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Reações Adversar Causadas por Produtos Capilares

Por:   •  1/1/2018  •  1.587 Palavras (7 Páginas)  •  392 Visualizações

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Na pesquisa de campo realizada por nós, estudantes do curso de Estética e Imagem Pessoal, foram feitas perguntas sobre as reações adversas sofridas pelas nossas entrevistadas e como as mesmas foram orientadas pelo profissional que as atendeu.

Dentre as entrevistadas 8 apresentaram reações adversas à progressivas e/ou selagem térmica, 1 à guanidina, 6 tiveram alergia à colorações permanentes, 1 à cera depilatória, 1 com shampoo, 1 com tratamento anti caspa.

Das entrevistadas que tiveram reações adversas após o uso das progressivas, quatro apresentaram uma forte descamação do couro cabeludo, confundida muitas vezes por elas com caspa ou seborreia, isso acontece porque os produtos são a base de ácidos como glioxílico, tioglicólico ou formol por exemplo, os produtos ficam com pH baixo entre 1,5 e 2,5, esse alto teor de acidez em contato com o couro cabeludo faz com que isso aconteça. Três delas apresentaram coceira, dor de cabeça, náuseas no momento da aplicação devido ao cheiro que exalava e a última foi o caso mais grave em que começou à apresentar os sintomas algumas horas depois do processo finalizado, em que teve coriza, tosse e estava sentindo que a garganta estava fechando, nesse caso foi instruída pelo profissional a ir urgente ao pronto socorro para ser atendida. As que tiveram descamação foram instruídas a lavar seus cabelos com xampus e condicionadores reguladores, evitar água quente (dar preferência a temperatura morna a fria), na hora da lavagem dos cabelos utilizar movimentos de esfregar a não de massagear a área para não estimular a produção de sebo. As mulheres que começaram apresentar reação adversa no momento da aplicação tiveram o processo interrompido imediatamente e após a retirada dos produtos por completo as manifestações cessaram não necessitando de nenhuma outra instrução.

Uma entrevistada apresentou uma dermatite durante o processo de relaxamento dos cabelos com um produto a base de guanidina, segundo ela o couro cabeludo ficou coçando, vermelho e inchado enquanto estava com o produto porque o tempo de pausa ultrapassou alguns minutos, após a retirada de todo produto a vermelhidão permaneceu por pouco tempo, desse modo não foi necessário ir ao pronto socorro.

Outras seis entrevistadas relataram ter sofrido com reações adversas após o uso de tinturas capilares. Três delas possuem um elevado percentual de cabelos brancos, fato que as estimula a fazerem o retoque de raiz com intervalo de vinte dias, religiosamente. Por se exporem ao contato constante com uma determinada marca de coloração e, em razão disso, ficarem em contato com conservantes, pigmentos artificiais, metais, amônia, dentre coisas, em sua composição, elas vieram a desenvolver uma sensibilidade a alguma dessas substâncias. As outras duas realizavam a coloração dos fios com um intervalo maior e nem sempre com a mesma marca. Todas apresentaram irritação com eritemas em áreas próximas ao couro cabeludo e inchaço nos olhos. Foram instruídas pelos profissionais a procurem um médico para que fossem receitadas algum antialérgico.

Ao decidir realizar a depilação com cera quente pela primeira vez a cliente sofreu os seguintes sintomas como vermelhidão, irritação, sensibilidade e descamação. A profissional percebeu e informou a cliente que a mesma teria uma pele sensível, pois foi feito um teste antes no local para ver a reação da pele de como reagiria onde não foi satisfatório, sendo assim não realizou o processo e aguardou a recuperação da pele, e após 20 dias ela retornou ao estabelecimento e foi feito um outro teste com uma cera depilatória específica para peles sensível, e a pele respondeu bem, não apresentando as manifestações indesejáveis.

Duas clientes apresentaram manifestações ao utilizarem produtos diferentes que continham o mesmo ativo, a hidroquinona, uma havia feito tratamento para manchas e a outras fazia tratamento para acne. A entrevistada que utilizou o tratamento de uso tópico para machas, sentiu irritações cutâneas e descolorização das unhas pelo contato, o profissional informou que pelo fato de ser um ativo de demanda riscos exige também restrição de uso, o medicamento também se enquadra na classificação de grau 2 da ANVISA, dessa maneira foi suspensa a utilização do mesmo, iniciando o tratamento com outro ativo. A segunda que fazia um tratamento para acne onde usavam a hidroquinona para clarear as manchas causadas pelas inflamações, apresentou vermelhidão e aquecimento da pele no local onde foi usado quando era exposta a luz fluorescente, e essas reações iniciaram após dois anos de usos contínuos do uso da linha domiciliar. O profissional então juntamente com a cliente suspenderam o uso e trocaram por outro ativo.

Os dois últimos casos foram de duas mulheres que fizeram tratamento anticaspa, onde ouve coceira, ardência e bolhar que se tornaram pequenos ferimentos, o causador da dermatite foi o componente sulfato de selênio, as clientes eram sensíveis à ele. A diferença dos dois casos um dos casos apresentou os sintomas imediatamente e a outra apresentou com o uso continuo com a linha de manutenção em casa. O profissional suspendeu o tratamento da duas e passaram utilizar outro produto com outro ativo na fórmula.

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CONCLUSÃO

Através de uma pesquisa de campo que foi realizada para a nossa produção textual individual, pesquisa esta em que fizemos um levantamento, em nossa comunidade, sobre as reações adversas causadas pelo uso de produtos capilares em centros de estética e quais as orientações dos profissionais da área, que atuam com cabeleireiros, deram para suas clientes ao se depararem com um problema, nos possibilitou observar quais são os tipos de produtos ou procedimentos nos quais mais incidem casos de reações adversas e mostrou também a importância de saber identificá-los para conseguir orientar corretamente as clientes.

Concluímos que é imprescindível que o profissional de estética que atua como cabeleireiro esteja a par dos perigos relacionados ao uso de produtos capilares. Ainda que pareçam inofensivos, os produtos químicos utilizados para colorir, descolorir, alisar, cachear, fixar, reduzir volume etc. têm em sua composição substâncias que podem causar reações adversas após o uso

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