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CCQ - circulo de controle da qualidade

Por:   •  26/2/2018  •  3.179 Palavras (13 Páginas)  •  395 Visualizações

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O aspecto objetivo, dimensível da Qualidade, é o processo. É por meio dele que se pode disseminar sistemas como o da ISO-9000, por exemplo. Isto pode ser aplicado desde a fabricação de um veículo até a elaboração de uma refeição (ESPUNY, 2008).

Juran (1997, s.p) afirma que “o controle do processo consiste em avaliar o desempenho real do processo, comparar o desempenho real com as metas de qualidade e tomar providências a respeito das diferenças”.

Para que o processo obtenha êxito é preciso que também exista um controle de qualidade sobre ele, onde o resultado final do produto satisfaça as necessidades dos clientes.

3 Controle de Qualidade

“O controle de qualidade total é um novo modelo gerencial centrado no controle do processo, tendo como meta a satisfação das necessidades das pessoas” (CAMPOS, 1992, p.41). É garantir a qualidade do produto, tanto para o cliente externo quanto para o interno.

Campos (1991) afirma que praticar conscientemente o controle da qualidade por todos os colaboradores de uma empresa, assumindo responsabilidades, autoridade, é a base e a sustentação do TQC.

O controle da qualidade aborda 3 objetivos:

a) planejar a qualidade desejada pelos clientes;

b) manter a qualidade desejada pelos clientes e

c) melhorar a qualidade desejada pelo cliente.

A importância de um sistema de gestão de qualidade nas empresas e de seus produtos se sobressai como fator estratégico para o desempenho do processo produtivo e os projetos começam a ser vistos como investimento, cujos retornos se darão na maior eficiência da produção e na melhor qualidade dos produtos gerados (FABRÍCIO; MELHADO, 1998).

É preciso se pensar em uma gestão de qualidade de forma sistêmica, onde o conhecimento das partes, interfere diretamente no conhecimento do todo, trazendo então uma melhor relação entre colaboradores (OLIVEIRA, 2006).

Para que esses processos e projetos se concretizem são utilizadas ferramentas muito importantes como o Brainstorming e o Ciclo PDCA.

“O brainstorming é uma técnica usada para gerar idéias rapidamente e em quantidade e pode ser empregada em várias situações” (OAKLAND, 1994, p. 227).

Pessoas de um grupo, uma de cada vez, são convidadas a expor ideais referentes a um problema especifico, todos agindo em igualdade de princípios, com o objetivo de identificar as causas para solucionar os problemas (OKLAND, 1994).

O ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action) é o método da qualidade que busca melhorar os resultados, procurando os motivos que deram origem a um problema e uma ação para resolver esses problemas. Mostra como uma ação deve ser realizada e o que deve ser feito para que os objetivos sejam alcançados.

Todos na empresa utilizam o Ciclo PDCA da seguinte maneira: os operadores o utilizam mais profundamente na manutenção onde seu trabalho é de cumprimento de padrões, e o utilizam nas melhorias quando participam dos Círculos de Controle de Qualidade. A forma de sucesso para conquistar melhorias contínuas nos processos é o de conjugar os dois tipos de gerenciamento: manutenção e melhorias (CAMPOS, 1992).

Com a globalização da economia, junto com o código de defesa do consumidor, faz com que as empresas se sintam desafiadas diante dos novos padrões de qualidade e produtividade, no mercado super competitivo.

Assim, a solução para estes desafios poderá ser encontrada nos CCQs, integrando os funcionários à empresa, num espírito de parceria (SATO, 2012).

- CCQ - Círculos de Controle de Qualidade

Os Círculos de Controles de Qualidade foram criados por volta de 1962 pelo Professor Kaoru Ishikawa, como resultado de uma transformação da qualidade na indústria japonesa, e os conseqüentes contatos entre as universidades e os operadores de fábricas.

No Brasil, o movimento iniciou em 1972, nos setores de qualidade e produção da Johnson & Johnson, por causa da necessidade de um programa motivacional de apoio a qualidade, após a mudança da fábrica de São Paulo para a cidade de São José dos Campos. Até o começo de 1981, já eram 100 empresas que introduziram os CCQs (SATO, 2012).

Sato (2012) define o Círculo de Controle de Qualidade como sendo um grupo voluntário de funcionários pertencentes ou não à mesma área de trabalho, treinados igualmente, com mesma filosofia e objetivos, e que procuram melhorar o desempenho, reduzir os custos, aumentar a eficiência, etc, principalmente no que se diz respeito à qualidade dos seus produtos ou de seu trabalho.

Através dos grupos CCQ é possível aos operadores exercerem o “controle”, propondo alterações aos procedimentos-padrão-de-operação através do “método de solução de problemas”, seguindo a prática do Gerenciamento da Rotina.

“Os “CCQ são a finalização, o acabamento” do TQC e parte inseparável deste. Não existe TQC sem CCQ” (ISHIKAWA, 1985, s.p).

No CCQ cada um chega de um jeito e você não pode escolher o participante e nem tentar moldá-lo. O mais hábil vai ajudando a potencializar os menos hábeis e o resultado final deve ser de harmonia. Mas isto não ocorre por acaso. É através de um método conduzido por quem conhece bem os seus objetivos. O CCQ não restringe e não seleciona. Toda pessoa que entra para um grupo deve ser respeitada em seu jeito de ser, seu ritmo. É esse respeito pela pessoa que desperta na mesma à vontade e a faz descobrir os motivos (motivação) para liberar sua força criativa (PRADO FILHO, 2010, p. 20).

Sato (2012) diz que vários são os objetivos dos círculos de controle de qualidade, senão vejamos: aumentar a motivação e auto-realização dos funcionários, dando chance de participação na solução dos problemas; formação de uma mentalidade de qualidade espalhando a filosofia de autocontrole e prevenção de erros; garantir a qualidade do produto; alcançar novas idéias; aumentar a produtividade do trabalho; diminuir custos e perdas; melhorar a comunicação e o relacionamento dos colaboradores.

Os CCQs promovem diversas melhorias, tanto para os funcionários, quanto para a empresa e para a sociedade, veja abaixo:

1- Para os funcionários: promovem a autoconfiança e autorrealização de todos, criam a oportunidade da participação nos processos decisórios

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