O Profeta Isaias
Por: kamys17 • 28/3/2018 • 2.971 Palavras (12 Páginas) • 392 Visualizações
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CAPÍTULO 2
OS PROFETAS DO SENHOR
Os sacerdotes eram os mestres religiosos do povo regularmente designados. Constituíam uma classe hereditária e muitas vezes foram os homens mais ímpios da nação.
Os profetas ao contrário dos sacerdotes não era uma classe hereditária. Cada um deles recebia diretamente de Deus o seu chamado e procediam de diferentes profissões.
Conforme podemos constatar na Sagrada Escritura, o ofício profético originou-se com Moisés nos acontecimentos do Monte Sinai: “O Senhor teu Deus, te suscitará dentre os teus irmãos um profeta como eu: é a ele que tu devereis ouvir”, (Dt 18,15).
Dessa forma, podemos depreender que o ofício do profeta está diretamente ligado a aliança estabelecida no Monte Sinai.
Depois do êxodo do Egito, Moisés conduziu o povo de Israel para a montanha. Após a sua chegada e estabelecimento, ele subiu em direção a Deus quando Ele lhe revelou que iria descer em uma nuvem espessa, para que as pessoas pudessem ouvir e crer que Ele falaria com Moisés: “Então o Senhor lhe disse: eis que me vou aproximar de ti na obscuridade de uma nuvem, a fim de que o povo ouça quando eu te falar, e para que também confie em ti para sempre. E Moisés referiu as palavras do povo ao Senhor”. (Ex 19,9).
Na manhã do terceiro dia, Deus desceu sobre a montanha em fumaça e fogo e lá leu os Dez Mandamentos. O povo com medo tremia e conservava-se à distância. Então pediram a Moisés que ele mesmo falasse a eles e que eles o ouviriam, com medo de morrerem caso Deus falasse com eles. (Ex 20,19).
Podemos interpretar esse gesto como um pedido para que Moisés fosse um mediador da palavra de Deus.
O período profético do Antigo Testamento foi instituído quando Israel foi dividido entre o Reino de Israel (ao norte com capital em Samaria) e o Reino de Judá (ao sul com capital em Jerusalém).
Os livros proféticos abrangem um amplo contexto histórico. Os ministérios todos os profetas que escreveram, podem ser datados do oitavo até o quinto século antes de Jesus Cristo.
É importante mencionar que esses livros históricos narram os acontecimentos que levaram o povo de Israel ao exílio, o exílio em si e os estágios iniciais da restauração pós-exílio, o permite concluir que eles devem ser vistos centrados, principalmente, em torno de dois eventos de suma importância: o exílio de Israel e a sua restauração.
O contexto-histórico dos profetas que escreveram então se trata, em outras palavras, da morte e ressurreição de Israel, conforme a visão de Ezequiel – “Os ossos secos”. (Ez 37,1-14).
Com relação ao gênero literário, a forma mais comum de discurso profético encontrado nesses livros é o oráculo, embora sejam encontrados outros gêneros, tais como a narrativa biográfica e a autobiografia.
A mensagem básica dos profetas incluía tanto os oráculos de julgamento, quanto os oráculos de salvação.
Nos oráculos de julgamento, os profetas condenavam Israel por violarem a Lei da Aliança e declaravam a imposição das maldições pela quebra da Aliança.
Já os oráculos de salvação proclamavam a vinda de uma nova era após o julgamento. Tal como os oráculos de julgamento, os oráculos de salvação estavam, também, enraizados na Aliança.
Praticamente todos os profetas do pré-exílio, cada um à sua maneira, olharam para um futuro mais distante bem mais além do julgamento que eles eram obrigados a anunciar, quando Deus viria mais uma vez ao seu povo em misericórdia, restauraria suas fortunas e estabeleceria seu governo sobre eles em justiça e paz.
Os profetas pré-exílios aguardavam com expectativa a restauração de Israel após o exílio, enquanto que os profetas pós-exílios viam o retorno do exílio como o começo da restauração escatológica.
De uma forma sintética podemos assim entender que os profetas do pré-exílio foram encarregados de mostrar ao povo e aos reis as suas faltas e virtudes.
Já os profetas cujo ofício se deu durante o exílio, procuravam fortalecer a moral do povo para que eles tivessem esperanças: “e sabereis que eu sou o Senhor, quando vos tiver conduzido à terra de Israel, que jurei dar a vossos pais”. (Ez 20,42).
Os profetas do pós-exílio incentivavam o povo de Israel a reconstruir o templo, o restabelecimento do reino e do trono de David e a volta do culto formal que ajudava a preservar a identidade distinta de Israel.
Levando em consideração a extensão dos seus escritos e não ao parâmetro importância, os profetas estão divididos em duas categorias:
→Profetas Maiores: Isaías, Jeremias (com Lamuel e Baruc), Ezequiel e Daniel.
→Profetas Menores: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
João Batista foi o último e maior de todos os profetas.
Nasceu cerca de cinco meses antes de Jesus Cristo numa região montanhosa de Judá e em uma época na qual Israel já não era uma nação independente e vivia sob o jugo romano.
Foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas. (Mt 11,11-15).
CAPÍTULO 3
O PROFETA ISAÍAS
Isaías, que quer dizer IAHWEH ajuda, era filho de Amós nome este que não se deve confundir com o do profeta. Ele anunciou as suas mensagens ao povo de Judá, capital do Reino do sul, conforme visto no capítulo anterior, e aos moradores de Jerusalém entre 742-687 a.C e é considerado, em geral, como o maior dos profetas de Israel.
Pelo ano 734 a.C., este profeta já era casado e tinha um filho chamado Sear-Jasub. Nasceu-lhe outro filho que se chamou, por indicação divina, Maer-Chalal-hach-baz.: “porque antes que o menino saiba dizer: papai, mamãe, as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria serão carregados diante do rei da Assíria”. Ambos os nomes dos filhos de Isaías eram nomes de profecias que ainda seriam cumprir. A sua esposa também era denominada profetisa, (Is 8,3-4).
De todos os escritos proféticos, o livro de Isaías é o que apresenta a visão mais gloriosa e sublime da vinda do Messias, da chegada do seu reino e tudo que Ele viria a viver neste mundo.
O profeta viveu
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