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Os Tanques de Lastros

Por:   •  11/11/2018  •  2.718 Palavras (11 Páginas)  •  294 Visualizações

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As atuais medidas internacionais de arqueação entraram em vigor a 18 de julho de 1982 para os navios construídos a partir dessa data e a 18 de julho de 1994 para todos os restantes navios.

É com base na arqueação que os navios são primeiramente classificados, bem como é com base naquela que são definidas as taxas de porto, de pilotagem, de registro e outras.

DRAFT SURVEYOR

Profissionais habilitados para elaboração de laudos técnicos de arqueação de granéis sólidos e líquidos, e considerando que a atividade de arqueação de embarcações, realizada tomando como base o seu calado, tem por finalidade determinar a quantidade de carga a granel embarcada ou desembarcada, pela medição do espaço vazio ou do espaço cheio do tanque da embarcação ou da plataforma flutuante, mediante pesagem ou medição direta.[pic 24]

[pic 25]

Os cálculos de arqueação devem seguir algumas diretrizes internacionais que define o peso da água, checando-a gradualmente sua densidade se for mar ou rio ou qualquer via navegável, deve-se checar também alguma alteração de lastro do navio na inicial e final do draft, e os dados de consumo interno do navio, como: óleo combustível e água potável.

Existem também correções e outros dados que são acessados nos documentos internos do navio, por meio de livros e outros.[pic 26]

Além do mais, para uma ótima arqueação deve-se contar com o estado do mar, se estiverem muito agitados as ondas podem influenciar na leitura de calado e não apontar o resultado correto da carga ou descarga.

PERIGOS DA ÁGUA DE LASTRO,

A BIOINVASÃO

Bioinvasão é quando um organismo típico de um ambiente é transferido para um outro ambiente por causa do homem.[pic 27]

A água de lastro do navio pode representar problemas ambientais, econômicos e de saúde grave.

Ela foi identificada como uma das quatro maiores ameaças aos oceanos do mundo.

Durante a operação de lastreamento do navio, junto com a água também são capturados pequenos organismos que podem acabar sendo transportados e introduzidos em um outro porto previsto na rota de navegação, podendo ser transferido entre diferentes áreas portuárias no mundo. Isso inclui bactérias e outros micróbios, vírus, pequenos invertebrados, algas, plantas, cistos, esporos, além de ovos e larvas de vários animais. Assim acontece a bioinvasão![pic 28]

[pic 29]

DISTINGUEM-SE OS ORGANISMOS INVASORES ENTRE EXÓTICOS E PATOGÊNICOS:

Organismos Patogênicos

As espécies patogênicas são as causadoras de risco à saúde pública. Neste aspecto, as próprias espécies exóticas também podem ser assim consideradas, desde que hospedem microoganismos patogênicos – vírus, bactérias e protozoários – causadores de doenças à população.

Um estudo realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a partir de 99 amostras coletadas em nove portos brasileiros, trouxe resultados que ratificaram o risco suspeito de que a água de lastro também é um veiculador de organismos patogênicos, causadores de males à saúde pública, visto que:[pic 30]

• “62% das embarcações cujos comandantes declararam [...] a substituição da água de lastro em área oceânica, conforme orientação da IMO, provavelmente não o fizeram [...] por possuírem água de lastro com salinidade inferior a 35 [mil partículas por milhão de Cloreto de Sódio].” (BRASIL, 2003, p. 4).

A Vibrio colerae é considerada uma bactéria do ecossistema aquático, encontrada em ambientes marinho, estuarino e de água doce. De acordo com Serafin e Henkes (2013), a V. colerae pode ocorrer também associada ao intestino de animais invertebrados, facilitando sobremaneira sua disseminação via água de lastro. O supramencionado estudo da AVISA informa que, devido a este patogênico, houve no Brasil mais de 1,2 milhões de casos de cólera, com 12 mil mortes, na década de 1990. Este trabalho da ANVISA, agora citado por Galli, ainda deixa claras “evidências científicas de que os primeiros casos de cólera surgiram nas regiões costeiras dos portos, o que sugere que os surtos e epidemias poderiam ter sido provocados pela água de lastro de navios provenientes de áreas endêmicas.” (BRASIL, 2003, p. 4 apud GALLI, 2011, p. 15).[pic 31]

[pic 32]

Cólera (Vibrio cholerae)

Organismos Exóticos

Conhecidos como invasores, alienígenas, estranhos ou estrangeiros, os organismos exóticos são introduzidos em um ecossistema do qual não são nativos.

Tem como efeito:

- a perda da biodiversidade;[pic 33]

- a alteração das propriedades físicas do ambiente aquático;

- a mudança de paisagens;

- prejuízos econômicos;

- além da proliferação de espécies patogênicas com graves prejuízos à saúde humana, principalmente se estas espécies atingirem mananciais de água doce que se destinam ao consumo.

PRINCIPAIS CASOS DE BIOINVASÃO POR

ESPÉCIES EXÓTICAS

Mexilhão zebra europeu, originário do Mar Negro. Faz colônias em pilares, pedras, píeres, cais, tubulações e passagens de água, reduzindo seus diâmetros internos, o que provoca grandes impactos na economia, especialmente nos setores elétrico e industrial. Foi detectado pela primeira vez nos Grandes Lagos entre os Estados Unidos e o Canadá. Infectou 40% dos rios navegáveis do norte dos Estados Unidos e atualmente já se pode encontra-lo no Brasil na lagoa Rodrigo de Freitas. Ninguém sabe dizer ao certo como nem quando o mexilhão foi parar na Lagoa.[pic 34]

Siri bidu, Charybdis hellerii, é uma espécie animal invasora no Brasil, que habita o Oceano Indo-Pacífico. Segundo especialistas, essa espécie chegou ao Brasil pelos portos, na água de lastro de navios cargueiros.

O siri invasor não encontra predadores no litoral brasileiro, e se reproduz rápido, sendo por isso é considerado uma ameaça à espécie de caranguejo nativa,

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