TQC - Controle total da qualidade
Por: Salezio.Francisco • 7/10/2018 • 5.674 Palavras (23 Páginas) • 416 Visualizações
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Pode-se dizer que o TQC tem, segundo Falconi (2004, p. 11-16), por objetivo fim unificar controle total e qualidade total dentro de uma organização. Busca também a obtenção de lucros, não apenas para manter a mesma, mas de maneira a permitir o aperfeiçoamento de produtos ou serviços, proporcionando rendimentos aos acionistas e gerar expansão, criando novas atividades e atingindo um número cada vez melhor de vendas ou de contratação de seus serviços.
1.2 Principais Autores
1.2.1 William Edwards Deming
Descrito por Carvalho e Paladini (2012, p. 12), Deming é natural dos Estados Unidos, nascido em 1900, tratado como o pai da qualidade no Japão, em reconhecimento ao seu desempenho durante o período pós-guerra, entre os anos de 1947 e 1950, onde o país passava por uma reconstrução. Formado pela Universidade de Yale, em engenharia elétrica com doutorado em matemática e física, tem o foco na melhoria contínua. Deming enxergava a qualidade como atendimento as necessidades dos clientes, ou seja, somente o cliente pode dizer se há qualidade.
Segundo uma de suas definições de qualidade, conforme dizem Carvalho e Paladini (2012, p. 12): “Qualidade é a satisfação das necessidades do cliente em primeiro lugar”.
Ainda por Carvalho e Paladini (2012, p. 12), Deming foi discípulo de Shewhart, que é conhecido como o pai do controle de qualidade, foi o responsável pelo desenvolvimento dos gráficos de controle e estabeleceu o Plan, Do, Check, Action ou Adjust (PDCA), aprimorado por Deming com técnicas de gerenciamento da qualidade. Logo depois, o mesmo criou um programa composto por 14 pontos com explanações para a mudança organizacional com destaque na liderança e na contribuição de todos da organização.
1.2.2 Joseph M. Juran
Juran, como relatam Carvalho e Paladini (2012, p. 13), nasceu na Romênia em 1904, graduado em engenharia e direitos nos Estados Unidos, deu início a sua carreira no departamento de estatística da Western Eletric, Ocidental Elétrica. Assim como Deming, teve grande participação em várias eras da qualidade no Japão durante o período pós-guerra, isso o levou a um arremesso mundial. Juran define a qualidade como um ajuste exato ao uso e a ausência de imperfeições. Algumas das definições de qualidade, descritas por Juran são, “Qualidade é uma barreira de proteção à vida e Qualidade é adequação ao uso”.
Juran contribuiu, ainda por Carvalho e Paladini (2012, p. 13), na elevação da qualidade do campo operacional para o estratégico. Foi ele quem deu início ao questionamento dos custos da qualidade através da trilogia da qualidade: planejamento, controle e aperfeiçoamento. O planejamento garante o aprimoramento das metas por meio do estabelecimento de objetivos e planos de ações. O controle avalia o desempenho operacional e compara os objetivos com o resultado do desempenho exercido. O aperfeiçoamento busca a melhoria da qualidade atingindo níveis de desempenho posterior.
1.2.3 Armand V. Feigenbaum
De acordo com Carvalho e Paladini (2012, p. 14), Feigenbaum nasceu nos Estados Unidos em 1922 e foi no Massachusetts Institute of Technology (MIT) [3]que ele se formou em engenharia com doutorado em ciências. Tornou-se renomado por desenvolver o sistema TQC, nome dado ao seu livro publicado em 1951, onde relata que a qualidade é um sistema de responsabilidade coletiva, envolvendo todas as áreas da empresa priorizando a satisfação total do cliente, dando ao consumidor o poder de definir a qualidade.
Segundo uma das definições de Feigenbaum, conforme relatam Carvalho e Paladini (2012, p. 14), “qualidade é a composição total das características de marketing, projeto, produção e manutenção dos bens e serviços, através dos quais os produtos atenderão às expectativas do cliente”. Segundo ele, o TQC é um sistema que controla as atividades em todas as fases do produto, desde o início do projeto até a entrega ao cliente, buscando economia nos produtos e serviços, ao mesmo tempo garantindo a satisfação do consumidor.
1.2.4 Philip B. Crosby
Crosby nasceu, conta Carvalho e Paladini (2012, p. 15), nos Estados Unidos em 1926, e formado em engenharia. Em 1957, iniciou o programa Zero Defeito que teve grande popularidade tanto em empresas como na fabricação de mísseis em 1961. Depois, já como consultor em 1979, montou a Philip Crosby Associates. Para Crosby a qualidade é a conformidade com as exigências, com perspectiva na fabricação.
Segundo uma das definições de Crosby, para Carvalho e Paladini (2012, p. 15), “qualidade é conformidade às especificações”. Segundo Crosby, o programa Zero Defeito da ênfase no esforço de fazer certo na primeira vez. Porém, o programa foi criticado por considerar que a qualidade é de responsabilidade dos operários, sem cogitar demais problemas que afetam a qualidade, como: falta de matéria-prima, falhas no projeto ou equipamentos e outros. Semelhante a Deming, Crosby apregoou o programa 14 pontos, além de publicar vários livros como, Quality is Free de 1979 e Quality is Still Free de 1996.
1.2.5 Kaoru Ishikawa
Ishikawa, conforme descrevem Carvalho e Paladini (2012, p. 16), nasceu no Japão em 1915, graduado em química aplicada pela Universidade de Tóquio. Doutorando-se em 1960 tornou se professor e consultor de empresas. Com a criação do Company Wire Quality Control (CWQC) Controle de Qualidade da Empresa, teve grande contribuição no TQC, tendo sua obra considerada como um alicerce conceitual para o modelo japonês.
Para Ishikawa, Segundo Carvalho e Paladini (2012, p. 16), qualidade significa produtos e serviços econômicos, mas úteis e sempre satisfatórios ao consumidor. Sua definição abrange os enfoques fundamentados no cliente e no valor do produto ou serviço. Segundo uma das definições de qualidade de Ishikawa, “qualidade é satisfazer radicalmente ao cliente, para ser agressivamente competitivo”.
Ishikawa também foi, segundo o autor, importante na propagação de várias ferramentas, com destaque nas sete ferramentas da qualidade, já citadas nesse capítulo. O mesmo dá ênfase ao treinamento, visando à qualidade como algo ligado ao trabalho, desta maneira, busca desenvolver o trabalhador, levando-o a atingir a delegação de tarefas e autodomínio.
1.3 As Sete Ferramentas Básicas da Qualidade
As sete ferramentas básicas da qualidade são, segundo Lobo (2010, p. 24-38), técnicas
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