeio em Empresas Brasileiras. Florianópolis: Congresso Internacional de Custos, 2003.

FILHO, João Edson Ferreira de Queiroz. Contabilidade de Custos e Formação de Preço. Ceara: CRC, out. 2008.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MOURA, Herval da Silva. O Custeio por Absorção e o Custeio Variável: Qual seria o melhor método a ser adotado pela empresa?. Feira de Santana, n 23, p. 129-142, jan/jun. 2005.

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